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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Melhorar a alimentação é saída para diminuir taxas de ácido úrico e ureia


Nutricionista explica que deve ser estimulado o consumo de laticínios com baixo teor de gordura (leite desnatado e queijos magros/light), por exemplo




Por Rio de Janeiro

derivados de leite queijo minas (Foto: Getty Images)Consumo de laticínios com baixo teor de gordura
deve ser estimulado (Foto: Agência Getty Images)
Muitos pacientes, principalmente homens, chegam ao consultório apresentando alteração em exames laboratoriais com elevação do ácido úrico e ureia. A maior dúvida é o que "retirar” ou acrescentar na alimentação para reduzir estas taxas e prevenir o aparecimento da gota.
Gota é um tipo de doença reumática, desencadeada pela cristalização do ácido úrico dentro da articulação, sendo a principal causa de artropatia inflamatória na população masculina adulta. Os principais fatores envolvidos no aumento da prevalência dessa doença incluem aumento da longevidade, insuficiência renal crônica, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e síndrome metabólica. A ingestão dietética de purinas pode contribuir substancialmente para os níveis de ácido úrico do sangue.
Trabalho recente (Third National Health and Nutrition Examination Survey - NHANES) avaliou 14.809 indivíduos (6.932 homens e 7.877 mulheres) com idade superior a 20 anos, entre 1988 e 1994. Avaliando a relação entre o consumo de alimentos ricos em purinas, proteínas e laticínios e níveis de ácido úrico no sangue. Encontrou-se associação positiva entre níveis de uricemia e aumento no consumo total de alimentos de origem animal como carne e frutos do mar, entretanto redução com aumento na ingestão de laticínios em pacientes com hiperuricemia ou gota.
O consumo de aveia e de vegetais ricos em purinas (ervilha, feijão, vagem, lentilhas, espinafre, cogumelos e couve-flor) não foi associado a aumento do risco de gota. Existe associação positiva entre consumo de álcool e risco de gota, variando com o tipo de bebida alcoólica. A cerveja confere risco maior do que as bebidas destiladas, enquanto a ingestão moderada de vinho não aumenta o risco.
Quando ocorre elevação de ácido úrico ou ureia no sangue é fundamental restringir alimentos ricos em purinas de origem animal (carnes, pato, miúdos, embutidos e frutos do mar) e alimentos/condimentos industrializados como caldos de carne e sopas instantaneas. Alimentos ricos em purinas de origem vegetal não precisam e nem devem ser evitados, pois são excelentes fontes de fibras, vitaminas e minerais. Deve ser estimulado o consumo de laticínios com baixo teor de gordura (leite desnatado, queijos magros/light).
A hiperuricemia e a gota, geralmente, estão associadas com obesidade, hipertensão, dislipidemia, aterosclerose e intolerância à glicose. Precisando haver mudanças de hábitos de vida, como perda de peso, sair do sedentarismo, orientação nutricional e sobre o consumo de bebidas alcoólicas.
Fonte: Revista Brasileira de reumatologia: revisão 2008 - Geraldo da R. Pinheiro)
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Banana: fruta bem popular entre os atletas fornece energia rapidamente



Rica em vitaminas e minerais, ela é muito usada para amenizar ou evitar cãimbras e também é um carboidrato de fácil digestão antes do exercício

Por Rio de Janeiro



A banana é uma das frutas mais consumidas no Brasil, principalmente pelos atletas, devido ao preço acessível, praticidade, sabor e ao seu privilegiado valor nutricional. É um carboidrato de alto índice glicêmico e de fácil digestão sendo muito utilizada antes do exercício para um aumento da glicose sanguínea no momento do exercício e por não “pesar” no estômago.
banana eu atleta (Foto: Getty Images)Banana é uma das frutas mais populares entre os atletas e fornece energia rapidamente (Foto: Getty Images)



















