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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Doping: inimigo da saúde e da ética estimula o câncer e provoca morte


Furosemida, oxilofrina e eritropoietina são velhos rivais da qualidade de vida dos esportista, mas estão em alta no meio profissional e nas academias



Por São Paulo

Nestes tempos está acontecendo de tudo, desde o confirmado doping continuado do ciclista Armstrong à triste surpresa dos velocistas Asafa Powell e Tyson Gay, pegos em flagrante com estimulante. Também tivemos atletas brasileiros pegos no doping. Como você, esportistas de boa fé, encara essa corrupção esportiva?

Para não deixar dúvidas quanto às composições proibidas, a Agência Mundial Anti Dopagem (WADA) estabelece no início de cada ano quais substâncias ou equipamentos podem modificar a performance de um atleta de modo irregular e obscuro e, portanto, serão consideradas proibidas.
doping eu atleta (Foto: Getty Images)Substâncias proibias são os maiores rivais da saúde e da qualidade de vida dos atletas (Foto: Getty Images)
























As desculpas, geralmente esfarrapadas, não resistem a um dia de negação do fato. Com a Copa do Mundo chegando e a Olimpíadas se avizinhando, querem nos fazer perder a credibilidade no esporte. O uso do estimulante oxilofrina é o doping “da moda”, já o diurético furosemida é o mais usado para mascarar o consumo de anabolizantes no exame de urina, os velhos inimigos da saúde e da ética. Existem ainda as substâncias que trazem embutido o risco de Câncer nos usuários anabolizados, mesmo os eventuais. A eritropoietina (EPO), por exemplo, aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos. 
O esportista do EU ATLETA, em geral um corredor amador, perguntaria: o que tenho com isso? Amigos, filhos e parentes que se animam com o esporte regular podem achar que, mesmo sendo pegos, valeria a pena! Temos que ser duros e não ter complacência com os corruptos. Nada de contaminação ou coisa parecida, nada de tratamentos alternativos: os coitadinhos que foram enganados pelo treinador ou fisioterapeuta - declaração do Tyson Gay - deveriam ser esquecidos para sempre.
No último mês, soubemos de duas mortes em academias brasileiras, fato não raro, mas ferozmente escondido. Estas e outras mortes súbitas de jovens em academias devem ser prontamente esclarecidas com necropsias sérias, para que nós, médicos, possamos trabalhar para evitar que não voltem a acontecer.
Em uma das mortes, em uma academia de Juiz de Fora, Minas Gerais, conseguiram que um médico amigo preenchesse o atestado de óbito com diagnóstico de infarto do miocárdio, doença rara em um jovem. Na outra, em Florianópolis, Santa Catarina, o lutador campeão de jiu-jítsu foi levado para a necropsia ainda sem laudos finais. Como lição dos casos, o atestado médico não tem validade após aquele dia em que foi examinado, atestados não são um seguro de saúde.
O fato de ser jovem não imuniza o adepto contra os riscos dos exageros físicos, dos energéticos e mesmo de alguns vegetais como o Tribulus e os suplementos que prometem elevar o metabolismo de gordura ou gasto calórico, proibidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A globalização das informações impede que as más condutas se escondam. A corrupção pode ser combatida por denúncias e pelas averiguações de doping, sem dia e sem hora, na pista ou na casa do atleta. Chega de desmandos dos políticos e de atletas, o novo Brasil está nas ruas e em breve nas urnas.
Boas e saudáveis corridas!
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)
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Hidroterapia alivia dores e fortalece a musculatura da coluna vertebral


Problemas estruturais, adquiridos ou não, podem ser amenizados se região conhecida como "casa de força" for trabalhada com exercícios específicos



