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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Uso de calçado minimalista gera dúvidas entre os pesquisadores


Opção por tipo de tênis com 'pisada natural' deve ser criteriosa, pois 
nem todos os atletas apresentam os efeitos da redução de impacto

Por São Paulo

Skechers GoBionic (Foto: Divulgação)Uso de calçado minimalista, que oferece pisada
'natural' ainda gera dúvidas (Foto: Divulgação)



















O calçado esportivo é um dos acessórios que maior evolução apresentou nas últimas décadas. As indústrias de material esportivo têm investido muitos recursos e pesquisas para cada vez mais aperfeiçoar principalmente o calçado do corredor. Antes da década de 70, quando começou o desenvolvimento dos calçados modernos, os corredores tinham por hábito correr descalços ou com calçados extremamente simples, quase uma sandália modificada.
A partir dos anos 70, começou uma fase de grande desenvolvimento dos calçados e a grande ênfase do desenvolvimento tecnológico era focada na eficiência do amortecimento do solado. A cada ano surgiam novos modelos com proposta de proporcionar um amortecimento mais eficaz, sem aumentar o peso do calçado.
Podemos dizer que esta fase durou cerca de 30 anos, até que recentemente surgiram questionamentos a respeito deste amortecimento. Prejuízo de performance, aumento do risco de lesões, limitação do estímulo proprioceptivo e aumento da força de colisão com o solo no calcanhar foram questionados por especialistas.
Em função destes questionamentos, nos último cinco anos, os pesquisadores voltaram a discutir de maneira mais consistente os possíveis benefícios de correr descalço. Seguindo esta tendência, as indústrias de calçados esportivos começaram a investir em novos modelos os quais tem a concepção do chamado calçado minimalista.
Este produto visa proporcionar um estilo decorrida natural, com todos os ajustes de pisada, absorção de impacto, etc sendo realizados pelo próprio aparelho locomotor, sem a interferência do calçado. É quase como uma luva vestida nos pés, proporcionando uma certa proteção contra escoriações.
Este tipo de calçado tem gerado grandes controvérsias entre os especialistas, e está longe de ser um consenso. Um artigo publicado este mês no "Medicine and Science in Sports and Exercise", revista oficial do Colégio Americano de Medicina Esportiva, alerta para a alta incidência de lesões durante o período de adaptação ao uso desses calçados para corrida.
O que é consenso entre a comunidade científica, é que a opção por este tipo de calçado deve ser bastante criteriosa, uma vez que nem todos os indivíduos apresentam os efeitos daredução de impacto como seria esperado. Além disso, para aqueles que optarem pelo tênis  minimalista é altamente recomendado uma transição bastante lenta e gradual, permitindo uma adaptação progressiva do aparelho locomotor.
Colaboração: Dra Gerseli Angeli
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Sedentarismo e pouca adesão para atividade física geram preocupação


Cardiologista destaca que os incentivos vindos dos governos, entidades esportivas, mídia e órgãos de saúde devem ser propostos à população




Por São Paulo
Várias evidências científicas acumuladas provaram o papel do exercício físico na prevenção e tratamento de doenças crônicas nos últimos tempos. Recentemente uma revisão de tudo o que já foi publicado está “online” na Revista Europeia do Coração (Euro Heart Journal) prioritariamente antes da edição impressa, com o título “Role of Exercise in the prevention of cardiovascular diseases”. O exercício pode ser considerado um pré-requisito fundamental para o bem estar e integridade física humana. Com o grande aprofundamento da biologia molecular, os mecanismos como a biodisponibilidade e a mobilização de células progenitoras puderam ser identificados com detalhes, o que melhorou a nossa compreensão dessa ferramenta terapêutica.
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Sedentário euatleta (Foto: Getty Images)Sedentarismo e baixa adesão para a atividade física preocupam a saúde pública (Foto: Getty Images)
Infelizmente, ainda ocorre uma baixa taxa de adesão para atividade física, tanto de pacientes como de saudáveis. Isso trouxe um motivo de preocupação para a saúde pública, esse crescente sedentarismo no mundo, consequente da alta “tecnologia do conforto”. Nessa publicação são propostos incentivos vindos dos governos, dos seguros de saúde, das entidades esportivas e sem dúvida acrescento das várias mídias existentes. O EU ATLETA é um exemplo pronto de incentivo à atividade física e ao esporte.
Uma das ideias colocadas são desonerações de impostos de um simples tênis até dos equipamentos de exercícios. Afinal, o resultado será menos gastos no tratamento das doenças crônicas que mutilam ou matam. As companhias de seguros já estão dando descontos para seus usuários que praticam esportes regularmente e até deduções no imposto de renda são usadas em alguns países. Melhorar e proteger as vias exclusivas para ciclistas e corredores, de escolares até trabalhadores comuns.
Estimular a caminhada para o trabalho e para a escola com mapas das distancias entre os pontos de parada, em todas as estações do metro e de onibus, foi uma ideia inicial da OMS (Organização Mundial da Saúde) há mais de 20 anos, agora incrementada .
Na verdade, todos nós que curtimos a atividade física, podemos convencer e trazer mais e mais praticantes, o que no fundo funciona como um programa de saúde para todos, sem demagogia, sem politicagem e de custos irrisórios.
PS: Nós médicos sempre fomos parceiros dos profissionais da saúde não médicos. A aprovação da Lei do Ato Médico depois de 11 anos de discussões foi encerrada elegantemente, com tudo acordado entre os vários Conselhos Federais, mas a demagogia e interesses excusos de politicos populistas, deturpou as conclusões impedindo o reconhecimento da profissão de médico, depois de mais de 120 anos de atuação a favor do bem estar da população.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Importância dos pigmentos naturais nos alimentos para promover saúde