Rica em vitaminas e minerais como a vitamina C, vitaminas do complexo B, vitamina A e potássio. Muito usada pelos esportistas para amenizar ou evitar câimbras, apesar de existirem muitos fatores que podem acarretar câimbra além da falta de potássio (má circulação, desidratação e etc).
Ao contrário do que se pensa, não é um alimento de alto valor calórico. Em 100g (uma banana prata) tem cerca de 90 calorias, é rica em carboidratos, pobre em proteínas e gorduras. Pode e deve ser utilizada por pessoas em dietas para controle de peso.
Muito usada e indicada como sobremesa, lanche entre as refeições e antes da prática esportiva. Contém fibras solúveis, importante para o funcionamento intestinal e promoção da saciedade. Fácil de ser transportada, armazenada e tem menor risco de contaminação por estar protegida dentro de sua casca.
O Brasil, inclusive, aparece no cenário mundial como sendo o terceiro maior produtor de banana, atrás apenas da Índia e do Equador e como primeiro país em termos de consumo. Existem vários tipos de banana: prata, ouro, maçã, d’água, nanica.
Para ter uma alimentação saudável e prevenir o aparecimento de doenças, é indicado consumir diariamente cinco porções de frutas, verduras (hortaliças A) e legumes (hortaliça B). Quanto mais variada a dieta maiores as chances de atender recomendações de vitaminas e minerais.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Creatina: suplemento nutricional deve ser utilizado com acompanhamento


Produzido por fígado, rins e pâncreas, o nutriente armazena energia e sustenta as contrações musculares em exercícios de força, potência e velocidade

Por São Paulo




Creatina suplemento alimentar corrida de rua (Foto: Divulgação)
Creatina: suplemento nutricional mais polêmico e
que gera muitas controvérsias (Foto: Divulgação)
Os suplementos nutricionais ainda são considerados produtos sujeitos a muitas controvérsias, principalmente por falta de informações. Podemos considerar que esta é uma área de conhecimento que carece de mais esclarecimentos, baseados em evidências científicas confiáveis, que até existem, mas são pouco divulgadas. Certamente, o suplemento nutricional mais polêmico é a creatina que, por falta de esclarecimento, chegou até a ter sua comercialização proibida pela própria ANVISA. Vale lembrar que esta proibição já foi revogada há alguns anos.
A creatina na realidade é um nutriente. É uma substância produzida no nosso organismo pelo fígado, rins e pâncreas. Sua molécula é sintetizada a partir de três aminoácidos: arginina, lisina e metionina. Não é medicamento, como muitos chegaram a considerar. A creatina está presente nas células e armazena energia, sustentando as contrações musculares mais vigorosas, principalmente em exercícios de força, potência e velocidade. Como se armazena nos músculos, faz parte da dieta, estando presente na carne bovina, aves e peixes. Em cada 100 gramas de carne bovina, encontramos aproximadamente 0,5 gramas de creatina.

Como funciona
Nesta última década, vários trabalhos científicos foram publicados relatando os efeitos e explicando o mecanismo de ação da suplementação de creatina. Inúmeros estudos mostraram que a suplementação de três gramas diárias de creatina, quando associada com programa de exercícios de força, promovia aumento da sua concentração dentro das células musculares em uma média de sete entre dez usuários.

Este aumento da creatina dentro das células melhora a gênese de energia, aumenta o volume das células por entrada de água, estimula a síntese de proteínas musculares, aumentando a massa muscular com consequente aumento da força. Tal efeito pode trazer um benefício importante não só para atletas, como para melhoria da qualidade de vida, podendo contemplar até as pessoas idosas, nas quais a perda de massa muscular é um dos grandes problemas do envelhecimento, predispondo a quedas e perda de autonomia.
Recomendações
É importante destacar algumas considerações a respeito do uso da creatina:

