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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Tireoide e a atividade física: o atleta depende do seu funcionamento


Glândula pode ser comparada ao principal motor do nosso organismo, 
que com seus hormônios em níveis normais, beneficia todos os órgãos




Por São Paulo
A tireoide é uma glândula que pode ser comparada ao principal motor do nosso organismo. Com seus hormônios em níveis normais e equilibrados, todo o corpo e seus órgãos se beneficiam. O esportista e o atleta dependem muito do seu funcionamento, para que a pratica esportiva consiga seus objetivos normalmente.
Quando por alguma razão ela aumenta a produção dos seus  hormônios T3 e T4, ultrapassando os limites, teremos uma doença, o hipertireoidismo com seus efeitos gerais e principalmente cardiocirculatórios, que iremos enumerar: arritmias cardíacas (pulsação mantida acelerada, em média acima de 100/minuto em repouso, falhas nos batimentos), fraqueza muscular, osteoporose, emagrecimento patológico, distúrbios intestinais, insônia, irritabilidade, distúrbios menstruais e outras.
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Tireoide euatleta  (Foto: Getty Images)A tireoide se situa na frente do anéis da traqueia, entre o pomo de adão e a base do pescoço (Foto: Getty)
Não podemos deixar de lembrar do risco das terríveis fórmulas para emagrecer com doses elevadas antifisiológicas de hormônios de tireoide, produtos proibidas pela ANVISA e não recomendadas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
A glândula tireoide está situada na frente dos anéis da traqueia, entre o pomo de adão (proeminência da laringe no meio da região anterior do pescoço) e a base do pescoço
Agora vale chamar a atenção aos vários conhecidos produtos, com doses altamente perigosas desses hormônios, vendidos na internet e utilizados, sem preocupação por corredores e outros esportistas: os “fatburns” ou queimadores de gordura e coisas parecidas, além de alguns energéticos/estimulantes que contém doses elevadíssimas principalmente do T3 e do T4. Caso tenham em mãos esses produtos da internet procurem ler o rótulo, o T3 está escrito como triodotironina e o T4, tetraiodotironina.
Procure ajuda médica
O seu uso por alguns dias tem enorme chance de provocar disfunção definitiva da tireoide além de distúrbios cardíacos. O corredor ou esportista com suspeita de hipertireoidismo, deve imediatamente procurar o médico. Em curto prazo acabará com sua performance e o risco de complicações sérias pode acontecer. O médico costuma pedir a dosagem do TSH que é o hormônio que estimula a tireoide a se manter funcionando sem interrupções, quando ele está abaixo do normal significa que a tireóide está funcionando em excesso , provavelmente em hipertireoidismo, produzindo muito T3 e T4.
Concluindo sobre essa glândula tão fundamental para o corpo humano funcionar regularmente. A avaliação de atletas profissionais e esportistas ativos, tem como obrigatória sempre, a pesquisa laboratorial do funcionamento da tireoide como rotina, para que não tenhamos surpresas que atrapalhem as performances como cansaço anormal, sudorese exagerada etc, além de detectarmos doenças hormonais graves nos esportistas, principalmente as mulheres.
PS: no próximo texto falaremos do hipotireoidismo e sua relação com esportes.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Dor na articulação sacroilíaca, abaixo da lombar, pode confundir corredores


Muitas vezes, a coluna lombar, famosa por hérnias de discos e compressões de nervos, não é a vilã da história. Aprenda a identificar a causa do problema




