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domingo, 2 de junho de 2013

Cafeína e seus efeitos: melhora da tolerância ao exercício prolongado



O efeito demonstrado foi o de aumentar a mobilização de gordura durante
a atividade física, preservando assim os estoques de glicogênio muscular





Por São Paulo

A cafeína é uma substância encontrada em certas plantas e usada para o consumo em bebidas, tanto na forma de infusão, como em refrigerantes e bebidas energéticas. Ela é também encontrada em alimentos como o chocolate, guaraná, cola, chá-mate e no cacau. O efeito mais conhecido da cafeína é o de ser um estimulante. De fato, esta substância possui a propriedade de atuar no sistema nervoso central aumentando o estado de alerta. O mecanismo de ação parece estar ligado ao estímulo da produção de dopamina que é um neurotransmissor responsável pela ativação de áreas do cérebro relacionadas à atenção.
Corrida maratona madrid eu atleta (Foto: Agência Reuters)Cafeína aumenta a mobilização de gordura, preservando estoque de glicogênio muscular (Foto: Reuters)





















Os efeitos fisiológicos da cafeína, não se restringem ao mecanismo estimulante do sistema nervoso. A cafeína tem outros efeitos, e no coração, aumenta os batimentos cardíacos. Em doses muito elevadas pode inclusive causar arritmia cardíaca.
A cafeína é considerada como uma substancia com efeito ergogênico, ou seja, ela pode melhorar o desempenho físico. Este efeito sempre foi atribuído às suas propriedades estimulantes, acreditando-se que os benefícios fossem todos relacionados ao maior nível de atenção e alerta.
Recentemente, alguns estudos mostraram efeitos da cafeína na melhora da tolerância ao exercício prolongado. Neste caso, o mecanismo de ação proposto é outro. O efeito demonstrado foi o de aumentar a mobilização de gordura durante o exercício, preservando os estoques de glicogênio muscular.
A cafeína tem sido monitorada pelas entidades de controle antidoping. Até alguns anos atrás quando seu consumo ultrapassava um valor crítico, comprovado pelos seus metabólitos dosados na urina, o usuário era considerado dopado. Atualmente, o uso da cafeína é liberado.
O fato é que hoje ela é muito utilizada por atletas, mas existe preocupação com o abuso do seu consumo. Os trabalhos científicos que investigaram seus efeitos ergogênicos, relatam efetividade de doses em torno de 300 miligramas, entretanto existem relatos de utilização de doses de até 450 a 600 miligramas.
Para se ter uma ideia da quantidade de cafeína em algumas bebidas, sabemos que um café forte pode ter entre 70 e 100 miligramas. Uma lata de energético contém 80 miligramas de cafeína. A realidade é que a cafeína hoje é classificada pela ANVISA como suplemento nutricional, porém seu consumo deve ser controlado. Existe sempre o receio de exagero de dosagem, como também seu uso por indivíduos com contraindicação como cardiopatas e hipertensos.
A recomendação é sempre só utilizar com orientação profissional.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / Euatleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)


Exercício físico auxilia tratamento dos portadores de fibrose cística




Doença é gerada por problema genético que compromete características 
da atividade secretora de células de glândulas produtoras de muco




Por São Paulo

A luta contra a fibrose cística que originou uma verdadeira corrente de solidariedade é digna de apoio de todos. Trata-se de uma doença grave, originada por um problema genético que vai comprometer as características da atividade secretora de algumas células de glândulas produtoras de muco. Devido ao problema de alteração das características da secreção destas células, alguns órgãos vão ser mais comprometidos, como os pulmões, o fígado e o pâncreas.
Os sintomas se tornam mais evidentes pelo comprometimento pulmonar, onde o acúmulo de uma secreção mais viscosa nas vias aéreas causa dificuldade da passagem do ar para os pulmões e predispõe à proliferação de bactérias causando infecções.
Os cuidados com os portadores da doença incluem adequação nutricional devido aos problemas do tubo digestivo, com reposição vitamínica, cuidados com reidratação e reposição de sódio, mas principalmente a atenção com o sistema respiratório. O exercício físico ajuda muito no tratamento, devido ao seu enorme benefício tanto no fortalecimento dos músculos respiratórios, como na remoção do muco das vias aéreas.
Corrida de rua fibrose cística (Foto: Arquivo Pessoal)Equipe de Fibra corre para divulgar a fibrose cística no Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)



















