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terça-feira, 11 de junho de 2013

Bolhas? Confira dicas para prevenir o machucado e cuide bem dos pés


O atrito da pele com o calçado, com a meia ou alguma poeira já podem causá-las, ainda mais em atividades na neve ou em temperaturas altas




Por Rio de Janeiro


Corredora com as mãos na cabeça (Foto: Getty Images)Bolhas são causadas por atrito e umidade (Foto: Getty Images)
Difícil é encontrar um corredor que nunca tenha tido bolhas. Na verdade, não precisa nem ser esportista para adquirir esse machucado inconveniente. O atrito da pele com o calçado, com a meia ou alguma poeirinha já podem causá-las, ainda mais em corredores que participam de provas em neve ou em temperaturas muito altas, causando queimaduras na pele. O excesso de umidade causado pelo suor ou pela chuva também é um fator que facilita o aparecimento das temidas bolhas.
Mas, afinal, o que são as bolhas? É o acúmulo de um líquido incolor, fluido, entre as camadas interna e externa da pele, chamado de exsudato. A irritação é ocasionada principalmente pelo excesso de fricção. O melhor a ser feito, ao chegar em casa, é descansar os pés. Tire o par de tênis, deixe os pés respirarem e ponha-os para cima, apoie em alguma almofada. O importante é relaxar e fazer o sangue circular melhor pelo corpo. Se possível, passar hidratante nos pés também ajuda na recuperação.
COMO EVITAR
Para prevenir as bolhas, o melhor a ser feito é escolher muito bem o tênis; cuidar dos pés na véspera das prova; jamais usar sapatos muito apertados, mas também não deixá-los folgados para não roçar; utilizar pomadas e vaselina; se tiver pontos sensíveis no pé, proteger com esparadrapo.
TRATAMENTO
O primeiro passo a ser feito é, claro, tirar o sapato para aliviar e deixar o pé "respirar". Caso comece a sentir dores no meio de uma prova, pare! A bolha pode estourar e formar um ferimento com sangue. Passe em alguma farmácia próxima, compre gaze, esparadrapo e faça um curativo. A partir daí, você deve tomar as seguintes medidas:
* Ao chegar em casa, limpe bem o ferimento com água, sabão e um antisséptico;
* Não fure a bolha! Assim evita o risco de infecções. Ela seca em uma ou duas semanas. A bolha só deve ser rompida se o local já estiver infeccionado, o que deve ser feito por profissional especializado;
* Não remova a pele da bolha, mesmo que parte dela já tenha soltado, pois pode causar um ferimento ainda maior;
* Não use sapatos fechados até secar. Caso não possa trabalhar com sapatos abertos, faça um bom curativo no local para o calçado não roçar no machucado. Ao chegar em casa, deixe o local do ferimento aberto;
* Evite correr nos dois ou três dias após a bolha se romper. Isso permite que haja uma regeneração da pele;
* Use sempre meia limpas e secas.
RELATOS
"Em 2011, depois de ter feito minha primeira meia maratona, tive bolhas. Eu sentia um incômodo e pensava que era a meia machucando. Pensei em parar para verificar ou arrumar a meia. Ainda bem que não parei, pois se tivesse parado, eu não continuaria, pois estava feio. Não tem muito o que fazer, melhor deixar estourar sozinha e não usar nada, nem tênis ou sapato fechado enquanto não ficar bom". Roberta Fabbri (São Paulo)
"Já tive bolha sim. Você deve usar a meia mais fina que tiver, a meia deve ser grudada no pé, assim ela roça no tênis e não no seu pé. Existe um produto nos EUA que é uma segunda pele, é sensacional, recomendo para quem tiver oportunidade de comprar". Rosane Scott Wermelinger (Rio de Janeiro)
"Esperei as bolhas secarem sozinhas, naturalmente. Curiosamente, tive duas bolhas que se formaram embaixo das unhas dos dedões dos pés. Acabaram provocando a queda das duas unhas". Paula Dias (São Paulo)
DICA DO ESPECIALISTA
"Quando a meia escorrega do pé, principalmente quando o tênis é novo, há uma possibilidade muito grande de surgirem bolhas. Tem tênis que você tem que tomar cuidado com a costura, o ideal é experimentar na loja e fazer alguns testes. Passar vaselina para não ter atrito é uma dica que eu dou, comprar aquelas meias que são um pouco maiores na parte traseira também é indispensável. Lembre-se de que cada tênis tem uma forma que pode se adaptar com o seu pé, as marcas fabricam calçados diferentes, escolha o que melhor para você". Christiano Marques é treinador Dpace (metodologia em treinamento de corrida), diretor técnico e treinador da Markes Running+. 