- Deve ser sempre orientada por profissional da área;
- Só tem efeito quando associada a programa de exercícios;
- O abuso da dose pode provocar problemas. A dose recomendada é de três gramas diárias;
- Recomenda-se que seu uso respeite ciclos de administração para evitar a supressão da síntese da creatina pelo próprio organismo;
- Portadores de qualquer problema de saúde só devem utilizar com orientação médica.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / Euatleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Dores na sola do pé? Fisioterapeuta explica tratamento da fascite plantar



Problema causa um incômodo na sola e na região próxima ao calcanhar. 
A dor nos primeiros passos da manhã são características desta patologia

Por Jundiaí, SP
pé sola corrida Eu Atleta (Foto: Getty Images)Sente dores na sola do pé? Cuidado, pode ser
a temida fascite plantar (Foto: Getty Images)


A fascite plantar é um problema que causa dor na sola do pé, na região próxima ao calcanhar, e muitas vezes é acompanhada de um esporão de calcâneo. Dor nos primeiros passos da manhã é um sinal característico dessa patologia que tanto atrapalha os corredores e quem caminha ou fica em pé por longos períodos ao longo do dia.
Esse quadro acontece devido a uma sobrecarga na fáscia plantar, estrutura que recobre os músculos da sola do pé. Dentre as funções da fáscia nos movimentos, incluem-se como mais importantes: auxílio na sustentação do arco medial do pé (elevação que existe na parte interna) e absorção do impacto do corpo com o solo. A sobrecarga na fáscia ocorre quando há alguma alteração relacionada a esses dois mecanismos, como:
- Pé chato: pessoas com o pé chato, ou plano, tem o arco medial do pé rebaixado, o que está relacionado ao aparecimento de fascite plantar. Essa condição pode ser causada por fraqueza dos músculos do pé.
- Pronação do pé: a pronação do tornozelo durante a corrida (padrão em que o calcanhar cai para dentro) também gera uma situação de stress para a fascia plantar. A pronação pode ocorrer devido à fraqueza do tibial posterior, músculo da perna que se insere no arco plantar, ou até mesmo por problemas na pelve, onde a musculatura não é capaz de manter o membro inferior alinhado e todas as articulações sofrem um desvio, inclusive o tornozelo.
- Alto impacto do corpo com o solo: na corrida o arco do pé e a fáscia plantar se distendem para absorver o impacto com o solo. Se esse impacto for muito grande, ou se outras partes do corpo estão fracas e não contribuem nessa tarefa de absorção, a fáscia plantar pode ser machucada. Algumas características externas também podem tornar o impacto muito grande para o corpo, como corrida em terrenos muito rígidos (concreto, por exemplo) e calçados inadequados.
- Excesso de treinamento sem orientação e sobrepeso também são fatores relacionados ao aparecimento da fascite plantar.
Tratamento
A causa da sobrecarga na fáscia plantar deve ser diagnosticada e revertida. Em relação ao tratamento fisioterapêutico isso pode ser feito, por exemplo, através de fortalecimento dos músculos do pé, treino do movimento para melhor amortecimento de impacto, alongamento e uso de bandagens e palmilhas.
Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Alongar antes ou depois de fazer os exercícios? Tire suas dúvidas


Especialista recomenda que o atleta faça um programa de alongamento, 
pois melhora a flexibilidade, previne as lesões e aumenta o desempenho

Por São Paulo




Alongar é uma necessidade. O alongamento melhora a flexibilidade, que é uma das qualidades físicas fundamentais. Todo programa de exercícios, independentemente de seus objetivos ou da modalidade praticada, deve incluir exercícios de alongamento. Apesar do consenso quanto à necessidade de fazer alongamento, existem inúmeras controvérsias a respeito desta prática.
As controvérsias dizem respeito à eficácia do alongamento na prevenção de lesões, à indicação de alongar imediatamente antes ou logo depois dos exercícios, à duração do alongamento para cada grupo muscular entre outras.
Mulher alongando antes de correr (Foto: Getty Images)Alongamento previne lesões, aumenta o desempenho e melhorar a flexibilidade (Foto: Getty Images)





