Por Rio de Janeiro
coluna Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)Coluna vertebral (Foto:Divulgação)
Os membros inferiores são a base do corpo humano, e a coluna vertebral, como o nome já diz, é a coluna estrutural dele. Ela é composta por ossos, ligamentos, tendões, músculos e nervos, um esboço ósseo que envolve e protege a medula, parte importantíssima do sistema nervoso central.
A musculatura que envolve toda está região é conhecida como casa de força, “power house”. Às vezes, nascemos com um problema estrutural, outras vezes o adquirimos posteriormente, como consequência de quedas, acidentes de carro, traumas. Se a musculatura estiver fortalecida e flexível, conseguimos conviver com estes problemas.  Quando nos tornamos sedentários, os sintomas podem voltar. Parece simples, basta fortalecer as musculaturas anterior e posterior, mas pode ser complicado, e é necessária a ajuda de um médico e de um fisioterapeuta.
O famoso CORE, que está em alta nos exercícios funcionais, pilates, na musculação e no hidropilates, nada mais é do que o fortalecimento das musculaturas anterior - abdominal - e posterior - composta pelos músculos dorsais e glúteos. A água, por ser um meio instável que gera desequilíbrio constante, é capaz de ajudar neste fortalecimento. Para equilibrar-se durante as atividades de hidroterapia e ou hidroginástica, é necessário contrair a musculatura do CORE o tempo todo.
Na hidroterapia, recebemos vários pacientes com dores na coluna, na região lombar, dorsal e na cervical. Os problemas podem ser mecânicos como protusões, hérnias e compressões, mas normalmente são por fraqueza e encurtamento muscular.
hidroterapia Eu Atleta  (Foto: Divulgação)Água alivia dor e fortalece coluna (Foto:Divulgação)
Podemos utilizar a água de várias maneiras, de acordo com a patologia do paciente, do grau de dor e de desconforto. Muitas vezes, é necessário aplicar um relaxamento, respiração e deslizamento fascial. Utilizamos o calor da água e o empuxo, que atua na redução da ação da gravidade sobre as vértebras, diminuindo o peso corporal e a tensão muscular, o que alivia a dor.
Os exercícios são coordenados com a respiração diafragmática com o objetivo de relaxar e soltar a musculatura, aliviando a tensão e diminuindo a dor. Progressivamente, outros exercícios de estabilização são acrescentados para o fortalecimento de toda a região, devolvendo a mobilidade da coluna vertebral.
Quando houver qualquer desconforto em alguma parte da coluna, irradiando ou não para a perna, devemos ficar alertas e parar de correr para não agravar os sintomas. Após este repouso, se não houver melhora, devemos procurar um especialista. Vamos ouvir o nosso corpo!
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Sandra Wegner (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Diferença da genética entre homens e mulheres influencia nas atividades


Em esportes como maratonas aquáticas, mulheres poderiam competir de igual para igual com os homens. Gordura corporal feminina ajuda na flutuabilidade




Por São Paulo
A comparação do desempenho entre homem e mulher nas atividades esportivas é sempre um assunto recorrente. Devido à participação das mulheres em atividades competitivas ter crescido muito nas últimas décadas, a evolução das roupas de performance para o público feminino estão cada vez mais expressivas. O crescimento deste segmento está até num ritmo superior ao dos atletas masculinos. Este crescimento sempre acaba resgatando o questionamento da possibilidade da mulher se equiparar ao homem no desempenho esportivo. Na verdade, existem diferenças fisiológicas importantes entre homem e mulher que explicam a defasagem entre os sexos.
genetica homem e mulher eu atleta (Foto: Getty Images)Genéticas diferentes: homens e mulheres tem vantagens opostas no esporte (Foto: Getty Images)










O homem possui um número maior de glóbulos vermelhos no sangue, o que proporciona uma maior capacidade de transporte de oxigênio e consequentemente um desempenho aeróbico sempre superior ao da mulher. Além disso, o desempenho cardíaco do homem é também superior, atingindo débitos cardíacos máximos (maior volume de sangue que o coração consegue bombear por minuto) maiores que da mulher. Estas diferenças proporcionam ao homem uma vantagem fisiológica em qualquer solicitação de esportes de resistência.

Além disso, a musculatura esquelética do homem tem o fator hormonal como uma diferença importante. A testosterona ou hormônio masculino é um esteroide anabolizante natural, e proporciona ao homem um desenvolvimento muscular sempre superior. Este efeito assegura ao homem uma vantagem de força, potência e velocidade, que se projeta em qualquer modalidade esportiva que dependa destas variáveis. Em outras palavras o homem é sempre mais forte e consequentemente mais veloz.