Overtraining e seus efeitos: cuidado para não exagerar nos treinamentos



Especialistas explicam as causas e as forma de evitar e tratar o problema





Por Rio de Janeiro


Sabe o que é a síndrome de overtraining? Trata-se de um problema que ocorre quando o atleta faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar. Ao tentar melhorar o desempenho em treinamentos e provas, os corredores exageram no volume da atividade física sem ter o descanso adequado e escolhem uma dieta incorreta. As consequências, no entanto, vão da ordem muscular, passando por problemas nas articulações, e resultam em malefícios no sistema imunológico e no aspecto psicológico do corredor. Para abordar este tema, o Eu Atleta foi procurar os especialistas.
mulher cansada euatleta corrida (Foto: Getty Images)Fadiga? Overtraining tem incidência maior em corredores de média e longa distância (Foto: Getty Images)


CAUSAS E PREVENÇÕES
Acredita-se que a gênese da síndrome de overtraining esteja diretamente relacionada com uma estratégia de treino denominada "teoria da supercompensação", que se fundamenta no princípio da sobrecarga progressiva. Essa teoria afirma que as reservas energéticas gastas durante o processo de contração muscular são repostas apenas no período de recuperação, ou seja, de descanso.
Segundo o preparador físico Manuel Lago, o overtraining tem uma incidência maior em corredores de média e longa distância e implica em problemas das mais diversas ordens, como insônia, lesões agudas e crônicas, o sistema hormonal se desequilibra, irritabilidade, diminuição da performance e alteração da pressão arterial. 
- Além dos problemas nos treinos, vai interferir em várias coisas que afetam a qualidade de vida. Para evitar o overtraining, é essencial obedecer seu treinador. Como forma de prevenir, o atleta precisa conhecer cada vez mais seu corpo, identificando sensações como preguiça, cansaço, exaustão para saber avaliar melor, o seu rendimento no treino - disse Manuel Lago, que acrescenta: o problema pode ser leve, moderado ou severo.
O especialista explica a diferença entre treino forte e overtraining:
TREINO FORTE  OVERTRAINING
 VOCÊ É CAPAZ DE SAIR, TREINAR E VOLTAR VOCÊ NÃO É CAPAZ DE SAIR PARA TREINAR FORTE, O CORPO 'RECLAMA' DO AQUECIMENTO AO FINAL DA ATIVIDADE. NA MAIORIA DAS VEZES, O ATLETA NEM CONSEGUE COMEÇAR A PARTE PRINCIPAL DO TREINO



As causas fisiológicas e metabólicas:

- Elevação do nível do cortisol (hormônio que quebra o tecido muscular para forma energia);
- Déficit proteico;
- O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o
anabolismo (reações de síntese de substâncias);
- Estresse no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais (ver coluna sobre
a tríade da mulher atleta que eu escrevi para o site);
- Tempo insuficiente para reparar os micro-traumas no músculo esquelético provocados pelo exercício.
Problemas que o overtraining traz aos atletas:
- Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;
- Dor muscular persistente;
- Sensação de fadiga crônica;
- Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
- Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
- Queda da resistência imunológica;
- Perda da qualidade do sono.
COMO TRATAR 
De acordo com o fisiologista Turibio Barros, o tratamento do overtraining é obrigatoriamente a redução drástica do treino ou em casos mais graves a interrupção da atividade física e das competições. Quando o atleta busca bons resultados e melhor qualidade de vida, ele deve ter acompanhamento de um médico, profissional de educação física, nutricionista e também um fisioterapeuta. Sendo diagnosticado em tempo, sem que haja complicações mais sérias, principalmente as provocadas pelos distúrbios hormonais, o quadro felizmente é reversível. 
ALIMENTAÇÃO BALANCEADA
O melhor meio, portanto, de se evitar o overtraining é não permitindo que ele apareça. Além de não extrapolar seus limites nas pistas, é importante descansar bem entre uma atividade e outra e manter uma alimentação balanceada, como explica a nutricionista Cristiane Perroni.
A alimentação equilibrada é fundamental: hidratação, ingestão de todo os grupos, individualizada para cada esporte e período de treinamento, se preocupando com os alimentos no pré-treino, durante e após (recuperação). Dietas restritivas, desequilibradas e com baixa ingestão de carboidratos agravam o overtraining. Confira:
Frutas, verduras e legumes: são fontes de vitaminas e minerais que participam de processos celulares relacionados ao metabolismo energético; contração, reparação e crescimento tecidual e muscular; defesa antioxidante, resposta imune, ritmo cardíaco, condução do impulso nervoso, transporte de oxigênio e saúde óssea. Apesar de sua relativa escassez na dieta e no organismo, os minerais e as vitaminas são os principais reguladores da saúde e das funções orgânicas.
verduras (Foto: Getty Images)Verduras, frutas e legumes: fontes de vitaminas e mineiras importantes (Foto: Getty Images)