Substâncias bioativas colorem os alimentos e possuem as propriedades antioxidantes, que ajudam a diminuir o risco cardiovascular e o câncer



Por Rio de Janeiro
Existem evidência científicas que os pigmentos naturais servem não apenas para colorir os alimentos, mas para promoção da saúde e do bem estar, reduzindo o risco de doenças crônicas não transmissíveis. Entre estas substâncias bioativas encontradas nos alimentos estão os carotenoides, licopeno, luteína zeaxantina, clorofilas, polifenóis, cúrcuma.
beta caroteno alimentos euatleta (Foto: Getty Images)Os pigmentos naturais nos alimentos servem para promover saúde e bem estar (Foto: Getty Images)
CAROTENOIDES
Os carotenoides são pigmentos que conferem cores aos alimentos do amarelo ao vermelho: betacaroteno, licopeno, luteína e zeaxantina
BETACAROTENO
É precursor da vitamina A, presente principalmente em alimentos de origem vegetal, frutas e hortaliças amarelas/ alaranjadas/ vermelhas (batata doce, cenoura, abóbora...)
A fonte de vitamina A pré-formada é encontrada em alimentos de origem animal: fígado, gema de ovo, leite, manteiga, atum, queijo, creme de leite e leite em pó integral; e na forma de betacaroteno.
Aumenta a resposta imunológica e reduz o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e doença cardiovascular; prevenção da cegueira noturna e melhora da acuidade visual
LICOPENO
O licopeno é um pigmento carotenoide encontrado em alimentos como tomate (in natura e produtos/ molhos derivados do tomate), melancia, goiaba, morango e outros. Tem atividade antioxidante, protege as moléculas contra a ação deletéria dos radicais livres.
Estudos populacionais recentes mostram correlação entre a utilização de alimentos ricos em licopeno e redução de doenças como Hipertensão Arterial, Doença Cardiovascular e cânceres cervicais e de próstata.
LUTEÍNA E ZEAXANTINA:
Pertencem a classe dos pigmentos carotenoides. Não podem ser convertidos em vitamina A, mas estudos recentes demonstram proteção contra o desenvolvimento de doenças oftalmológicas (catarata e degeneração macular), retinopatia diabética e câncer. Encontrados em vegetais amarelos e verde-escuros.
Alimentos Fontes
LUTEÍNAXANTINAS
Gema de ovo, milho, kiwi, suco de laranja/ laranja, maçã vermelha, suco de tomate, nectarina , pêssegoAcelga, agrião, almeirão, taioba, vagem, pimentão verde, brócolis, rúcula, couve e espinafre




Para atender as recomendações de vitaminas e minerais e ter boa ingestão de alimentos antioxidantes é fundamental ter na dieta frutas, verduras e legumes (hortaliças A, B e C). A alimentação variada e colorida fornece naturalmente estes micronutrientes, não sendo necessária suplementação vitamínica.
Os efeitos benéficos destes compostos bioativos estão além de conferir cor aos alimentos, mas promoção da saúde e bem estar pelas propriedades antioxidantes, redução de risco cardiovascular e de câncer.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

'Joelho de corredor': saiba o que é a condromalácia patelar e como evitá-la


Na passada de corrida ideal o pé vai bem para trás do corpo, graças a amplitude de quadril, mas aterrissa próximo ao tronco e não muito adiante




Por Jundiaí, SP

dor joelho eu atleta (Foto: Getty Images)Lesão é comum em corredores (Foto: Getty Images)
condromalácia patelar é uma das lesões típicas de corredor. Ela é um dos componentes da síndrome femoropatelar, patologia também chamada de “joelho de corredor”.