A vantagem da mulher é na flexibilidade, que tende a ser maior do que no homem, proporcionando benefício na execução de alguns gestos esportivos, particularmente nas modalidades em que coordenação motora e perfeição de movimentos prevalecem como na ginástica artística. Outra diferença entre homem e mulher é na quantidade de gordura corporal, que anatomicamente é sempre maior na mulher. Esta diferença pode acarretar desvantagem em algumas modalidades, porém proporciona à mulher um benefício interessante em uma modalidade em especial.

Considera-se que a maratona aquática em mar aberto é uma modalidade na qual a mulher poderia competir em igualdade e eventualmente até superar o homem, na medida em que seus índices estão evoluindo sensivelmente. O fator determinante é a flutuabilidade, exatamente como consequência da maior quantidade de gordura corporal. A gordura a mais, proporciona à mulher maior facilidade de flutuação, o que faz muita diferença em provas longas.

Essa característica feminina é oportuna de ser lembrada no momento em que as nadadoras brasileiras Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha sagraram-se campeã e vice na prova de 10 km do mundial de esportes aquáticos em Barcelona, no último dia 23.

Agradecimento: Prof. André Barros

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Desenvolvimento da tecnologia tem influência no rendimento esportivo


Metabolismo entre atletas é impulsionado por crescimento da tecnologia 
das pistas, piscinas, vestimentas, dos tênis, equipamentos, entre outros



Por São Paulo
Atrás de todo esportista de sucesso há uma equipe de especialistas e isso se confirma a cada dia. Superar vários recordes mundiais parecia impossível, agora acontece seguidamente, as marcas registradas anteriormente, simplesmente viram “pó”. O que está acontecendo? Sem dúvida tudo mudou os novos materiais, os pisos das arenas, a vestimenta, o calçado esportivo, varas do salto, bolas de muitos esportes (futebol, basquete, vôlei, tênis), às novíssimas e incrementadas piscinas que absorvem as pequenas ondas que se formam na passagem dos nadadores... o esporte mudou!
Mas não foi só o esporte que mudou, a Medicina do Esporte foi decisiva nessas conquistas, o treinamento também ganhou novas características específicas para cada modalidade esportiva.
Atletismo Arthur Wint jamaica olimpíada eu atleta (Foto: Agência Getty Images)Tecnologia influencia treinos dos atletas. Mudanças facilitam performance (Foto: Agência Getty Images)












A ciência progrediu de modo muito interessante, vejam só: no futebol de 30 anos atrás, por exemplo, um jogador percorria cinco a seis quilômetros por partida, atualmente chega ao dobro! Quando um Rivelino ou Gerson lançavam uma bola, quem a recebia tinha tempo de “matar a bola” e sair jogando. Hoje após um lançamento onde a bola vai cair, chegam dois a três atletas para dividir a jogada com maior vigor possível. Raros são os atletas de esportes de contato ou não, que ainda não sofreram lesões nos tornozelos, joelhos, punhos, ombros.
Os conhecimentos médicos da “nova” fisiologia orientaram a mudança dos treinamentos radicalmente, o coração de um atleta dos anos 60 nem se compara com os desta época, pois ocorreu um incremento na intensidade e volume dos treinamentos. Muitos médicos não afeitos ao tema se surpreendem com esses corações que se parecem falsamente com os de doentes graves. Os batimentos mais lentos chegaram a ser considerados de um coração doente e curioso que há 20 anos quando descobríamos um atleta com batimentos cardíacos abaixo de 50/minuto, ele virava caso de pesquisas profundas sem entendermos bem o porquê disso. Hoje quem não tiver menos de 50/min precisa melhorar seu treinamento, procurar algum problema e assim por diante. O treinamento de força antes desconjurado, ficou tão importante quanto o aeróbico para quase todas as modalidades esportivas.
Nos anos 70 quando nosso grupo em São Paulo, pioneiramente, iniciou avaliações cardiovasculares de rotina para atletas (que, aliás, “morriam” de medo do médico), a medida do condicionamento físico era feito pelo famoso “Teste de Cooper” imaginem! Hoje o teste ergoespirométrico (cardiopulmonar) ou mesmo ergométrico simples é fartamente utilizado, e com ele diagnosticamos também a existência de cardiopatias e doenças pulmonares, por isso é obrigatória a presença do médico especializado durante o exame.