Carboidratos: o metabolismo de carboidratos tem papel crucial no suprimento de energia para atividade física. No exercício de alta intensidade, a maioria da demanda energética é suprida pela energia da degradação dos carboidratos, disponíveis para o organismo através da dieta e são armazenados no nosso corpo em forma de glicogênio muscular e hepático. Sua falta leva à fadiga.

Proteínas: elas também ajudam na reposição das reservas de glicogênio nos músculos e no fígado, que são bastante utilizadas durante a atividade física, esta ingestão deve acontecer junto com alimentos que são fonte de carboidratos . A associação de carboidratos com proteínas é muito importante para a recuperação do treino, repondo as reservas de glicogênio muscular e sendo fonte de aminoácidos essenciais. A maior absorção acontece até duas horas após a atividade física. Ingerir pouca proteína faz com que o corpo não se recupere nos treinos, mas o excesso pode levar a problemas renais e doenças cardiovasculares.

Pode ser necessário a suplementação de alguns nutrientes como:

Glutamina: regulação da síntese proteica inibe o catabolismo muscular, a participação no sistema imune e nas células intestinais. A suplementação oral de glutamina falha em induzir a elevação na sua concentração plasmática, pois as células do epitélio intestinal consomem a maior parte deste aminoácido, entretanto esta suplementação poupa a glutamina do corpo (endógena), aumentando a disponibilidade deste aminoácido para outros tecidos.

Ômega 3: ação antiinflamatória e estimulação do sistema imune.

Antioxidantes (vitamina AEC; selênio; zinco; cromo) : combate aos radicais livres e estímulo ao fortalecimento do sistema imunológico.

BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) reequilibram a quantidade de triptofano, diminuindo a síntese de serotonina evitando a fadiga central, recuperação muscular.

Bebidas isotônicas/jujubas ou gel de carboidratos: repositores de glicose, sódio e potássio.

Atenção: Cuidado com a suplementação desnecessária, que pode levar riscos à saúde.
RELATO DO CORREDOR
Jorge Kalmus euatleta (Foto: Arquivo Pessoal)Jorge Kalmus: sente os sintomas do overtraining até hoje (Foto: Arquivo Pessoal)
O paulista Jorge Kalmus foi diagnosticado com overtraining há quase dois anos. Ele conta que exagerou na intensidade dos treinos para uma maratona e sofre com o problema até hoje. O resultado: não tem o desempenho de antes.
- Eu corro desde setembro de 2006, quando fiz a estreia numa maratona de revezamento. Até agora, já corri cerca de 80 provas, desde 5km de distância até a maratona. Foi na preparação para uma maratona que fiz em outubro de 2011 que tive o diagnóstico de overtraining. Não senti dores, meu grande problema foi perda de rendimento. A sensação que eu tinha era de que, quanto mais eu treinava, pior era meu rendimento. Tentei diminuir a carga de treinos e não tive resultado. Fui aconselhado pelo treinador a não fazer a maratona, porém, por motivos pessoais, decidi manter os treinamentos e realizar a prova. O resultado foi muito ruim, fiz a prova com um tempo muito alto (mais de cinco horas). Mesmo treinando triatlo, ainda tenho dificuldades para correr não obtendo os resultados que tinha anteriormente - contou Jorge, de 48 anos.