Na condromalácia patelar há uma lesão na cartilagem anterior do joelho (patela), que pode ir de um amolecimento até uma perda completa de parte da cartilagem. Alto impacto, desequilíbrio muscular e desalinhamentos que geram sobrecarga no joelho são alguns dos fatores causadores dessa lesão. O diagnóstico e tratamento desses fatores permite o prosseguimento da prática esportiva com grande redução dos sintomas, ou seja, sem dores.

O impacto do corpo com o solo na corrida é de aproximadamente 3 vezes o peso do corpo. Esse impacto é absorvido pelo movimento das articulações e depende da contração muscular. Quando há pouca contração muscular para absorver o impacto as articulações recebem um choque grande, sendo o joelho o alvo mais afetado, o que com o tempo vai gerando desgaste na cartilagem.
Desalinhamentos no joelho aumentam a pressão entre a patela e o fêmur (osso da coxa), além de colocarem o membro inferior em uma posição que desfavorece uma boa contração muscular. O principal desalinhamento relacionado à condromalácia é o valgo do joelho (joelho “caindo” para dentro quando o pé está apoiado no chão). Ele acontece na maior parte das vezes devido a uma fraqueza da musculatura lateral do quadril, que deveria sustentar a coxa. Graus acentuados de pronação do tornozelo também podem causar esse tipo de desalinhamento.

Além do valgo, uma flexão exagerada do joelho na fase de apoio, causada por falha na contração do músculo anterior da coxa, gera maior compressão da patela sobre o fêmur. Alta compressão nessa região acontece também em agachamentos muito profundos, que devem ser evitados. No agachamento os joelhos nunca devem ultrapassar a ponta dos pés.
A sobrecarga no joelho pode ter origem também no posicionamento do corpo no momento da aterrissagem do pé no chão. Quanto mais longe o pé aterrissar do tronco, maior é a carga sobre o joelho. Uma passada de corrida ideal é aquela em que o pé vai bem para trás, graças a amplitude de quadril, e quando volta pra frente aterrissa próximo ao tronco e não muito para frente.
Cada caso é único e as causas da condromalácia devem ser diagnosticadas e tratadas individualmente. Porém, de uma forma geral, vale a pena investir na musculatura do quadril e coxa, no treino de absorção de impacto e no padrão adequado de corrida para prevenir e cuidar dessa lesão.
corrida perfeita eu atleta (Foto: Getty Images)Vale a pena investir no padrão adequado de corrida para prevenir e cuidar da condromalácia (Foto: Getty)




















* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Você sabe o que é pubalgia?


O osso púbis é como um cabo de guerra entre os músculos abdominais e os adutores do quadril. A inflamação acontece quando um lado é muito mais forte




Por 

A pubalgia é um quadro que gera dor na virilha e na região central do osso púbis. Ela é mais frequente em jogadores de futebol, mas também acomete corredores de longa distância e geralmente atrapalha bastante a rotina de treinos e competições.
Podemos pensar no osso púbis como um cabo de guerra. Acima dele se inserem os músculos abdominais e abaixo os músculos adutores do quadril (que fecham o quadril). Apubalgia acontece quando um dos lados do cabo puxa mais forte do que o outro, ou seja, quando um dos grupos musculares se sobrepõe de forma exagerada sobre o outro.
Existe uma articulação chamada sínfise púbica ligando o osso púbis direito e esquerdo, que sofre com os desequilíbrios desse cabo de guerra, e fica inflamada. Em geral os músculos adutores levam a vantagem sobre os abdominais, o que também gera inflamação na inserção dos músculos adutores no púbis.
Pubalgia (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)
O tratamento da pubalgia deve incluir medidas anti-inflamatórias e restauração do equilíbrio muscular da região. Para isso os músculos abdominais devem ser treinados a ficarem contraídos durante toda a prática de qualquer atividade física. E como já mencionei em outras colunas, uma barriga de tanquinho não necessariamente representa uma boa musculatura abdominal. Mais importante do que a força explosiva é a manutenção de uma pequena contração basal que estabilize o tronco durante todos os movimentos.
Em associação com a questão abdominal, os músculos adutores também podem estar “puxando” o osso púbis com muita força devido a falta de atividade adequada dos músculos extensores do quadril. É um mecanismo compensatório do corpo: quando um músculo não trabalha direito outro músculo tem que fazer o trabalho em dobro.
Aos primeiros sinais de dor, já procure tratamento. A pubalgia tende a ser um quadro complexo se tratado tardiamente e pode diminuir bastante o rendimento do atleta.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Primeiros socorros: o que fazer se presenciar um desmaio no treino



