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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Isquiotibial, o músculo da 'fisgada'


Conheça as funções dos músculos posterioes da coxa, os principais fatores de risco e formas de evitar essa lesão comum a corredores e peladeiros



Por Jundiaí, SP
futebol eu atleta (Foto: Getty Images)Corredores e jogadores de futebol teme a famosa "fisgada" no posterior da coxa  (Foto: Getty Images)










Sabe "aquela" fisgada no posterior da coxa que tanto assusta ao final de um treino longo ou durante um jogo de futebol? As lesões nessa região da perna são frequentes em esportes que envolvam corrida, mas nem sempre são graves -podem ir de uma simples sensação dolorosa até uma ruptura de fibras musculares.
Os músculos posteriores da coxa são chamados de isquitibiais e têm ação sobre o joelho e o quadril. O principal papel dessa musculatura durante a corrida é frear um pouco antes do pé tocar o chão. Sem a sua contração nessa fase é como se o pé fosse chutado para frente com força todas as vezes que vai encontrar o chão: o joelho estica muito rápido.  Na fase em que o pé já está em contato com o solo essa musculatura auxilia na estabilização da posição do quadril.
Os principais fatores que aumentam o risco de lesão nos isquiotibiais são:

Fraqueza muscular: os músculos precisam de força para frear o movimento. Se lhes é exigido mais do que suportam pode ocorrer ruptura de fibras musculares. Porém é preciso mais do que “puxar peso” para treinar adequadamente essa musculatura. É necessário um trabalho de ação excêntrica (ao final do texto apresento um exercício para exemplificar);

* Lesão prévia: após uma primeira fisgada, aparentemente inocente, as chances de uma lesão mais grave aumentam. Isto acontece porque ocorre uma inibição do músculo pelo cérebro, que é quem controla toda a atividade muscular (o cérebro faz com que o músculo diminua sua contração e força). Como explicado no caso acima, se o músculo não tem força para dar conta do recado ele acaba sofrendo uma lesão;
Desequilíbrio muscular: falta de força nos músculos do quadril (glúteo máximo, por exemplo) faz com que os músculos posteriores da coxa tenham que trabalhar mais para compensar essa fraqueza, o que gera sobrecarga e lesão.
Fadiga: esse grupo muscular vai perdendo sua potência de ação ao longo do tempo, por isso lesões são mais frequentes no final de treinos e jogos. Alongamento é a primeira coisa que vem a cabeça quando se fala em dor em posterior de coxa não é mesmo? Porém pesquisas científicas mostraram que o alongamento não previne lesão nessa musculatura e pode até mesmo retardar o seu processo de recuperação.
Para treino de ação excêntrica dos músculos isquitibiais pode-se fazer o seguinte exercício: de joelhos, com alguém segurando seus pés, vá inclinando o corpo para frente, sem mexer o quadril. Lembre-se de manter o abdômen contraído.

Embora seja uma tecla já bastante batida, não custa relembrar: o aquecimento antes do treino (uma caminhada ou um trote leve, por pelo menos 10 minutos) é uma medida simples que contribuirá na prevenção da lesão nos músculos posteriores da coxa e tantas outras.Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Trote e caminhada trazem benefícios e são indicados para todas as idades

Cardiologista recomenda prática regular e moderada de exercícios físicos e revela uma série de benefícios conquistados com o fim da vida sedentária


Por São Paulo
Segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das várias sociedades médicas existentes, incentivar a atividade física virou uma das obrigações dos médicos de todas as áreas. As perguntas sobre o que, quanto e quando fazer exercícios martelam especialistas desde o poderoso National Institute of Health - o Ministério de Saúde americano - até órgãos semelhantes espalhados pelo mundo. Finalmente concluíram que a simples caminhada acelerada - conhecida como trote - e as corridas, iniciadas em qualquer idade, trazem benefícios de graus variados para seus praticantes.
Pesquisas americanas mostraram que abandonar o sedentarismo, mesmo após os 75 anos, praticando caminhadas e corridas de três a cinco quilômetros, trouxe benefícios significativos. O metabolismo do açúcar e das gorduras aumentou, assim como as capacidades cardiorrespiratória e física, a resistência frente a eventuais doenças ficou maior e o psiquismo e o humor melhoraram, aumentando a qualidade de vida dos atletas.
corredor e ciclovia eu atleta (Foto: Getty Images)Corrida é recomendada para pessoas de todas as idades, trazendo inúmeros benefícios (Foto: Getty Images)