Por Jundiaí, SP
Ilíaco Eu Atleta (Foto: Getty Images)Impacto pode gerar inflamação (Foto: Getty Images)
Quando o assunto é dor nas costas, logo se pensa na coluna lombar, com suas hérnias de discos, bicos de papagaio, compressão de nervo ciático, entre outros. Mas nem sempre a lombar é a vilã da história. Existe uma articulação chamada sacroilíaca, que liga o osso sacro ao osso ilíaco - parte lateral da “bacia”. Essa articulação fica logo abaixo da lombar, um pouco mais para o lado, e pode ser um local de inflamação e dor, principalmente em praticantes de atividades físicas.
Se prestarem atenção, muitas pessoas com queixa de dor lombar irão perceber que a dor é mais para baixo e para a lateral, um sinal de dor sacroilíaca. Problemas nessa articulação também podem provocar dores irradiadas na virilha e na porção lateral da virilha e da coxa.
Alguns fatores que podem levar à dor na articulação sacroilíaca são:
- Alto impacto: durante a caminhada, corrida e saltos, o membro inferior recebe o impacto do corpo contra o solo. Esse impacto é distribuído pelo corpo todo e a articulação sacroilíaca é responsável pela sua transmissão da perna para o tronco. Impactos de alta magnitude sobre a articulação podem gerar inflamação;
- Assimetria na descarga de peso entre as pernas: jogar o peso mais em uma perna do que na outra, ou uma diferença no comprimento dos membros inferiores, pode gerar desalinhamento e sobrecarga nessa articulação;
- Instabilidade: na porção profunda do quadril, embaixo dos músculos glúteos, existem alguns pequenos músculos muito importantes para a firmeza da articulação sacroilíaca. Sem o funcionamento adequado desses músculos, a articulação fica vulnerável a lesões.
Procure ficar atento ao ruído que o seu pé faz ao tocar o chão durante a corrida ou qualquer outra atividade física, pois um ruído muito alto indica grande impacto. Além de exercícios de força para os músculos do quadril, faça também exercícios de resistência: pouca carga e movimentos lentos mantidos por alguns segundos. Esses cuidados podem ajudar na prevenção de problemas na articulação sacroilíaca.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Por que os corredores precisam de quadris fortes?


Parte 2: aprenda alguns exercícios para fortalecer os quadris em casa



Por São Paulo
Muitos corredores têm desequilíbrio muscular nos quadris. Provavelmente devido ao fato de os flexores do quadril serem encurtados, e seus glúteos e músculos estabilizadores posteriores serem mais fracos do que os músculos da cadeia anterior. Isto, muitas vezes, leva à síndrome da dor femoropatelar, mais comumente conhecida como "joelho do corredor", síndrome da banda iliotibial e lombalgia.
As dores começam quando o atleta solicita a musculatura em excesso e quando há falta de treinamentos que busquem o fortalecimento muscular dos quadris e exercícios de mobilidade e resistência.
Há oito exercícios capazes de ajudar a soltar os flexores do quadril e fortalecer os músculos estabilizadores circundantes dos mesmos:
Exercícios 1 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
1- Deite de lado, com os joelhos ligeiramente dobrados e as pernas e tornozelos juntos. Você pode descansar a cabeça em um braço estendido durante o exercício. Em seguida, abra e feche os joelhos. Mantenha os pés juntos durante todo o movimento, se movendo lentamente para trabalhar todos os músculos do exercício. Complete de três a quatro séries de oito a doze repetições de cada lado. Você pode usar um elástico de resistência para este exercício, mas é opcional. 
Exercícios 2 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
2- Coloque um elástico de resistência logo acima de cada tornozelo. Os pés devem estar na largura dos ombros, enquanto você dobra os joelhos ligeiramente em uma posição de meio-agachamento. Mantenha a posição e dê um passo lateral (de lado). Dê de oito a dez passos na mesma direção, mantendo o nível dos quadris durante o exercício. Complete de três a quatro séries de cada lado.
Exercícios 3 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
3- Segure dois pesos ou halteres, um em cada mão. Coloque-os para baixo na frente das coxas com os braços esticados. Abaixe os pesos para o chão, ao levantar a perna para trás. Mantenha as costas retas, com o joelho da perna de apoio ligeiramente curvado. Quando os pesos tocarem o chão retorne à posição inicial. Conclua de três a cinco séries de cinco a doze repetições em cada perna.
Exercícios 4 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
4- Escolha um sistema de suspensão ou apoie o pé em um lugar elevado. Coloque o pé direito apoiado e mantenha o pé esquerdo na sua frente, no chão. Agache-se com o joelho esquerdo, mantenha seu tornozelo na posição vertical. Afaste-se para cima e repita para oito a doze vezes. Para progredir, segure pesos ou halteres com ambas as mãos para adicionar resistência. Conclua de três a cinco séries de cada lado.
Exercícios 5 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
5- Deite bruços no chão, coloque uma bola pequena a um ou dois centímetros para o lado direito ou esquerdo do umbigo. Coloque os antebraços no chão para dar apoio. Role a bola de para baixo, em direção ao seu fêmur, usando pequenos movimentos. O psoas - músculo que conecta a sua coluna vertebral com as pernas - acelera a flexão do quadril e diminui a extensão. É o mais poderoso dos flexores da bacia no corpo e é usado em cada passo executado. Muitas vezes, é muito exigido em corredores e pessoas que trabalham sentadas.
Exercícios 6 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
6- Deite-se de bruços no chão. Coloque um rolo de toalha perpendicular à sua perna para direcionar os quadris. Role do alto do seu quadril para um pouco acima do joelho. Para os adutores, a única mudança é colocar o rolo paralelo à perna e manter uma ligeira curva no joelho da perna que está rolando. Use os braços como apoio, colocando-os no chão. Adutores muito utilizados podem ser uma das causas de os joelhos irem para dentro em direção à linha média do corpo durante o movimento.
Exercícios 7 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
7- Deite-se sobre o lado direito do corpo e coloque um rolo de espuma em uma posição perpendicular ao quadril. Use as mãos ou antebraços como suporte, cruze a perna esquerda sobre sua perna direita e coloque a esquerda plana com pé no chão. Role a espuma do quadril até logo acima do joelho.
Exercícios 8 Eu Atleta (Foto: Reprodução internet)
8- Ajoelhe com a perna e pé esquerdo contra uma caixa ou banco. Coloque o pé direito no chão. Mantenha o joelho direito alinhado com o pé. Dirija os quadris para frente até sentir um alongamento no quadríceps esquerdo. Ative os glúteos, mantendo o alongamento. Segure de 30 segundos a dois minutos.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
card ana paula simões (Foto: arte Globoesporte.com)