O médico do esporte Cláudio Gill, explica os principais fatores que podem levar uma pessoa a ficar desacordada e como identificar se o caso é grave




Por Rio de Janeiro
Você está tranquilamente treinando na rua, no parque ou na praia, e se depara com uma pessoa caída no chão. A cena, assustadora, pode indicar um simplestropeço ou um grave acidente cerebral. E aí, o que você faz?

- Primeiro mantenha a calma. Procure ajuda pois, sozinho, não vai conseguir ajudar ninguém –diz o médico do esporteCláudio Gil, convidado do Sportv para falar ao vivo sobre primeiros socorros.

O próximo passo é identificar se o problema foi motor ou clínico, e qual a gravidade.  A confusão é mais frequente se a pessoa perder os sentidos, e a identificação fica mais difícil se você não presenciar o momento da queda.

- Se você acompanhou a queda é mais fácil saber se a pessoa caiu e desmaiou, ou desmaiou antes de cair. Se for um problema motor, evite fazer movimentos bruscos e, se for você a vítima, não deixa que lhe tirem rapidamente do chão. Vá se movendo devagar para sentir a extensão do dano, e chame um resgate se não for capaz de ficar em pé- explica.

Um segundo caso que pode causar perda de consciência é alteração abrupta da pressão arterial, mais comum em finais de corridas ou treinos exaustivos. Foi o que aconteceu com o garçom Mauro Santos, de 49 anos, assim que cruzou a linha de chegada da maratona em 2007.

- Tropecei no tapete cronômetro e, quando tentei me levantar, não conseguia mais ficar em pé. Fui levado para o atendimento onde de cobriram e deram soro. Depois de uma hora estava me sentido bem- diz.
corredores chegada Meia Maratona São Paulo  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Queda de pressão na chegada (Foto:Marcos Ribolli)
O médico explica que esse é o grande perigo do chamado “sprint final” e que atletas amadores não deveriam aumentar significativamente a velocidade no quilômetro final de uma prova. Com o cansaço, a desidratação e o stress térmico, o pulso mais alto pode caisar desequilíbrio de pressão.

- Não tente bater recorde no último quilômetro, isso é para corredores profissionais. Apenas desfrute o prazer de cruzar a linha de chegada e alcançar seu objetivo, pois o Sprint aumenta muito o risco de lesão e mal súbito. Se acontecer, chame logo um atendente- explica.

As quedas mais temidas e mais graves advém de problemas cardíacos ou neurológicos, haja rápido, pois pode ser a diferença entre a vida e a morte.  Primeiro veja se a pessoa está com pulso, o próprio monitor cardíaco ajuda a identificar. Se estiver acima de 200 ou em zero, é provável que esteja em parada cardíaca, faça massagens se estiver preparado para isso.

Em caso de crise convulsiva, proteja a vítima para que ela não se machuque, e chame resgate imediatamente. Isso é sinal de crise cerebral, só no hospital ele pode ser tratado.
E fique sempre atento aos sinais do corpo, mesmo que esteja em boa forma física. O educador físico Marcios Duarte, de 53 anos, já tinha 26 maratonas no currículo quando se sentiu mal. Era um infarto silencioso.

- Um dia antes da Maratona de Berlim saí para testar o GPS e senti  uma dor forte no estômago.  Passei mal durante a semana e decidi ir até o hospital. Descobri que havia infartado e tinha uma veia completamente entupida- contou.

Uma pessoa que se exercita tem menos chances de um problema cardíaco do que um sedentário, mas não está incólume. Exercício não é vacina, sentiu-se mal, vá ao médico. E mesmo com saúde, não custa nada seguir algumas dicas para a própria segurança.