Joanete: o 'dedo a mais' que causa desconforto e dor no pé do corredor


Desvio do osso do dedão deforma e muda a base do apoio final, podendo sobrecarregar o pé e ocasionar alterações na pisada. Ortopedista explica




Por Rio de Janeiro


Aquele osso saltado na lateral do pé que incomoda e sempre dói quando se está com um sapato fechado durante um tempo. Sabe do que se trata? Se você pensou em joanete, está certo. Muitos reclamam desse "dedo a mais", principalmente os atletas. Coincidência ou não, as mulheres são as mais prejudicadas porque, além do tênis, adoram um salto alto.
Joanete eu atleta pé (Foto: Editoria de Arte/ Eu Atleta)Joanete é causado pelo desvio do primeiro osso do dedão (Editoria de Arte/ Eu Atleta)




















De acordo com a ortopedista Ana Paula Simões, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e especialista do EU ATLETA, o hálux valgo, conhecido como joanete, não é um osso que cresceu ou que surgiu, mas sim um desvio do primeiro osso metatarsiano (no dedão) que se expressa como uma saliência na região de dentro do pé, causada por questões genéticas ou mecânicas, como o uso de calçados inadequados. Consequentemente, também gera o crescimento das falanges.

- O joanete altera a pisada pela dor que causa ou pela própria desestruturação que o pé adquire com o impacto e o uso de sapatos. O osso deforma e muda a base do apoio final, podendo até sobrecarregar o segundo dedo, gerando uma metatarsalgia de transferência (dor na face plantar central do pé) e até mesmo levantar o dedo, formando o dedo em figa - explicou a ortopedista.

Joanete é a alteração óssea de pé mais comum entre os adultos
Está muito enganado quem pensa que o joanete é encontrado somente no dedão. A fisioterapeuta e corredora mineira Carolina Fádel está com um no dedinho do pé esquerdo e tem sofrido bastante com a dor.

- Estou com joanete incomodando há alguns meses. Já fiz infiltração, injetando um medicamento diretamente na área que dói, e não resolveu. Agora, uso proteção de silicone que ajuda um pouco - contou Carolina. 
Info joanete novo (Foto: Editoria de Arte/ Eu Atleta)


RECOMENDAÇÃO
Se o desvio e a saliência não causam dor, é possível praticar atividades físicas normalmente. A questão é proteger a região para a deformidade não piorar e fazer um bom trabalho de fortalecimento muscular. Se causarem dores, é preciso tratar.
TRATAMENTO
- Fisioterapia para tentar aliviar as dores;
- Usar próteses e separador de dedos para mantê-los bem posicionados e retardar ou impedir a evolução do quadro, o que não corrige a deformidade;
- Trocar os calçados diariamente, evitando atrito num ponto único na pele;
- Se nada resolver, a cirurgia está bem avançada, sem os mitos de dor e recaídas do passado.
CIRURGIA
A cirurgia para correção do joanete sofreu várias inovações nos últimos anos, segundo a ortopedista. As técnicas mais modernas, além de serem muito mais eficazes, dispensam o uso de gesso, o que facilita a reabilitação. A queixa de dor é mínima, já que a anestesia utilizada, além de minimizar as complicações, promove uma analgesia muito mais prolongada no período pós-operatório.
O procedimento exige alguns cuidados e o uso de calçado fechado só é permitido após 40 dias de cirurgia. Neste intervalo, o paciente deambula com um calçado apropriado que proporciona o apoio somente no calcanhar. Pode ser usada a sandália de Baruk (pós-operatória) ou orobofoot (bota imobilizadora) - concluiu Ana Paula.
Os médicos não recomendam a cirurgia por questão de estética, apenas quando a deformidade no pé é acompanhada de dor intensa. Tomados todos os cuidados e seguindo as recomendações, o atleta poderá praticar, aos poucos, a sua atividade física.