A existência destas controvérsias tem gerado várias intervenções da comunidade científica. Podemos destacar dois exemplos recentes : um simpósio sobre alongamento, promovido pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), em 2011, reunindo especialistas de diferentes países, e um artigo de revisão publicado no Medicine and Science in Sports and Exercise (MSSE), em 2012, que analisou mais de 4500 artigos científicos sobre o tema.
Alongamento na prevenção de lesões
Existe controvérsia quanto à eficácia do alongamento para prevenir lesões. Vários trabalhos científicos não constataram redução na incidência de lesões como resultado da prática de alongamento. Por outro lado, existem também muitos estudos que puderam comprovar benefício do alongamento na redução de lesões. O simpósio do ACSM conclui que o benefício do alongamento decorre de seu efeito a médio e longo prazo, melhorando a flexibilidade, e não de um efeito imediato por alongar logo antes da prática de exercícios. Em outras palavras podemos e até devemos alongar logo antes de fazer exercícios. Portanto, só diminuiremos lesões quando, alongando repetidamente, tivermos melhorado a flexibilidade.
Quando alongar
O alongamento deve ser feito como prática regular, podendo até ser feito antes de outras atividades. O importante é perceber que seu efeito aparecerá a médio e longo prazo, assim como os benefícios de exercícios de força e de resistência. O que é uma prática comum e não recomendada é o alongamento imediatamente após o exercício, principalmente exercícios mais intensos e ou prolongados. A contra indicação se justifica pela exisência de micro-traumas nos músculos exercitados. Alongar neste momento não traz nenhum benefício, podendo até mesmo provocar maior dano muscular.
Duração do alongamento
Os estudos avaliados na revisão do MSSE permitem recomendar que o alongamento de um determinado grupo muscular tenha a duração mínima de 15 segundos e a duração máxima de 45 segundos. Menos que 15 segundos não trará efeito e mais que 45 segundos pode prejudicar o desempenho muscular em atividades realizadas imediatamente após alongar.
A recomendação final é investir em um programa de alongamento, pois a melhora da flexibilidade é um benefício que proporciona não só a possibilidade de prevenir lesões, como também de melhorar o desempenho físico e a qualidade de vida.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Fuja das dietas da moda e adote um programa adequado para emagrecer


O planejamento de uma alimentação correta para perda de peso deve ser individualizado, feito após avaliações clínica, antropométrica e nutricional


Por Rio de Janeiro
Inúmeras “dietas” surgem diariamente, muitas sem acompanhamento nutricional ou médico, sem comprovação científica de sua eficácia e segurança ou preocupação com a manutenção da saúde. Dieta da sopa, proteína, proteína “light”, sem glúten, abaixo de 1000 calorias, Índice Glicêmico, papinha de bebê, Barriga zero e até jejum. Todas prometem emagrecimento rápido.

Os riscos à saúde associados com estes tipos de dietas são numerosos. Estudos demonstraram que a glicemia está reduzida de forma importante em indivíduos obesos que são submetidos a jejum. O jejum também produz níveis elevados de ácido úrico (com redução da eliminação urinária), hipoglicemia, hipotenção e perda de massa muscular.
dieta balança euatleta (Foto: Getty Images)Fuja das dietas da moda e adote um programa alimentar adequado para emagrecer (Foto: Getty Images)




