A nutrição esportiva que entrou de vez na vida dos esportistas e atletas foi totalmente reestruturada e agora dirigida para cada modalidade esportiva. Os lutadores e os atletas de força necessitam de massa e força muscular, porém sem usar os proibidos e arriscados para a saúde, anabolizantes e hormônios (GH e DHEA). Outros esportes recebem substratos de energia de longa duração e assim por diante
Hoje em dia o aparelho cardiovascular e respiratório é treinado para cada tipo de esporte: longa resistência, rápida explosão de velocidade, variações de distância e da força etc. A ciência do esporte mudou o mundo esportivo e com certeza ajudou muito na prevenção e tratamento das doenças, exatamente como as conquistas dos astronautas foram passadas para a população, como consistentes conquistas úteis para a humanidade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Artrite, bursite e dores musculares: causas para problemas no quadril




'Atletas, muitas vezes, têm incômodo no quadril por conta dos impactos 
diretos ou indiretos e síndromes por uso excessivo', explica ortopedista



Por 

As causas mais comuns da dor no quadril na população em geral incluem artrite, bursite, dores musculares e compressão nervosa. Os atletas, no entanto, muitas vezes têm dor no quadril causada por impactos diretos ou indiretos e síndromes por uso excessivo. Por isso, é importante para um atleta prestar atenção quando começar a sentir esta dor no quadril para prevenir uma condição crônica.

Aqui estão resumidamente algumas das causas mais comuns de dor no quadril em atletas. Estiramento e tensões musculares (lesão). As dores no quadril e virilha são muitas vezes resultado de um estiramento do músculo adutor ou distensão muscular da origem do quadríceps. Esta lesão aguda do músculo é semelhante ao de qualquer outro tipo de músculo quando estirado ou tenso, que ocorre quando a musculatura é forçada para além dos seus limites.
quadril artrite euatleta (Foto: Getty Images)Artrite do quadril é uma das causas das dores em atletas, principalmente os mais velhos (Foto: Getty Images)





