Saiba o que é a hipertensão, doença que atinge grande parte da população


A pressão alta acomete crianças, adultos e idosos de ambos os sexos, apesar de estar mais presente em homens e pessoas com a idade mais avançada




Por Rio de Janeiro


Hipertensão Arterial (Foto: Getty Images)Pressão alta atinge parte da população (Foto: Getty)
hipertensão, mais conhecida como pressão alta, acomete crianças, adultos e idosos de ambos os sexos, apesar de estar mais presente em homens e pessoas com a idade mais avançada. É uma doença crônica que não tem cura, pode aparecer por herança genética, e a causa é desconhecida na maioria das vezes. Apesar disso, pode ser perfeitamente controlada com orientações médicas.
De acordo com o dr. Drauzio Varella, a pressão alta está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. O estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como consequência, a hipertensão dilata o coração e danifica as artérias.
Um indivíduo com pressão igual ou superior a 140/90mmHg já pode ser diagnosticado como hipertenso. O problema é que a a doença é silenciosa. Os sintomas se manifestam quando a pressão já está muito alta, excedendo o limite máximo. A partir daí, as pessoas sentem dores no peito, na cabeça, fraqueza, tonturas, visão turva, sangramento nasal e chegam a desmaiar. Pode gerar consequências como enfarte de miocárdio, derrame cerebral e a morte instantânea.
CAUSAS
Como dito anteriormente, a hipertensão pode aparecer sem uma causa específica, mas diversos fatores contribuem para o surgimento da doença. Exemplo deles são:

- obesidade;
- alto consumo de de bebidas alcoólicas;
- cigarro;
- sedentarismo;
- estresse e preopupações em excesso;
- exagerar no uso do sal;
- nível de diabetes e de colesterol elevados.
COMO EVITAR

euatleta materia mulher caminhando (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Caminhar evita a pressão alta (Foto: Getty)
A maioria dos problemas de saúde exige que o paciente corte excessos e passe a praticar atividades físicas regurlamente. Para não ser surpreendido pela hipertensão, siga alguns passos:

- vá regurlamente ao cardiologista para fazer exames de sangue e teste de esforço físico;
- evite o sal. Alimentos muito salgados e gordurosos só fazem mal ao organismo;
- não deixe de consumir vitamina D. A falta dela gera descontrole da pressão arterial, principalmente nas mulheres;
- pare de fumar e consuma bebidas alcoólicas de forma moderada;
- pratique atividades físicas com frequência, como caminhada e corrida, e aumente as opções de lazer, o estresse só atrapalha;
- se estiver acima do peso, diminua. Quanto mais protuberante for a "barriguinha", maior é o problema;
- controle a diabetes e o colesterol;
- de forma alguma interrompa o uso de remédios por conta própria. Somente o médico poderá recomentar a dose necessária para o controle da pressão.
TRATAMENTO
A doença não tem cura, mas pode ser controlada. Para que isso aconteça, tem que haver uma reeducação dos hábitos alimentares e mudança  na qualidade de vida, principalmente os obesos e fumantes. A gordura e o cigarro são os principais vilões da hipertensão. Claro que, antes de tomar qualquer medida, a pessoa deve procurar o cardiologista. Se a pressão não diminuir com a prática de atividades físicas e a diminuição do sal, deve ser introduzido o uso de medicamentos.
RELATOS
"Minha mãe tem 62 anos e a pressão dela era um pouco alta quando começou a atividade física. Ela tomava um remédio natural, mas com a prática de esporte nunca mais ficou alta. Tenho um tensiômetro em casa e sempre controlo a pressão. Ela também cortou o sal, às vezes, até reclamamos que a comida parece de hospital (risos), mas é pela saúde de todos. Também tenho um colega que tomava remédio diariamente e a dosagem foi diminuindo com o aumento da atividade física. Outro dia, perguntei a ele sobre a saúde e o mesmo me informou que o cardiologista suspendeu o remédio. A hipertensão é uma doença silenciosa, precisamos ficar atentos".  Rebeca Peleteiro, Salvador (BA)

"Eu já tive início de pressão alta e uma das coisas que o médico me indicou foi praticar algum esporte, é só não exagerar. Senti a diferença na hora. Mantenho medicação, consultas médicas e exames em dia. Corro como qualquer outro corredor não hipertenso. A atividade foi indicada pelo próprio cardiologista que também corre". Fábio Namiuti, São José dos Campos (SP)

PALAVRA DO ESPECIALISTA
"Um entre cada três adultos sofre de hipertensão. As regiões mais pobres e em desenvolvimento do planeta são mais afetadas por esse problema, que causa cerca de metade de todas as mortes por derrame e problemas cardíacos do mundo. A pressão alta, obesidade e a diabetes respondem por dois terços das mortes causadas por doenças não contagiosas no mundo. A prática de atividade física, aliada a uma alimentação mais saudável, é uma forma de combater o problema". Organização Mundial da Saúde