O peso corporal é dividido em dois componentes: massa de gordura e massa magra (água, eletrólitos, minerais, reservas de glicogênio, tecido muscular e ósseo, orgãos). A perda de peso deve ter como objetivo a perda da massa de gordura e manutenção da massa muscular.
O planejamento de uma “dieta” ou programa alimentar para perda de peso deve ser individualizado, realizado após avaliação clínica, antropométrica e nutricional de cada indivíduo. Estimulando e levando em conta o exercício físico praticado. Exercício físico e controle alimentar são a base da manutenção da saúde e de um peso saudável.
Posicionamento do American College of Sports Medicine sobre programas para perda de peso:
1 - A ingestão calórica não deve ser inferior a 1.200kcal por dia para adultos normais de modo a fornecer uma seleção de alimentos que satisfaçam as necessidades nutricionais (estas necessidades podem diferir para crianças, idosos, atletas e outros);
2 - Inclui alimentos que sejam aceitos pelo indivíduo que se submete à dieta, do ponto de vista sociocultural, respeitando ainda os seus hábitos, o seu paladar, o custo e a facilidade de compra e preparo;
3 - O jejum prolongado e as dietas que impõem restrições importantes à ingesta calórica são indesejáveis do ponto de vista científico e podem ser perigosos do ponto de vista médico;
4 - O jejum e as dietas que restringem de forma importante a ingestão calórica provocam perda de grandes quantidades de água, eletrólitos, minerais, reservas de glicogênio e tecido magro (incluindo proteínas contidas nos tecidos magros), com quantidades mínimas de perda de gordura;
5 - Uma restrição calórica leve (500 a 1.000kcal menos do que a ingestão diária habitual) resulta em menor perda de água, eletrólitos, minerais e tecido magro e menos provavelmente causará má nutrição;
6 - O exercício dinâmico de grandes grupos musculares ajuda na manutenção do tecido magro, incluindo a massa muscular e a densidade óssea e resulta em reduções do peso corporal. A perda de peso conseqüente a um aumento do gasto energético se dá principalmente na forma de peso de gordura;
7 - A estratégia recomendada para redução de peso envolve uma dieta nutricionalmente correta que provoca uma restrição calórica leve, associada a um programa de exercícios de endurance,
junto com uma modificação comportamental envolvendo hábitos alimentares. A taxa de redução de peso não deve ultrapassar 1kg por semana;
Para manter um peso saudável e bons percentuais de gordura corporal, é necessário um compromisso por toda a vida com hábitos alimentares adequados e atividade física regular.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
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Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Manter corpo hidratado no inverno é essencial, alerta especialista da USP



No Rio de Janeiro


  • Uma dica para se manter hidratado é apostar no consumo variado de bebidas ao longo do dia
    Uma dica para se manter hidratado é apostar no consumo variado de bebidas ao longo do dia
Apesar de as pessoas costumarem sentir menos sede no inverno, manter o corpo bem hidratado nessa época do ano é fundamental para seu bom funcionamento e evitar doenças típicas da estação, alerta o professor e pesquisador Antonio Herbert Lancha Júnior, especialista em educação física e nutrição da Universidade de São Paulo (USP).
Em entrevista à Agência Efe, Lancha, que também foi professor visitante do Human Nutrition Research Center on Aging da Universidade Tufts, em Massachusetts (EUA), disse que no inverno as pessoas se esquecem de redobrar a atenção para a ingestão de líquidos - algo essencial, já que o corpo é composto por 60% de água e esse conteúdo tem que ser renovado permanentemente.
"A hidratação é muito mais do que tomar um copo de água. A reposição tem que ser permanente e variada. Quanto mais diversificada a fonte de hidratação, maior a possibilidade do indivíduo se manter hidratado", disse Lancha, que recomenda atenção especial para lactantes e crianças, cujos corpos têm uma porcentagem de água ainda maior.
Uma dica para se manter hidratado é apostar no consumo variado de bebidas ao longo do dia. "Todas as bebidas ajudam a manter a hidratação e, no inverno, temos várias opções além da água", sugere. Um chá ou um refrigerante também podem hidratar, assim como sucos e até mesmo café.
Lancha lembrou que o Ministério da Saúde recomenda a ingestão de um mililitro de líquido por cada caloria gasta, o que equivale a 2,5 litros por dia ou um copo por hora.
"Mas quando o gasto de calorias aumenta por algum motivo, como a prática de exercícios físicos, é necessário compensar a desidratação e elevar a ingestão", explicou.
A vulnerabilidade provocada pela falta de hidratação é maior em regiões com clima seco, nas quais a falta de água pode ressecar o corpo, especialmente as mucosas, compostas por 80% de água.
De acordo com o especialista, quando o corpo está pouco hidratado "a espessura das mucosas se reduz e o corpo fica mais vulnerável a infecções propagadas pelo ar"