Principal causa de morte entre idosos, quedas podem diminuir com exercício


Na terceira idade, um simples desequilíbrio é capaz de causar prejuízos sérios à saúde. Fortalecimento muscular traz mais estabilidade e segurança




Por Rio de Janeiro
idosos Eu Atleta (Foto: Getty Images)Exercícios podem evitar queda (Foto: Getty Images)
A quantidade de idosos internados com fraturas causadas por quedas cresce de forma alarmante. Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento de pacientes da terceira idade aumentam a cada ano, só em 2009 foram quase R$ 81 milhões. Um simples desequilíbrio pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida daqueles que têm mais de 60 anos e, nos casos mais graves, o acidente pode até levá-los à morte.
Segundo a especialista em fisiologia do exercício Laina Saurin, que trabalha há mais de dez anos com idosos, a queda e as complicações dela decorrentes são as principais causas de morte na terceira idade. De acordo com pesquisas, aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 caem ao menos uma vez por ano.
- A consequência mais temida das quedas é a fratura, principalmente a do colo do fêmur. Ela exige tratamento cirúrgico e um longo período de repouso - alerta o fisiologista Turibio Barros.
A grande incidência de quedas entre idosos está associada, principalmente, a alterações típicas do envelhecimento, como problemas de visão, redução da massa óssea, deficiência auditiva, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva da força nos membros inferiores e uso inadequado de medicamentos.
- Os maiores problemas que os idosos enfrentam, em geral, decorrem da desaceleração natural que acontece nesta fase da vida. O decréscimo do sistema neuromuscular, a perda de massa muscular, a redução da flexibilidade, da força, da resistência e da mobilidade, além da limitação da capacidade de coordenação e do controle do equilíbrio corporal, podem acarretar quedas frequentes - explica Laina.
Além das mudanças naturais que ocorrem com o aumento da idade, algumas doenças também potencializam os riscos de acidentes. O infarto, a labirintite, a insuficiência cardíaca, doenças neurológicas, hipotensão postural - dificuldade de manter a pressão arterial ao levantar -, AVCs, diabetes, entre outras, também são causas recorrentes.
- Muitas doenças degenerativas comuns na velhice são agravadas pela diminuição das atividades físicas e a redução da capacidade de manter o equilíbrio corporal, que são fundamentais para a adoção de um estilo de vida independente - afirma a especialista.
idosos correndo eu atleta (Foto: Agência Getty Images)Além de trazer mais equilíbrio, a atividade física ajuda na prevenção de doenças (Foto: Agência Getty Images)
Independentemente do motivo, os acidentes podem ser evitados com o aumento do equilíbrio e o fortalecimento da musculatura através da prática regular de exercícios físicos. A musculação é capaz de melhorar a mobilidade e a qualidade de vida dos idosos, mesmo no caso daqueles que sofrem de doenças crônicas.
- Além dos benefícios para a mobilidade e equilíbrio, a atividade física moderada auxilia no controle e prevenção de doenças, como diabetes, problemas posturais, doenças cardíacas e pulmonares - ensina Laina.
- A atividade física é, sem dúvida, a melhor intervenção, pois faz desacelerar a perda de massa muscular, podendo promover um ganho de massa magra, reduz o sobrepeso, que pode ser considerado outra causa de quedas, previne o desequilíbrio e promove o ganho de massa óssea, fortalecendo os ossos e reduzindo o risco de fraturas - enumera Turíbio.
Com o envelhecimento, há também uma redução na absorção de cálcio, nutriente responsável pelo fortalecimento da estrutura óssea. Portanto, a alimentação pode contribuir para a redução dos acidentes entre os idosos. O aumento da ingestão de produtos lácteos, como iogurtes e queijos, ajuda na prevenção e tratamento da osteoporose - doença que diminui a quantidade de massa óssea –, o que deixa os idosos menos vulneráveis a quedas.
- O consumo de cálcio, os exercícios físicos e a exposição à luz solar, que promove a síntese de vitamina D na pele, melhoram a densidade mineral óssea e a força muscular, diminuindo as quedas e o risco de fraturas - explica a nutricionista Cristiane Perroni. 
idosos Eu Atleta (Foto: Getty Images)Musculação reduz medo de cair (Foto:Getty Images)
Além de reduzir a incidência de quedas, o treinamento físico também diminui o medo de cair que leva as pessoas com mais de 60 anos a restringirem suas atividades, se tornando cada vez mais dependentes. Levantar da cama, se vestir, tomar banho e abaixar passam a ser tarefas fáceis outra vez.
- Muitas vezes o indivíduo perde sua independência por medo de cair de novo, e passa a precisar de ajuda até para tarefas corriqueiras, tais como entrar no carro e subir escadas. Até o deslocamento dentro de casa fica comprometido - observa Laina.
- A inatividade representa um sério problema, pois a falta de atividade física faz acelerar a perda das massas muscular e óssea, criando um círculo vicioso - revela Turibio.
- Sempre fiz caminhada e há dois anos pratico musculação. A atividade física melhorou muito a minha saúde, diminuindo o colesterol, a pressão e aumentando o meu equilíbrio. Antes eu tropeçava muito. Agora tenho muito mais equilíbrio para andar e executar as minhas atividades diárias com total independência - conta Geraldo Pereira, de 89 anos.