Os músculos e tendões ao redor da articulação do quadril são particularmente propensos a este tipo de lesão, porque eles estão sujeitos a contração excêntrica. Elas aumentam a força no músculo durante o momento em que ele está no seu maior comprimento. Assim, acaba agindo como uma grande tração e pode levar a uma lesão muscular.
Bursite trocanteriana - A inflamação da bursa sobre a parte externa da articulação do quadril (trocanter do fêmur) é chamada de bursite trocantérica e pode causar dor com o movimento do quadril. O tratamento é muitas vezes eficaz, mas o estado às vezes pode se tornar um problema persistente.
A bursite é frequentemente observada em corredores, devido ao uso excessivo, mas também pode ser provocada pela queda ou impacto que resulta na inflamação da bursa do quadril (definida como uma bolsa repleta de fluido localizados em torno articulações do corpo que reduzem a fricção entre os tendões, músculos e ossos). Se está irritada ou inflamada, o atleta terá dor durante quase todo o movimento no quadril.
Uma pancada/trauma direto provoca uma contusão de um dos grandes ossos da pélve, o íleo. Quando um atleta cai ou recebe um trauma direto na bacia refere uma dor pontual geralmente seguida por edema (inchaço) e equimose (roxo) o que gera certa limitação para continuar a pr[atica do esporte.
A fratura por estresse - são geralmente diagnosticadas nos corredores de longa distância, e muito mais comum em mulheres do que em homens. Estas lesões são geralmente vistas em atletas de endurance, associadas com nutrição deficiente ou distúrbios alimentares ou endocrinológicos. É causada pela repetitivo micro-trauma no osso ao longo do tempo. Como a fratura de estresse em outras ossos, o melhor tratamento é evitar o impacto da corrida para  permitir que o osso cicatrize.
Lesão labral - o labrum do quadril é uma braçadeira de tecido grosso que cercam a articulação do quadril. Ele ajuda a apoiar o quadril. Quando uma lágrima labral (lesão) do quadril ocorre, um pedaço deste tecido pode se soltar ou apenas estar lesionado na articulação causando dor e sensações dolorosas ou estalos articulares.
As hérnias - são geradas mais frequentemente em atividades desportivas que requerem esforço repetitivo com  mudança de direção e em altas velocidades. O problema é provavelmente devido a um desequilíbrio das forças musculares da coxa (mais fortes) e os músculos relativamente fracos do abdômen que sofrem uma pequena lesão na sua fáscia (tecido de sustentação) gerando uma exteriorização intermitente ou definitiva do tecido subjacente causando dor e aumento de volume local.
Pubalgia - também é uma lesão causada por esforço repetitivo na região da sínfise púbica ou na origem da musculatura adutora comum nos atletas. A dor na pelve pode irradiar para as coxas e abdômen. A ultrassonografia da região inguinal permite verificar o nível de rarefação óssea e fazer o diagnóstico diferencial com as hérnias. Pode ocorrer degeneração óssea, cisto, arrancamento e fraturas de estresse nos estágios avançados devido ao desequilíbrio muscular, chegando até a necrose óssea.
Ressalto do quadril - essa síndrome é um palavra usada para descrever três problemas distintos: O primeiro é quando a banda ileo tibial que se insere sobre o lado de fora da perna fica dolorida. A segunda ocorre quando o flexor profundo do quadril sofre pressões sobre a frente da articulação. Finalmente, as lágrimas da cartilagem, ou labrum, provocam uma sensação de desencaixe.
Subluxação - a luxação completa da articulação de quadril é uma lesão muito incomum - ocorrem mais em acidentes automobilísticos de alta velocidade. No entanto, subluxação de quadril é uma lesão em que ele é empurrado parcialmente para fora da articulaçao e estão sendo reconhecidos como uma possível causa de dor em atletas.
Artrite/artrose do quadril - atletas mais velhos podem experimentar a rigidez e dor nas articulações, como resultado de artrite de quadril. A osteoartrite é uma das causas mais comuns de dor crônica do quadril para os atletas e não-atletas também. A osteoartrite é causada por desgaste e sobrecarga ou degeneração da articulação do quadril. Ao longo do tempo, a cartilagem lisa, que é o protetor natural, se desgasta e osso é exposto, ficando dolorido aos movimentos. Há muitos tratamentos disponíveis, incluindo exercícios de fortalecimento apropriados, mas quando os tratamentos conservadores falham, a cirurgia de substituição (prótese) pode ser uma opção.
Lombalgia - embora não seja um problema da região do quadril, problemas lombares podem muitas vezes causar dor ao redor das nádegas e quadris.
Síndrome da banda iliotibial - é uma causa comum de dor em ambos os joelhos e dor no quadril em atletas. A dor persistente ou aguda na parte externa do quadril, que aumenta durante a corrida, ao descer escadas, ou levantar-se de uma posição sentada. A banda atua, principalmente, como um estabilizador durante a corrida e pode tornar-se irritado por excesso de uso devido ao atrito nas estruturas adjacentes.
Avulsão do tendão - lesões isquiotibiais são comuns entre os atletas que praticam esportes que exigem acelerações poderosas ou  desacelerações ao correr. A tração no tendão pode ser leve ou severa e geralmente causa dor súbita e acentuada na parte posterior do coxa. Tratamento de um tendão avulsionado dependerá do grau da lesão, mas os primeiros socorros (repouso, gelo, compressão e elevação) podem acelerar a recuperação.
Sindrome iliopsoas - a dor nas virilhas e superior da coxa, com associação de quadril rígido e uma sensação de estalo são sinais comuns de lesões iliopsoas. Este tipo de dor pode estar relacionado com bursite iliopsoas (irritação e inflamação da bursa iliopsoas) ou tendinite iliopsoas (irritação e inflamação do tendão iliopsoas). A condição ocorre mais frequentemente em dançarinos e ginastas e atletas que realizam repetidos movimentos de flexão de quadril, gerando atrito e inflamação.
Síndrome do piriforme - pode causar dor nos glúteos (nádega) e dor ciática em alguns atletas. O pequeno músculo piriforme é acionado posteriormente a partir do sacro e quadril . Se esse músculo se torna contraído e tenso, encurtado ele pode colocar pressão sobre o nervo ciático, que passa por baixo. A dor frequentemente irradia para a parte de trás da coxa ou até a parte inferior das costas.
Dor no cóccix - a maioria das lesões são devido a uma queda direta com o cóccix (ossos que formam o final da coluna vertebral.) A gravidade das lesões no cóccix pode variar de uma contusão até uma fratura com desvio. Lesões como essa podem ser curadas por conta própria mas, ainda assim, deve ser diagnosticada e tratada por um médico.
Esse texto é apenas ilustrativo e para citar algumas das dores do quadril que podem gerar incapacidade para a prática esportiva. Uma vez observada uma dor em que assemelham-se as descritas acima, procure um médico para ser feito o correto diagnóstico e tratamento para que o problema não se agrave.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
card ana paula simões (Foto: arte Globoesporte.com)