- Quando for se exercitar, avise alguém sobre o trajeto e tempo previsto, leve consigo um documento, carteira do plano de saúde, se tiver, e um pouco de dinheiro, caso precise pegar um transporte- resume o médico, que também é corredor.

Comida japonesa: o salmão precisa ser congelado antes de consumido cru


Conheça as formas ideais de conservação do peixe - no supermercado, em casa e no restaurante - para se proteger da presença de micro-organismos






Por Rio de Janeiro

sashimi de salmão (Foto: Getty Images)No restaurante japonês, o peixe precisa ficar abaixo de 20oC negativos por uma semana (Foto:Getty Images)



















Conservar adequadamente um alimento é mantê-lo protegido, principalmente do desenvolvimento de microorganismos, que possam afetar a saúde do homem. Além da preocupação em manter a aparência, o sabor e o seu valor nutricional.

peixe fresco estraga com muita facilidade e seu processo de deterioração se inicia assim que ele sai da água. O peixe na forma inteira tem uma durabilidade maior que filés e postas. Todo peixe deve ser mantido em refrigeração até o momento do seu preparo. É importante não armazenar o peixe fresco por um período superior a 24 horas e jamais por mais de 48 horas.

salmão, por exemplo, deve ser conservado em geladeira, sendo ele cru ou defumado. Deve estar protegido por filme plástico ou em recipiente fechado a vácuo. O salmão é um tipo de peixe que congela muito bem, porém seu paladar é alterado com o tempo. A recomendação é que se mantenha o salmão congelado por no máximo 90 dias. Devemos descongelá-lo por completo no refrigerador antes de prepará-lo. Uma vez descongelado não deve voltar ao freezer. Ele pode ser congelado inteiro, desde que esteja completamente limpo, ou então em porções.  Para garantir que o salmão fique totalmente protegido, é preciso utilizar várias camadas de filme plástico, do contrário sua textura será alterada.
Sanduíche de salmão defumado (Foto: Divulgação)Mesmo o salmão defumado deve ser mantido
em geladeira ou freezer (Foto: Divulgação)
salmão defumado adquirido em embalagem normal deve ser congelado no mesmo dia da compra e consumido no prazo máximo de um mês.  Se for embalado a vácuo, pode permanecer no freezer por no máximo 90 dias.

Cozinhar o salmão é sempre preferível, pois a alta temperatura elimina o risco de uma contaminação. Mas nem por isso as tão saborosas comidas japonesas que levam opeixe cru precisam ser evitadas. Segundo orientações da Anvisa, o prato que contenha salmão cru ou mal cozido deve passar por um  congelamento em uma temperatura de pelo menos -20°C por um período mínimo de sete dias ou -35°C por um período mínimo de 15 horas. São condições suficientes para inativar as larvas de qualquer parasita, evitando qualquer tipo de contaminação.

O consumidor deve estar atento e exigir seus direitos: é obrigatório ter um termômetro em supermercados ou restaurantes registrando a temperatura adequada. E não basta exibir peixes sobre uma camada de gelo, como é comum em feiras e supermercados.  A orientação da Anvisa  é que haja gelo por baixo e por  cima destes  peixes, e que eles estejam em um recipiente fechado.

Como qualquer alimento, o peixe se mal conservado ou mal manipulado pode sofrer contaminação, gerando danos a saúde do homem. Fique atento!

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Natália Oliveira (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Você sabe o que são 200 calorias?



Confira o que representa essa quantidade calórica em porções de diversos alimentos - dos mais gordos aos mais magrinhos - e faça suas escolhas

Por Rio de Janeiro



Gastar duzentas calorias é tarefa simples: para uma pessoa de 60kg, basta caminhar durante 40 minutos, para alguém de 70kg, a opção pode ser pedalar na bicicleta por pouco mais de 20 minutos. A mesma pessoa de 60kg pode gastar 200 calorias em meia hora de ginástica aeróbica, ou de dança, se preferir.

O problema é que repor as tais 200 calorias é mais fácil ainda. É só caprichar na quantidade de manteiga sobre o pão no café-da-manhã e lá se vai todo o esforço pela boca a dentro. Para evitar que a falta de informação boicote seu sacrifício, traduzimos a tabela publicada pelo site americano WiseGeek, que mostra o que representam visualmente 200 calorias. Dá para encher o prato de aipo ou pimentões, mas apenas sujar o fundo da frigideira com óleo. A escolha é sua!