Casos de complicações nas corridas só ocorreram em pessoas que desconheciam ou desvalorizaram problemas cardíacos. Os benefícios virão a partir de 14 semanas de exercícios praticados de três a quatro vezes por semana, com uma duração média de 60 minutos e intensidade moderada.
Esportistas com idade superior aos 45 anos necessitam de uma consulta especializada e de um eletrocardiograma, além de exames de laboratório para avaliar a função do fígado, dos rins e da tireoide. Dependendo da intensidade, volume e da modalidade escolhida, devemos incluir o teste ergométrico, que deve ser levado até a exaustão do examinado e com o médico presente na sala, como determina o Conselho Federal de Medicina para garantir total segurança. Os valores dos batimentos cardíacos do exame servirão de base para realização de exercícios eficientes. As avaliações devem ser repetidas anualmente ou após a ocorrência de algum fato médico.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Conheça fatores determinantes para o desempenho dos atletas na corrida


Consumo máximo de oxigênio, limiar anaeróbico e eficiência são o segredo do sucesso. Os treinos educativos ajudam, mas a genética é predominante



Por São Paulo
Na fisiologia do exercício considera-se que existam três fatores determinantes para o desempenho de um atleta em corridas: o consumo máximo de oxigênio (VO2 max), o limiar anaeróbico e a eficiência da corrida.
O consumo máximo de oxigênio representa a potência aeróbica, que é a capacidade máxima de transportar e consumir oxigênio pelos músculos, fator determinante da gênese de energia aeróbica. Quanto mais elevado for este índice, maior será a aptidão aeróbica. Seu fator limitante é a capacidade de bomba do coração, e o principal tipo de estímulo para sua melhora é o treinamento de volume.
euatleta corredor na cidade (Foto: Getty Images)Desempenho em corridas é determinado por três fatores. Genética é predominante (Foto: Getty Images)










O limiar anaeróbico é entendido como a “fração útil” do VO2 max, ou seja, o maior consumo de oxigênio ou ritmo de intensidade que pode ser mantido em uma corrida de longa duração. O fator determinante é a capacidade de equilibrar a produção com a remoção de ácido láctico, evitando seu acúmulo e, consequentemente, a fadiga. Para melhora desse índice, considera-se importante o treinamento intervalado, estimulando o mecanismo de remoção de ácido láctico.
A eficiência da corrida talvez seja o indicador menos conhecido. Entretanto, de grande importância para o resultado final do desempenho do corredor. Este índice representa o gasto de energia para correr a uma determinada velocidade. Quanto mais eficiente for o corredor, menos energia ele gasta para manter um determinado ritmo. Ser mais econômico para correr representa uma grande vantagem. A economia de corrida também pode melhorar com determinados tipos de treinamento, mas tem enorme influência da herança genética.
Os chamados treinos educativos, que procuram melhorar a coordenação motora, podem proporcionar um ganho de eficiência e também corrigir problemas de pisada. Entretanto, a herança genética é o fator predominante na morfologia ou biótipo do corredor.
Os cientistas do exercício, ao estudarem os corredores africanos, concluíram que a grande diferença destes atletas está exatamente no biótipo geneticamente herdado, com repercussão em uma economia de corrida verdadeiramente excepcional. A eficiência desses atletas é considerada a maior razão do seu enorme predomínio na modalidade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Cigarro atrapalha o desempenho de quem pratica exercícios físicos


Composto por 4.720 substâncias, existem três que interferem diretamente no rendimento dos esportes: nicotina, alcatrão e monóxido de carbono




Por Rio de Janeiro
Cerca de 15% da população brasileirafuma, um número ainda alto, porém menor do que os 35% da década de 80. Não se sabe ao certo quantas dessas pessoas correm ou praticam alguma atividade física, o que se sabe é que o cigarro não só atrapalha o desempenho, como prejudica a saúde.  É o que afirma o cardiologista Marcelo Coloma.
- O cigarro tem cerca de 4.720 substâncias. Existem três delas que comprometem muito o desempenho do atleta: nicotina, que diminui o tamanho das artérias, que levam o sangue até o músculo, gerando um desempenho muscular bem menor, e também aumenta os batimentos cardíacos; o alcatrão, que diminui a elasticidade do pulmão; e omonóxido de carbono, que compete com o oxigênio, por isso que o indivíduo que fuma tem falta de ar.