Carboidrato em gel, sachê e bebida isotônica: saiba como escolher o seu


Todos fornecem energia para a corrida, mas também podem conter cafeína, sódio, vitaminas A e E e sais minerais, além de terem texturas variadas



Por Rio de Janeiro

corrida golden four asics eu atleta (Foto: Divulgação/Asics)Golden Four São Paulo, neste domingo, tem percurso plano e clima frio (Foto: Divulgação/Asics)













Meia Maratona da Golden Four é a prova de 21km mais plana que a cidade de São Paulo pode oferecer. Tende a ser também a mais rápida, mas para bater o recorde pessoal é preciso estar atento a todos os detalhes.
A boa hidratação é fundamental, mesmo com o clima frio, antes, durante e após a atividade física. Ela é fundamental para a preservação do sistema imunológico e recuperação mais rápida. Já o uso de carboidratos garante que o corpo tenha combustível suficiente para correr tudo o que treinou. Escolha antes da prova a forma que mais combina com suas necessidades -seja em gel, jujuba ou bebida esportiva. Mas, no domingo, use apenas o que está acostumado: não é hora de inventar!
GEL X JUJUBA

Ambos têm carboidratos, mas também podem conter cafeína, sódio, potássio, vitaminas (C, E). Os mais comuns contém carboidratos e sódio.

Carboidratos: o estoque de glicogênio hepático e muscular é pequeno e se esgota rapidamente com a prática do exercício. O consumo de carboidrato durante a corrida fornece glicose mantendo a energia para a prova, evitando a utilização do músculo/ proteínas, e retardando a fadiga.
Sódio: melhora a palatabilidade, potencializa a absorção de glicose e previne a desidratação.
Cafeína: alguns géis/jujubas contém cafeína, estimulante que minimiza a sensação de esforço, entretanto possui efeito laxativo para alguns indivíduos podendo ocasionar desconforto intestinal.
Vitaminas C e E : ação antioxidante, combatem a ação dos radicais livres
BEBIDAS ESPORTIVAS OU ISOTÔNICOS
Um isotônico deve possuir a mesma pressão osmótica que o sangue, característica que permite à bebida ser rapidamente absorvida após o consumo. São utilizadas para repor água e sais minerais perdidos pela transpiração. Composto de carboidrato (4 a 8%), sódio e potássio. Têm, por tanto, os mesmos benefícios que o gel ou jujuba para manter o aporte necessário decarboidrato durante a corrida, mas não contém cafeína.
A escolha de qual suplemento utilizar depende da sua preferência em relação à consistência, sabor, facilidade para carregar e composição. Se não carregar consigo nenhum desses itens, a prova fornece isotônico nos postos de hidratação.
OUTROS CUIDADOS IMPORTANTES

* Duas horas antes da largada tome entre 300 a 500ml de água;
* Cuidado no desjejum : frutas , suco, bolo, pão, queijo magro e geléia são bem vindos. Evite frutas laxativas, leite e alimentos integrais para não acelerar o “trânsito intestinal”.
* 15 minutos antes da prova utilize um sachê de carboidrato em gel ou jujuba, que terá sua utilização máxima no início da prova;
* Em todos os postos de hidratação beba água e jogue na cabeça e nuca;
* A cada 7 a 8 km de prova utilize uma "dose" de carboidrato, seja em sachê de gel, jujuba ou bebida esportiva, sempre próximo a um posto de água;
* Os postos de hidratação estão localizados aproximadamente a cada 3 km de distância.
Agora é com você: boa prova!
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