Sopro cardíaco, com orientação, não impede a prática de atividades físicas


Quando existe alguma pequena diferença na abertura ou fechamento das válvulas do coração, o sangue produz um ruído semelhante ao do vento




Por Rio de Janeiro


Homem com dor no peito euatleta (Foto: Getty Images)O sopro cardíacdo não é considerado uma doença
(Foto: Getty Images)
Sopro cardíaco é um ruído produzido pela passagem do fluxo de sangue através das estruturas do coração. Ele pode ser fisiológico (sopro inocente), ou patológico, em decorrência de defeitos no coração. Nos adultos, predominam os sopros que aparecem como complicações de cardiopatias provocadas pela febre reumática ocorrida na infância, doença que também pode afetar o sistema nervoso central e o sistema osteoarticular. O sopro não é uma doença, mas sim um sinal de doença. O que preocupa não é o sopro em si, mas a doença que está causando o problema. Por exemplo, sopros causados por anemia ou febre desaparecem após o tratamento destes. 
Durante o batimento cardíaco é gerado um ruído ("tum – tá") produzido pela passagem do sangue pelas estruturas do coração chamadas de válvulas (parecidas à mãos postas que se abrem e fecham no ciclo cardíaco), direcionando o fluxo de sangue dentro do órgão. Quando existe algum defeito ou mesmo alguma pequena diferença na abertura ou fechamento dessas válvulas, o sangue produz um ruído semelhante ao do vento quando passa por um buraco ("fuuuuuuu"), daí o nome sopro cardíaco, que o médico ausculta com o estetoscópio. O sopro cardíaco não impede a prática de atividades fisicas, desde que sejam seguidas as orientações médicas.
CAUSAS
Não existe uma causa específica para o problema. Dependendo das características do sopro e da sua localização, o cardiologista bem treinado poderá suspeitar de alguma alteração de uma ou mais válvulas cardíacas. Elas poderão estar mais estreitas, obstruindo a passagem de determinada quantidade de sangue, ou mais abertas, não se fechando completamente e deixando escapar um pouco do sangue. Essas alterações podem ser discretas e o sopro pode ser considerado funcional ou benigno (comum em atletas de elite) ou de alguma cardiopatia consequente à febre reumática na infância, ou por endocardite bacteriana (infecção grave) da válvula, além de outras causas. 
euatleta info componentes do coração (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

COMO EVITAR
Na verdade, não há uma maneira de evitar o sopro porque já aparece na formação do coração da pessoa. Após uma avaliação minuciosa, que compreende consulta especializada, eletrocardiograma, raio-x de tórax e ecocardiograma com doppler, define-se qual é o tipo do problema e se é possível a prática esportiva. Impõe-se aí o teste ergométrico com cardiologista para definir limites e a existência de algum risco na prática esportiva.

Sopro cardíaco: faça os exames e pratique exercícios com segurança 
TRATAMENTO
Até os casos mais graves podem ser tratados com sucesso através de cirurgia, com abertura da válvula obstruída ou a troca por próteses metálicas ou cobertas por tecido biológico do coração do boi ou do porco. Também estão em fase de teste tratamentos por cateterismo, mas não há previsão de quando estarão disponíveis. Sopros benignos não precisam de tratamento algum.
RELATOS
"Corro como qualquer outra pessoa. A diferença é que eu me limito um pouco, prefiro não forçar e não exagerar. Quando sinto que estou fazendo muito esforço, diminuo o ritmo. Certa vez, fiz uma meia e preferi caminhar em alguns trechos". Rodrigo Campo, São Paulo.
"Quando descobri que tinha sopro, fiquei assustada e com medo de praticar esportes. Com a orientação do meu cardiologista, tomei coragem e comecei correndo na academia. Hoje, eu pedalo e corro normalmente". Camila Santana, Rio Grande do Sul.
PALAVRA DO ESPECIALISTA
"O tratamento bem feito pode liberar o paciente para corridas de rua, entretanto recomenda-se evitar esportes com risco de traumas e de contato corporal como futebol, basquete, lutas e etc. Enquanto para o ciclismo, existem restrições para quem utiliza regulamente de medicações anticoagulantes (afinam) do sangue". Nabil Ghorayeb é cardiologista e especialista do EU ATLETA

As informações da matéria são do médico cardiologista Nabil Ghorayeb.
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