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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Caso da corredora incansável: poder da mente influencia no desempenho



Depois de passar por uma cirurgia no cérebro, Diane Van Deren, 52 anos, esquece a distância que está percorrendo e atrasa a chegada do cansaço




Por São Paulo
O nosso cérebro é realmente responsável por coisas incríveis. O caso da americana Diane Van Deren mostrado na edição deste domingo do Esporte Espetacular é realmente fantástico. Como foi mostrado na matéria, ela era portadora de um foco epilético no lobo temporal do cérebro, área responsável pelo mecanismo da memória recente. Para tratar a epilepsia ela se submeteu a uma cirurgia que removeu tecido nervoso desta área. Os sintomas da epilepsia desapareceram e ela passou a ter uma vida normal. (Confira reportagem especial do Esporte Espetacular no vídeo acima)

É realmente um exemplo extraordinário da influência do chamado poder mental no desempenho. A competência de administrar este “cansaço psicológico” pode ter realmente enorme influência no rendimento físico.
O déficit que ficou foi um prejuízo parcial do mecanismo da memória de curto prazo, que não causa problemas maiores, diante do enorme benefício proporcionado pela cirurgia. Um dos hábitos que ela passou a cultivar foi a corrida de longas distâncias. Diane se tornou uma ultramaratonista passando a obter resultados muito significativos em provas de longas distâncias. Seus resultados foram particularmente incríveis, porque ela passou a superar todas as concorrentes femininas com 53 anos de idade.
Logo surgiram questionamentos sobre que tipo de benefício ela havia adquirido havendo até questionamentos se ela não teria vantagem em relação às demais corredoras. Na verdade, podemos entender melhor o caso da atleta abordando o mecanismo da fadiga. Consideram-se existir dois componentes: A fadiga periférica e a fadiga central.
Diane Van Deren (Foto: Reprodução / TV Globo)Diane Van Deren: corredora incansável é um caso
único no esporte (Foto: Reprodução / TV Globo)
A fadiga periférica tem origem nos mecanismos metabólicos dos músculos, decorrentes do acúmulo de ácido láctico, do esgotamento dos estoques de glicogênio, e também de fatores fisiológicos sistêmicos, como desidratação, perda de sais minerais e etc.
Estes mecanismos da fadiga periférica são antecipados quando a intensidade da corrida é maior, como nas provas de 10km, meia maratona, etc. No caso da Diane, este mecanismo não sofreu nenhuma alteração, ou seja ela tem o mesmo cansaço físico que qualquer outra atleta. Nas provas mais longas, como as ultramaratonas, a fadiga periférica também está presente, porém ela é retardada pela intensidade mais moderada do ritmo da corrida.
Nesta situação, passa a ter grande influência a chamada fadiga central, que nada mais é que a interpretação do cérebro a respeito do acúmulo progressivo de exercício que estamos fazendo. É como um cansaço decorrente até de certa monotonia do exercício muito prolongado. Este mecanismo tem enorme relação com a memória a curto prazo, que no caso da Diane está comprometida. Isto, com certeza explica a maior tolerância que ela adquiriu para as provas de longas distância.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Exercício reduz danos ao cérebro de quem consome álcool em excesso


Segundo pesquisa, caminhadas, corridas e pedaladas estão associadas a menos prejuízos à matéria branca do cérebro entre os usuários de bebida




Por Colorado, EUA

De acordo com estudo da Universidade de Colorado, nos Estados Unidos, a atividade aeróbica, como caminhada, corrida e pedalada, pode ajudar a diminuir alguns danos na substância branca cerebral causados pelo consumo excessivo de álcool. As informações são do jornal "Daily Mail".
corredor e ciclovia eu atleta (Foto: Getty Images)Exercício como a corrida pode evitar danos ao cérebro de quem bebe em excesso (Foto: Getty Images)


















Foram avaliadas 60 pessoas (37 homens e 27 mulheres), que iam desde bebedores moderados a consumidores abusivos de álcool, escolhidos depois de triagem para um estudo sobre problemas relacionados ao álcool e à nicotina. O estudo determinou que a relação entre a ingestão de álcool e problemas na substância branca depende do quanto ela se exercita.
- Descobrimos que entre as pessoas que bebem muito e praticam muito exercício físico, não houve forte relação entre álcool e substância branca. Mas, para pessoas que bebem muito e não fazem exercício, nosso estudo mostrou que a integridade da substância branca está comprometida em várias áreas do cérebro. Significa que a matéria branca não está enviando mensagens entre as áreas do cérebro tão eficientemente como normal - explicou a autora do estudo Hollis Karoly.
A matéria branca, assim como a cinzenta, são os dois principais componentes físicos do cérebro. Ela é composta por feixes de células nervosas que atuam como linhas de transmissão para facilitar a comunicação entre as várias partes do órgão. Segundo os cientistas, a pesquisa é promissora.
- Do meu ponto de vista, a principal constatação é a possibilidade de que o exercício pode ser capaz de ou proteger ou reverter alguns dos danos que o uso pesado de álcool causa no cérebro - disse a cientista Angela Bryan, coautora do estudo.

Consumo de álcool e prática de atividade física são incompatíveis


Médica lista uma série de motivos para que os esportistas evitem as bebidas alcoólicas no mínimo 72 horas antes de fazer os exercícios



Por Rio de Janeiro
Consumo de álcool e prática de atividades físicas, dois hábitos que parecem ser incompatíveis. Mito ou verdade? Na opinião da doutora Isa Bragança, as bebidas alcóolicas e os exercícios não podem ser associados. Segundo ela, há uma série de motivos para que essa combinação não seja feita:
- Quem pratica atividade física e consome o álcool tem uma deterioração da qualidade física, pois a bebida diminui a força, a velocidade, a capacidade respiratória e muscular, o equilíbrio e prejudica a respiração.
A médica enumera os problemas desencadeados pela ingestão exagerada de álcool, como desidratação, problemas cardíacos, aumento de peso e hipoglicemia. Confira a lista:
- A desidratação é uma consequência comum da combinação. O álcool tem efeito negativo sobre a função renal, fazendo com que haja uma perda de água e eletrólitos através do suor e da urina.
- O distúrbio de água e eletrólitos também pode promover uma arritmia cardíaca, fazendo com que o coração bata fora de compasso;
- Outro efeito que o álcool também promove é o aumento de peso, devido à grande quantidade de calorias presentes em cada dose;
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Álcool e esporte: os efeitos da bebida no corpo de um atleta (Foto: Reprodução/Sportv)Álcool e esporte: escolha ruim (Foto: Reprodução)
- A hipoglicemia também é muito comum em quem mistura álcool com exercícios. A atividade física já promove uma diminuição de glicose no organismo. O álcool acentua mais ainda esta redução. O corpo começa a usar a proteína como fonte de energia, pois não há mais glicose no organismo.
O efeito da ingestão de bebidas alcoólicas dependerá de diversos fatores, entre eles o gênero do indivíduo. Para a doutora, o ideal é que o consumo de álcool seja feito até 72 horas antes da prática de atividades físicas.
- A gente tem que beber socialmente, cada um sabe seu limite em relação ao álcool - adverte a doutoura.
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