Dieta Dukan promove perda rápida de peso, mas gera carências nutricionais



Mesmo orientando o consumo de proteínas magras, a 'dieta da moda' pode gerar fadiga, depressão, aumento do colesterol e doenças cardiovasculares



Por Rio de Janeiro

De Beyoncé a Gugu Liberato, de Jennifer Lopez a Kate Middleton, passando porPenélope Cruz e Fernanda  Paes Leme. Famosos do mundo inteiro aderiram à Dieta Dukan, seja para perder os quilos da gravidez ou sair magérrima na foto do casamento.
Montagem Beyoncé, Fernanda Paes Leme, Kate Middleton, Shakira (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Beyoncé, Fernanda Paes Leme, Kate Middleton, Jennifer Lopez aderem à Dieta Dukan (Foto: Editoria de Arte)


















Criada há 10 anos pelo médico e nutrólogo francês Pierre Dukan, virou a dieta da moda, baseada na redução significativa da ingestão de carboidratos, priorizando os alimentos proteicos. É similar a (também) famosa Dieta Atkins, porém preconiza o consumo de proteínas magras e isentas de gordura, liberando o uso de óleo para cozinhar.

O programa alimentar de Dukan é dividido em fases específicas, onde na primeira fase ocorre uma maior perda de peso devido a restrição total de carboidratos. A reintrodução dos mesmos é gradativa, sendo permitido somente carboidratos integrais em quantidades e dias limitados. Mas, ainda assim, é uma dieta com restrição alimentar significativa, com suas vantagens e desvantagens.

**Vantagens
- Rápida perda de peso principalmente no primeiro mês;
- Preservação da massa muscular;
Apetite inibido devido a grande ingestão de alimentos de origem proteica que geram saciedade;
- Opção de grande variedade de alimentos, não gerando monotonia na dieta;
Boa adesão, se torna fácil de ser seguida mesmo estando fora de casa;
- Nas últimas fases são liberadas algumas guloseimas, com o objetivo do paciente não desistir da dieta;
**Desvantagens
- Pode acarretar alguma carência de vitaminas, sais minerais e fibras;
- Na primeira fase pode surgir cansaço, fadiga e tonturas devido a falta do carboidrato, sendo o consumo exclusivo de proteína;
- Com o consumo insuficiente de carboidratos o corpo tende a converter gordura em energia acarretando a liberação de corpos cetônicos, que são componentes que em altos níveis podem ser prejudiciais às células;
- Com a restrição de carboidratos na primeira fase, pode ocorrer queda na serotonina, levando a irritabilidade, ansiedade, dispersão e insônia;
- Dietas com alto teor de proteína aumentam a concentração de homocisteína, aminoácido presente na corrente sanguínea. Essa concentração aumentada estaria associada ao aumento de doenças cardiovasculares e trombóticas;
- Devido a falta de fibras em quantidades adequadas, pode surgir quadro de obstipação intestina;
- Embora introduza gorduras saudáveis e só permita proteínas magras, existe um grande consumo de alimentos de origem animal, principalmente as carnes, que mesmo sendo magras, ainda contém gordura saturada e colesterol ruim. O consumo em excesso pode favorecer o entupimento de vasos sanguíneos podendo acarretar quadros de aterosclerose e aumento do risco de infarto e Acidente Vascular Cerebral;
- O excesso do consumo de proteínas pode causar uma sobrecarga renal, com risco de desenvolver uma insuficiência renal, embora a Dieta Dukan preconize o aumento do consumo de líquidos para facilitar o funcionamento dos rins;
- O desconforto gástrico é uma queixa bastante frequente dos adeptos a esta dieta. Este sintoma pode estar relacionado com a dificuldade na digestão de proteínas e gorduras. Esses tipos de alimentos requerem uma digestão mais complexa, ou seja, mais lenta, deixando o alimento por mais tempo no estômago, motivo este do desconforto gástrico.
Dietas modistas e com fórmulas prontas, na maioria  das vezes não fazem bem, são perigosas e não funcionam para todos. Por estes motivos não são indicadas.  Procure um profissional para analisar e identificar suas carências e necessidades individuais, traçando a melhor forma de alcançar seus objetivos.
Natália Oliveira (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