Tipos de aminoácidos beneficiam os praticantes de atividade física


Suplementação de três deles, como arginina, leucina e beta-alanina ajuda 
na resistência, reparação muscular e neutralização do ácido láctico




Por São Paulo
musculação mulher peso euatleta (Foto: Getty Images)Aminoácidos são importantes para a recuperação
após a musculação (Foto: Agência Getty Images)
No recente congresso do Colégio Americano de Medicina Esportiva, dentre inúmeras novidades científicas, um dos assuntos que mais chamou a atenção foi o grande número de trabalhos científicos apresentados sobre os efeitos dos aminoácidos isolados. O conhecimento dos benefícios de determinados aminoácidos já existe como parte das estratégias da nutrição esportiva. É importante que ressaltar mais uma vez que eles são nutrientes e não podem ser confundidos com medicamentos ou drogas proibidas pela legislação esportiva.
No congresso foram apresentados trabalhos enfatizando principalmente os benefícios de três aminoácidos: arginina, leucina e beta-alanina. A arginina é um precursor da síntese do óxido nítrico, que tem um importante papel na regulação do fluxo sanguíneo muscular durante o exercício. A suplementação de arginina apresenta evidências científicas de melhorar a resistência, tanto por proporcionar melhor oxigenação dos músculos, como por proporcionar uma remoção mais eficiente dos metabólitos produzidos durante o exercício.
A leucina, que é um dos chamados aminoácidos de cadeia ramificada ou BCAA, acumula cada vez mais evidências de ser um importante nutriente para reparação do dano muscular provocado pelo exercício intenso. Sua suplementação tem uma indicação importante principalmente no pós-exercício, quando a reparação dos micro-traumas é uma das prioridades para o tecido muscular.
A beta-alanina talvez seja considerada o aminoácido com evidências mais recentes. Sua suplementação parece proporcionar um dos efeitos mais esperados pelos praticantes de exercícios. A administração de beta-alanina aumenta a síntese de carnosina que é um eficiente neutralizador do ácido láctico.
Nos trabalhos apresentados ficou evidente o benefício que a suplementação deste nutriente proporcionava, possibilitando significativa melhora de desempenho por capacitar o organismo a utilizar mais energia anaeróbica. Como se sabe, o ácido láctico limita a intensidade do exercício, e sua maior neutralização proporciona um benefício importante na melhora da performance.
O uso destes recursos nutricionais ergogênicos tende a ser cada vez mais difundido em benefício de quem busca melhora de desempenho físico e também promoção de saúde pela vida ativa, entretanto deve ser sempre orientado por um profissional capaz de adequar sua devida indicação.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Hipotireoidismo: baixa tolerância à prática de exercícios é um sintoma