200 calorias (Foto: Arte Globoesporte)

sábado, 13 de julho de 2013

Saiba quais são e como atuam os alimentos que ajudam a retardar o envelhecimento


Promessas de juventude eterna são um engodo, mas qualquer ajudinha para retardar um pouco os sinais do envelhecimento é sempre bem-vinda, não importa em que idade, certo? A boa notícia é que uma dieta saudável, rica em alimentos antioxidantes, faz isso de forma natural e muito gostosa.
Os anos vão passar na mesma velocidade, claro, mas com uma alimentação balanceada os sinais na saúde e na aparência vão ser menores, garantem especialistas em nutrição.

Os alimentos ricos em nutrientes antioxidantes combatem as marcas de expressão na pele, estimulam o sistema imunológico e ainda ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e o câncer. Isso acontece porque os antioxidantes são moléculas que se ligam aos radicais livres, anulando seus efeitos.
Ampliar

Conheça alguns alimentos ricos em antioxidantes15 fotos

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Frutas vermelhas: "Também conhecidas como berries, são consideradas frutas nobres pelo sabor peculiar e por conter antioxidantes", diz a nutricionista Marcella Quattrucci, do Seletti Culinária Saudável. No Brasil, a mais comum é o morango, mas também é possível encontrar nos mercados polpas congeladas de amora e sucos de cranberry, entre outras. Um dos seus principais antioxidantes são as antocianinas, que auxiliam na manutenção da saúde, prevenção de doenças crônicas como diabetes e doenças do coração e agem contra os danos ao cérebro naturais da idade, explica Quattrucci Getty Images
“Radicais livres, apesar de serem metabólicos naturais das reações do nosso organismo, em excesso, são responsáveis pelo envelhecimento precoce e podem estar ligados ao Mal de Alzheimer e de Parkinson”, explica a nutricionista Rafaela Isis Allevato, do Hospital San Paolo.
Mas o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), alerta que, na busca da juventude, não adianta comer apenas os alimentos com ação antioxidante. O bom resultado, diz, vem do equilíbrio.
“Há grandes estudos mostrando que um bom aporte de fibras, vitaminas e mineirais, aliado a exercícios físicos, aumenta a longevidade e promove a agerasia, que é o envelhecimento saudável. Isso é o sonho de todos nós: morrer o mais velho possível, mas sendo jovem”, afirma.

Segundo Ribas Filhos, o resultado dos hábitos alimentares saudáveis inclui tanto evitar doenças como ficar com um aspecto visual melhor, pois a dieta equilibrada ajuda a dar uma boa textura para pele e cabelos.

O consumo diário de frutas, verduras, legumes, castanhas, cereais integrais e, ao menos duas vezes por semana, de peixes, é suficiente para sentir no organismo os efeitos positivos dos antioxidantes, garante a nutricionista Marcella Quattrucci, do restaurante Seletti Culinária Saudável.
Consumo constante
“A ação dos antioxidantes ocorre logo após a ingestão e durante a permanência destas substâncias no corpo; entretanto, os efeitos benéficos são percebidos no longo prazo e os alimentos ricos em antioxidantes devem ser consumidos constantemente”, recomenda.

Os carotenóides, vitamina C, E e ômega 3, são exemplos de antioxidantes que auxiliam a retardar o envelhecimento, a proteger o coração e a controlar os níveis de colesterol. Segundo Quattrucci, todos os tipos de antioxidantes atuam na proteção do organismo com algumas especificidades, mas não é preciso se preocupar com a ingestão de cada um deles: uma dieta variada e colorida resolve a questão.

A variedade é recomendada também por Allevato. “Ingerir determinado alimento apenas para ter a quantidade de antioxidantes pode ser prejudicial. Por exemplo, se eu tomar chá verde em excesso vou ter insônia, irritabilidade, disponibilidade a dor de estômago”, diz. A nutricionista alerta ainda que não existe a necessidade de se tomar suplementos de antioxidantes, uma prática inclusive desaconselhada pelos profissionais.

Saber se você está consumido uma boa dose de alimentos antioxidantes é simples: basta verificar se você ingere 400 g de frutas, legumes e verduras diariamente, explica Ribas Filhos.
Luciana Alvarez
Do UOL, em São Paulo
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