Tire 10 dúvidas sobre a rinite alérgica



Entenda os agentes desencadeantes e como evitar as crises


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POR CAROLINA GONÇALVES
Caracterizada principalmente pela irritação do nariz e dos olhos, a rinite alérgica é a capacidade da pessoa de tornar-se sensível a um determinado fator ambiental, ou seja, quando o corpo da pessoa passa a identificar certos agentes como nocivos ao corpo, mesmo que algum dia eles tenham sido tolerados. "E essa característica é herdada dos pais: a chance de uma criança cujos pais são alérgicos apresentar alguma manifestação é de 50%", afirma o otorrinolaringologista Diderot Parreira, do Hospital Santa Luzia de Brasília. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ABAI), cerca de 10 a 25% da população sofre de rinite alérgica, que se manifesta, principalmente em épocas mais frias, com o tempo seco.  
DE 10
mulher assoando no nariz - Foto: Getty Images

Toda rinite é alérgica?

Existem diversas formas de manifestação na doença. "A palavra rinite quer dizer apenas inflamação das narinas", explica o alergista José Carlos Perini, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Segundo o especialista, as causas é que definem a rinite como alérgica - no caso, pessoas que possuem um fator desencadeante constante de uma crise possuem a rinite alérgica. "Outras formas são as rinites por infecções virais - como no resfriado e gripe -, por infecção bacteriana ou por ação de uso abusivo de medicações descongestionantes nasais."
mulher segurando um espanador - Foto: Getty Images

Quais são as principais causas da rinite alérgica?

A doença é causada por uma reação exagerada do nosso sistema imune a fatores habituais do ambiente. "Os principais causadores de alergia no Brasil são poeira doméstica, ácaros, fungos e pelos de animais", diz o alergista José. Para ter uma rinite, basta que a pessoa apresente uma tendência genética ou familiar, oportunidade de contato com os alérgenos e que esses alérgenos sejam bons sensibilizantes.  
remédios - Foto: Getty Images

Antialérgicos são os melhores tratamentos para rinite?

Os anti-histamínicos, popularmente chamados de antialérgicos, são os medicamentos usados para tratar os sintomas das crises de rinite, mas não são eficazes para o tratamento constante. "Porém, o tratamento obrigatoriamente envolve outros procedimentos, como medicamentos preventivos de uso local no nariz ou por via sistêmica, além de controle ambiental rigoroso para diminuir o contato com os inalantes causadores", alerta o alergista José. Lavagem nasal, uso de umidificadores, limpeza constante das roupas de cama banho e dos tapetes e cortinas, além de boa ventilação nos ambientes são outras formas de evitar as crises de rinite. 
menina assoando o nariz - Foto: Getty Images

Ela só se manifesta na infância?

Apesar de ser mais comum na infância, a rinite pode se manifestar em qualquer fase da vida. De acordo com o otorrinolaringologista Diderot Parreira, do Hospital Santa Luzia de Brasília, a capacidade do paciente se sensibilizar a determinado alérgeno (agente desencadeante das crises) existe durante toda a vida. "Tornar-se sensível é passar a ter uma resposta de defesa a substâncias que antes a pessoa tolerava", explica o especialista. Portanto, no decorrer da vida o paciente pode manifestar sintomas alérgicos a qualquer agente, mesmo que antes ele não tenha apresentado qualquer sintoma. 
homem com o nariz irritado - Foto: Getty Images

O único sintoma de rinite é o nariz irritado?