Falando mais sobre tireoide, vimos que ela com seus hormônios atua no coração e sistema circulatório, influindo no funcionamento do organismo




Por São Paulo
corredor cansado euatleta (Foto: Getty Images)Cansaço: baixa tolerância à pratica de exercícios é
um sintoma do hipoteroidismo (Foto: Getty Images)
Continuando nossa conversa sobre a tireoide, vimos que ela com seus hormônios atua diretamente no coração e em todo sistema circulatório, influindo na capacidade de funcionamento de todo organismo, tanto em repouso como na atividade física, seja qual for ela. Quando temos uma diminuição da produção dos hormônios T3 e T4, com elevação do TSH o quadro clínico é chamado de hipotireoidismo e dependendo do grau em que isso acontece, teremos um sensível prejuízo na oxigenação sanguínea, principalmente nos músculos usados num exercício, o que acarreta uma baixa tolerância geral para pratica da atividade física.
A sensação de muito cansaço físico é incompatível com a pouca quantidade de exercício que foi executado. Alguns corredores são até estigmatizados, considerados esportistas fora de forma, sem vigor, exagerados nas queixas de dores musculares, tudo levando a um desempenho físico fraco, um dos principais sintomas do hipotireoidismo.
Alguns fatos são relevantes, nos pacientes com essa doença, a baixa força muscular geral, eleva muito o risco de quedas. Os níveis da pressão arterial, na maioria dos casos, passam a ficar mais elevados, precisando até de tratamento medicamentoso específico dessa pressão alta, além do tratamento com medicações á base de hormônios da tireoide.
Percebe-se então, como o fato de não se sentir bem numa atividade física, é relevante para o esportista queixoso, necessitando de investigação médica que, sem dúvida, inclua o funcionamento da tireoide. É sabido que no hipotireoidismo poderemos ter vários sintomas isolados ou uma soma deles, como os baixos batimentos cardíacos por minuto, sonolência pelo dia todo, queda de cabelo, pele seca, alterações do funcionamento do aparelho digestivo, ganho de peso, crescimento da tireoide no pescoço, chamada de bócio ou papeira.
Apesar de não ser o foco deste artigo, as causas conhecidas podem ser genéticas ou ambientais (poluição, estresse, alguns medicamentos que mexem com o funcionamento da tireoide) e até devido a tumores, falta de iodo na alimentação e etc.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Como evitar ou diminuir lesões na panturrilha durante a corrida


A musculatura da 'batata da perna' deve estar fortalecida e alongada, 
pois se faz presente e atuante durante as nossas atividades diárias