A professora Simone Fadel, de 51 anos, fumava desde os 13 anos e parou há 11, por conta da corrida. E não se arrepende da troca.

- Eu fumava muito, chegava em casa e ia tomar banho, era cheiro de cigarro por todo lado, atrapalhou a minha gestação e a amamentação. Depois de tanto tempo sem fumar, acabei de correr 6km muito bem, não conto mais os minutos para fumar ou comprar um maço de cigarro, mas os minutos que tenho para correr.  Eu fiz uma ótima troca - disse.
CIGARRO EU ATLETA SPORTV (Foto: Agência Getty Images)Alcatrão, nicotina e monóxido de carbono afetam diretamente o desempenho (Foto: Agência Getty Images)










Segundo o cardiologista, o fumo está concentrado nas classes mais baixas economicamente da população.
- Muita gente que fuma e faz exercício às vezes diz que não sente nada, mas não sabe que se parar de fumar, aquele exercício pode ter o desempenho aumentado assustadoramente em pouco tempo. Hoje o fumo está concentrado na população menos favorecida, com nível de escolaridade cada vez menor. Nos EUA, o número é muito baixo, o Uruguai é um exemplo, lá poucas pessoas fumam. Aqui no Brasil, nós temos campanhas nos maços de cigarro, é proibido propaganda em rádio e televisão, além de existir uma lei estabelecida que prevê o aumento do preço do produto a cada ano.
A corrida é um bom remédio para quem quer parar de fumar"
Lívia Mourão
A empresária Lívia Mourão, de 47 anos, viu sua vida mudar após começar a correr, e entendeu que aliar cigarro e esporte era inviável.
- Eu gostava de fumar. Quando comecei a correr e participar de prova é que realmente eu vi que não dava pra andar junto com a corrida, entendi que se eu quisesse correr de verdade, teria que parar de fumar. Se você treina no dia seguinte que fuma, sente muita diferença dos dias em que não fumou na véspera. Minha performance foi melhorando à medida em que reduzi o consumo de cigarro. Parei há quatro anos. A corrida é um bom remédio para quem quer parar de fumar.
O psiquiatra Gabriel Bronstein, especialista em dependência química, concorda com Lívia ao afirmar que o esporte é um grande aliado daqueles de desejam largar o vício.
CIGARRO EU ATLETA SPORTV (Foto: Agência Getty Images)É cada vez menor o número de fumantes no Brasil
(Foto: Agência Getty Images)
- Cigarro é uma das drogas que mais causa dependência. Se a pessoa quer parar de fumar, a motivação é muito importante, traçar estratégias como o exercício, além do uso de medicação e técnicas psicoterápicas, que também ajudam no processo. O exercício regular, como a corrida, dá uma sensação de prazer, que estimula a pessoa a cada vez mais repetir o comportamento e isso vai deixando o cigarro em segundo plano, o cérebro vai se organizando de outra forma. O prazer do esporte tem que estar associado, não adianta fazer uma atividade só para parar de fumar. O ideal é que a pessoa se sinta bem - disse.