Atletas se deixam levar por marketing e fazem uso impróprio de suplemento


Médicos e nutricionistas são orientados para fazer avaliação e prescrição nutricional dos suplementos, mas poucos os procuram para receber orientações




Por Rio de Janeiro
suplementos euatleta (Foto: Getty Images)Suplementos ajudam no desenvolvimento, mas são
consumidos de forma indevida  (Foto: Getty Images)
Vários suplementos nutricionais são utilizados na prática esportiva, por atletas ou apenas praticantes de atividade física, para melhora da performance. Existe grande marketing no potencial de ação destes produtos levando milhares de esportistas ao uso indevido, como quantidade, tipo, forma ou tempo inapropriado.  Estudos recentes apontam que as principais fontes de prescrição seriam os treinadores e/ou educadores físicos, seguidos de vendedores de loja e amigos. Médicos e nutricionistas, que seriam os profissionais habilitados para tal indicação, não são as principais fontes de prescrição.

Vinte e duas academias de Porto Alegre participaram de um estudo publicado na Revista Brasileira de Ciências do Esporte, onde entrevistaram 316 indivíduos com idade entre 18-59 anos. Observou-se um expressivo uso de suplementos nutricionais pelos participantes (28,8%), com maior uso de suplementos a base de proteínas. Outro achado no estudo, foi que homens utilizam mais suplementos alimentares quando comparado as mulheres.
Pesquisadores atribuem tal achado ao fato de que homens tendem a ingerir suplementos alimentares de forma mais regular para manutenção dos objetivos. Já as mulheres utilizam de forma mais ocasional, pois buscam imediatismo em seus objetivos com a prática de exercício e procuram ajuda dos suplementos para alcançar os resultados desejados. As mulheres teriam maior preocupação com a saúde do que os homens e mais cautela com o uso de produtos. (FAYH e colaboradores, 2013)

A Anvisa divide os suplementos alimentares em categorias: hidroeletrolíticos (isotônicos: carboidrato/ sódio/ potássio), energéticos (carboidratos: maltodextrina em gel, pó ou suco), suplementos de proteínas (pó, cápsulas, barra de proteínas), produtos para substituição parcial de refeições (shakes ou pós capazes de suprir eventuais necessidades de proteínas, carboidratos e gorduras),  creatina (proteína para liberação rápida de energia em atividades de alta intensidade, como atletismo e natação) e bebidas com cafeína (energéticos e estimulantes).

Alguns exemplos dos suplementos mais utilizados:

Caseína: proteína do leite, absorvida de forma mais lenta do que o whey protein. A lentidão da caseína irá conduzir a um pequeno, mas constante aumento de aminoácidos no sangue, durante pelo menos 7 horas.

Whey Protein: proteínas do soro do leite. São absorvidas mais rápidas do que a caseína. Excelente perfil de aminoácidos, similar ao do músculo esquelético, é a fonte mais concentrada de aminoácidos essenciais inclusive BCAA (principalmente Leucina).

BCAA: aminoácidos essenciais de cadeia ramificada são valina, leucina e isoleucina.
Ação: Recuperação muscular retarda a fadiga central, ganho de massa muscular

Creatina: aminoácido apontado como o suplemento nutricional de maior eficiência na melhora do desempenho em exercícios de alta intensidade e no aumento de massa muscular.

Bebida esportiva - isotônico/ Gel carboidrato/ Jujuba de carboidrato: repositores de 4 a 8 % de carboidrato, sódio e potássio. Sendo indicado em atividade aeróbica (corrida, natação, ciclismo, trekking) acima de 1 hora ou 10km.

A prescrição ou indicação de um suplemento alimentar depende da: alimentação/ programa alimentar; exercício físico/ modalidade esportiva; fase do treinamento; objetivo; história clínica.

Não existe “receita de bolo”. Os suplementos precisam sempre ser reavaliados e até retirados quando os objetivos são alcançados.
As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cris Perroni (Foto: GE)
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