Não. A rinite tem quatro sintomas básicos: nariz escorrendo, obstrução nasal, coceira no nariz e nos olhos, além de espirros. "Bastam dois desses sintomas para se ter as condições mínimas de um diagnóstico de rinite", afirma o alergista José. Além desses sintomas, há outras complicações, como faringitelaringite,sinusiteotite, perda do olfato e paladar. "É importante lembrar que tais sintomas são desencadeados instantes após a exposição ao alérgeno", completa o otorrinolaringologista Diderot. 
mulher com o nariz irritado por causa do polen - Foto: Getty Images

Existe rinite sazonal?

Sim, ela é mais comum no hemisfério norte e tem a característica de aparecer de modo repetido em certas épocas do ano. "Ela ocorre no geral em decorrência do aumento do pólen e gramíneas na atmosfera, tendo uma baixa prevalência no Brasil, comumente na região Sul", afirma o alergista José. O especialista explica que no restante do país o inverno é a estação que mais agrava a rinite, se expressando quase que como uma rinite sazonal. "Mas o tipo clássico da condição está mais ligado aos fatores ambientais como polinização."
mulher na perfumaria - Foto: Getty Images

Odores fortes são causadores de rinite?

O cheiro forte em si não é um causador de rinite, mas é considerado um agente desencadeante da crise. "Uma vez em crise ou sensibilizado, o paciente reage também a fatores como poluição aérea, cheiros fortes, pós, fumaças ou perfumes", explica o alergista José, afirmando que esses são chamados de irritantes primários. 
mulher espirrando - Foto: Getty Images

A pessoa pode ficar sensível a outros agentes com o passar do tempo?

Os especialistas afirmam que as causas da rinite não se alteram, mas que irritantes primários podem mudar conforme os hábitos, moradia e outros aspectos da vida da pessoal. Um exemplo é uma pessoa que não convivia diretamente com produtos de limpeza e após começar a lidar com esses agentes com mais frequência manifestam uma irritação.
mulher com frio - Foto: Getty Images

Mudanças bruscas na temperatura ou chuvas podem desencadear uma rinite?

 Mudanças climáticas afetam muito o nariz, porque esse órgão é o nosso filtro com o ambiente, e qualquer alteração pode desencadear uma resposta da mucosa nasal, que entende aquilo como uma ameaça. "Quando o tempo muda, também se alteram as condições ambientais como umidade, presença de ácaros e choques térmicos, todas passíveis de causar uma irritação nas mucosas do nariz", explica o otorrinolaringologista Diderot. Além disso, as pessoas tiram roupas guardadas após muito tempo para usar e passam mais tempo em ambientes fechados, fatores também conhecidos por agravar as crises de rinite.  
mulher em consulta com o médico - Foto: Getty Images

Rinite tem cura?

Quando se trata de rinite medicamentosa e irritativa, pode-se dizer que elas têm cura: basta remover o fator que esteja causando esses tipos de rinite. "Já a rinite alérgica não tem cura, mas apresenta controle através do tratamento", declara José Carlos. O protocolo do tratamento é baseado em quatro pontos: controle ambiental para reduzir o contato com os alérgenos, medicação profilática (corticoides, tópicos nasais e higiene nasal com soro fisiológico), medicação de crises (anti-histamínicos) e imunoterapia (vacinas). Tratam-se também as complicações como sinusites, faringites e otites. "Os recursos disponíveis hoje permitem reduzir praticamente a zero esse desconforto." Segundo o otorrinolaringologista Diderot, a asma costuma cursar junto com a rinite, sendo necessário avaliar e tratar condições pulmonares intercorrentes, já que as vias aéreas são únicas e interligadas. "O que afeta o nariz, afeta o pulmão de uma forma ou de outra." 
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