A polêmica do salmão: o peixe criado em cativeiro não faz bem à saúde



A maior parte do salmão que chega ao Brasil tem valor nutricional baixo, elevada taxa de gordura ruim, além de conter corantes artificiais e antibióticos

Por Rio de Janeiro
O SALMÃO NATURAL
salmão é um peixe mediano da família Salmonidae, peculiar aos mares e rios europeus. Naturalmente encontrados nos oceanos Atlântico e Pacífico, eles retornar à água doce na época da procriação, quase sempre escolhendo o mesmo rio em que nasceu.
pescadores de salão no alasca (Foto: Getty Images)Pescadores do Alasca (Foto:Getty Images)


A cor vermelha da carne é gerada pelo pigmento Astaxantina, que o peixe absorve ao se alimentar de camarões. Mas como a dieta do salmão é variada,  também variam as cores de sua carne - desde branco ou rosa suave, até um vermelho vivo. O salmãopermanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida antes de ir para o mar, suportando temperaturas baixas em água doce ou salgada.

Por todos esses hábitos o salmão é um poderoso antioxidante que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, inflamatórias, e atua no sistema imune. É  fonte de Triptofano, Vitamina D, Ácidos Graxos, Selênio, Proteína, Vitamina B3, Vitamina B12, Vitamina B6, Fósforo e Magnésio. É excelente fonte de Ômega 3, substância que reduz em até 81% a chance de ataque cardíaco, segundo estudos recentes.
O SALMÃO DE CATIVEIRO
Não haveria razão para polêmica se fosse esse o salmão que consumimos. O problema é que somente 5% de todo o salmão vendido nos Estados Unidos é natural, e a quantidade que chega ao Brasil é irrisória.  Mais da metade do consumo mundial atualmente tem como origemviveiros do Chile, Canadá, Estados Unidos e norte da Europa, que reduzem imensamente suas importantes qualidades nutricionais.

Esses criadores abarrotam tanques com peixes,  em condições de higiene muitas vezes duvidosas, e os alimentam com farinha e corantes para tentar obter a cor rosada do salmão natural. Pior: utilizam grande quantidade de gordura  e altas doses de antibióticos para crescerem rápido, gerando mais lucro.

Em cativeiro, as Astaxantinas que tingem a carne do salmão são substâncias sintéticas derivadas do Petróleo, que, em grandes quantidades, podem causar problemas de visão e alergias e, segundo estudos recentes, podem ser tóxicas e carcinogênicas.  A título de comparação, 100g de salmão com corante tem as mesmas toxinas que um ano consumindo enlatados.
COMO IDENTIFICAR
Se você deseja os benefícios do salmão verdadeiro, primeiro certifique-se de que da procedência. Infelizmente, não há uma exigência da Anvisa que os rótulos identifiquem se o peixe foi criado em cativeiro ou ao natural, mas muitas embalagens trazem o país de origem. Os melhores são provenientes do Alasca e da Rússia. Se for do Chile,evite, pois metade do salmão consumido no mundo vem de cativeiros chilenos.
salmão (Foto: Getty Images)Salmão: antioxidante que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares inflamatórias (Foto: Getty Images)


O preço também é uma boa referência e, infelizmente, o salmão natural é caro. Um salmão que custe menos de R$ 40 o quilo provavelmente é de cativeiro. Outra dica importante é que o peixe de criadouro não resiste bem quando enlatado, logo, o salmão em lata provavelmente é verdadeiro.

Por conta do preço, os restaurantes costuma utilizar o salmão de cativeiro. Cobram caro e, na maioria das vezes, oferecem um peixe com valor nutricional baixo e elevada gordura ruim, que contém corantes, antibióticos e demais substâncias indesejáveis.  Para comer o verdadeiro salmão, o ideal é comprá-lo em peixarias que possam informar a procedência, e prepará-lo em casa.
TABELA DE COMPARAÇÃO
 SALMÃO CRIADO NA NATUREZASALMÃO CRIADO EM CATIVEIRO 
 Come crustáceos coloridos, por isso a cor rosa suave Come ração e corantes sintéticos que dão à carne uma forte cor alaranjada
 Possui grandes quantidades de Ácidos Graxos e Ômega 3 Possui menor quantidade de gorduras boas e  grande quantidade de gorduras saturadas
 Sua textura é macia e aveludada como todo peixe gordo, desmancha na bocaA textura  normalmente é macia, porém precisa ser mastigado 
Proveniente do Alasca  Proveniente de fazendas no Chile, EUA, Canadá e norte da Europa





Natália Oliveira (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
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