Os pacientes também devem recorrer à fisioterapia que será uma grande aliada na melhora da qualidade de vida. A fisioterapeuta com doutorado em fisiologia do exercício Dra. Gerseli Angeli recomenda além dos exercícios aeróbicos, os exercícios respiratórios visando especialmente à toalete brônquica e à reexpansão pulmonar, uma vez que o acúmulo de secreções pode causar o “fechamento” de alguns alvéolos (atelectasias).
Os exercícios podem ser realizados com o auxílio de equipamentos e técnicas que auxiliam a mobilização da secreção, como o flutter e a vibrocompressão no tórax; e a expansão pulmonar, como o CPAP. Na ausência desses recursos, pode-se simplesmente inspirar profundamente e soltar o ar bem lentamente pela boca, entre os dentes, até que o ar “acabe”.
Essa técnica estimula a mobilização da secreção e a tosse que é o meio de eliminação. A atividade física e a fisioterapia são procedimentos que devem fazer parte do dia a dia do paciente. Trata-se realmente de um desafio a ser vencido, e o apoio tanto ao paciente quanto à família justificam toda uma mobilização da comunidade para além da solidaridade, ajudar no esclarecimento a respeito desta doença.
As palavras de Cristiano Silveira, pai de uma criança portadora da doença e fundador da Equipe de Fibra que iniciou uma cruzada usando a atividade física como meio de divulgação, são o exemplo maior desta luta:
“Incentivo, saúde, vida!"

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / Euatleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)


Hidratação antes, durante e após o exercício mantém o corpo saudável


Nutricionista enumera os benefícios de se consumir bastante água todos 
os dias e explica, com detalhes, os efeitos que ela exerce no organismo




Por Rio de Janeiro

mulher bebendo água corrida Eu Atleta (Foto: Getty Images)Ingestão de dois a três litros de água diariamente
é fundamental, diz nutricionista (Foto: Getty Images)
A preocupação com a hidratação antes, durante e após a atividade física é fundamental para a preservação do nosso sistema imunológico. A defesa do organismo contra microrganismos que entram através do trato gastrintestinal e respiratório é realizada por anticorpos, principalmente pelas Imunoglobulinas tipo A (IgA), que estão presentes principalmente na saliva.
A secreção de saliva é regulada pelo sistema nervoso autônomo, sendo composta por uma mistura de secreções das glândulas parótidas, submandibular, sublingual e de outras pequenas glândulas que possuem inervação simpática e parassimpática. Essas estruturas formam o mais importante reservatório das fontes de IgA para proteção do trato respiratório superior.
Redução do fluxo salivar pode diminuir a quantidade de lgA, expondo o indivíduo a riscos de doenças do trato respiratório superior. No esporte isso poderia trazer consequências como sintomas de inflamação na garganta, congestão, coriza, febre, prejudicando o treinamento de atletas e praticantes de atividade física.
É fundamental garantir um bom nível de secreção salivar durante o exercício, para impedir reduções acentuadas nos níveis de IgA. Uma forma de assegurar isso é se manter hidratado. A ingestão de líquidos ao longo do exercício deixa a boca constantemente molhada, enviando sinais ao sistema nervoso para que a produção de saliva não pare, prevenindo a desidratação, preservando o fluxo salivar e consequentemente a concentração de IgA.
Devemos ingerir de dois a três litros de água diariamente, ao acordar e entre as refeições. Manter a hidratação durante a prática esportiva, ingestão de 200ml de água a cada 2 a 3km ou 15 minutos. Em atividade acima de uma hora ou de alta intensidade é necessária a reposição tambémde glicose, sódio e potássio, através da ingestão de bebidas esportivas.
A alimentação é outro elemento importante para o bom funcionamento do sistema imune e prática do exercício. Indivíduos mal nutridos apresentam redução na imunidade, sobretudo de IgA, prejudicando a capacidade dos atletas ou praticantes de atividades físicas de se protegerem contra agentes patogênicos, ficando mais suscetíveis às infecções.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

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