Por Rio de Janeiro
Hidroterapia, Fortalecimento Muscular, Eu Atelta (Foto: Divulgação)Fisioterapia aquática gera resistência progressiva
para as lesões na panturrilha (Foto: Divulgação)
A panturrilha na linguagem popular conhecida como “batata da perna” é o nosso segundo coração. Ela bombeia todo o nosso sangue de volta para o coração e exerce importante papel no retorno venoso. A musculatura envolvida tem os músculos potentes gastrocnêmio e sóleo. Esta musculatura deve estar fortalecida e alongada, pois está presente e atuante durante as atividades da vida diária. Quando estamos de pé, na posição estática e/ou na posição dinâmica durante a marcha, subida e descida de escadas. Na prática desportiva, como na corrida, estes músculos são muito solicitados.
Quando ocorrem as lesões? Quando não estamos preparados para uma grande sobrecarga de trabalho e impacto sobre as panturrilhas como corridas mais extenuantes, solos irregulares e não precisa ser necessariamente nas maratonas.
Ir a uma festa, ficar com sapato alto durante horas dançando se você estiver com a musculatura fraca pode levar a uma lesão na panturrilha. Existem as diferenças individuais, graus diferentes de força e alongamento muscular, amplitude articular que temos que estar atentos, respeitar o nosso corpo, saber o nosso limite. A lesão mais comum é o estiramento muscular do gastrocnêmio. A dor pode ser muito forte impossibilitando você de colocar o pé no chão. Deve-se, neste caso, procurar o ortopedista imediatamente. Dependendo do grau da lesão, o repouso pode ser absoluto, ou seja, não tocar o pé no chão utilizar muletas e/ou cadeira de rodas ou parcial podendo colocar carga reduzida sobre esta musculatura afetada.
imagem panturrilha euatleta (Foto: Divulgação)Imagem mostra musculatura da panturrilha. Lesão
mais comum é do gastrocnêmio (Foto: Divulgação)
O tratamento indicado é a fisioterapia aquática. No primeiro momento, não colocar o pé no chão, trabalhar em “deep water” utilizando a resistência da água. Empregamos o método bad ragaz para fortalecimento e alongamento suave da panturrilha. O fisioterapeuta oferece resistência manual progressiva respeitando o quadro álgico do paciente. Esta técnica permite ao fisioterapeuta trabalhar força, resistência e alongamento sem movimento, chamamos de trabalho isométrico que é muito utilizado nestes casos.
A recuperação desta musculatura é mais lenta. Na água, neste caso, trabalhamos com zero impacto, utilizamos as propriedades físicas da água como pressão hidrostática para diminuir o edema gerado pela lesão, o empuxo e a turbulência para gerar resistência contra o movimento para intensificar, o trabalho de força. O tratamento é realizado com a perna em extensão atuando na musculatura global sem incidir sobre a lesão diretamente.
É muito importante o pré-aquecimento antes de iniciar a corrida e o alongamento ao final para evitar lesões de uma maneira geral, principalmente neste caso. A musculatura deve estar preparada para receber cada tipo de carga, quando há sobrecarga e não há preparo, é mais fácil de ocorrerem as lesões.
Sandra Wegner (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Sódio: seu consumo excessivo está associado à hipertensão e doenças


No Brasil, a pressão alta afeta mais de 30 milhões de pessoas e é o mais importante risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares




Por Rio de Janeiro
O  sódio  é  um  nutriente  essencial  para  nosso  organismo,  estando  presente naturalmente nos alimentos e muito adicionado em alimentos industrializados. Atua na  regulação  osmótica  dos fluidos  corporais,  na  condução  dos  impulsos nervosos  e  na  contração  muscular.  Entretanto,  seu  consumo  excessivo está  associado  ao  desenvolvimento  da  hipertensão  arterial,  doenças cardiovasculares e renais, dentre outras. No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros, sendo 36% dos homens adultos e 30% das mulheres, e é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV), com destaque para o AVC e o infarto do miocárdio, as duas maiores causas isoladas de mortes no país.
Sódio sal euatleta (Foto: Getty Images)Exagero na hora de colocar o sal na comida pode
acarretar doenças (Foto: Getty Images)
A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo máximo de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, o que equivale a 5g de sal (lembrando que 40% do sal é composto de sódio). As informações sobre consumo de sal provêm da indústria brasileira e indicam que a média de consumo de sal é de 12g por dia. A média de consumo dos países industrializados é de 8 a 9g por dia. Isso significa que a população brasileira deveria diminuir o consumo do sal em dois terços, a fim de se aproximar do limite recomendável. A maioria do sal está contida nos alimentos industrializados, a redução substancial no consumo desses produtos exigirá mudanças nas práticas de industrialização de alimentos.
Em 2010, foi realizado estudo de consumo da população brasileira em diversos estados para avaliar os alimentos mais consumidos, verificar em várias marcas destes produtos a quantidade de sódio e propor redução de sódio na fabricação destes produtos e redução do consumo de sódio da população brasileira a menos de 2000mg/pessoa/dia até 2020, em uma ação em conjunto pelo Ministério da Saúde, Anvisa e entidades representativas das indústrias realizando termo de compromisso em 2011, estabelecendo categoria prioritárias e cronograma para redução a partir de 2012 e 2014, sendo avaliado a cada dois anos até 2020.
Foram relacionados os seguintes produtos: pães (francês, de forma, bisnaguinha), caldos e temperos, laticínios (bebidas lácteas, queijos petit suisse e mussarela, requeijão), biscoitos (cream cracker, recheados, maisena), margarina, embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame, mortadela), macarrão instantâneo, bolos (bolos prontos e misturas para bolo), snacks (batata frita, salgadinhos de milho), derivados de cereais, refeições prontas (pizza, lasanha, sopas).
A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal, açúcar e gordura.

TEOR DE SÓDIO EM ALGUNS  ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS (100gr):
Batata palha472mgMacarrão instantâneo1798mg
Biscoito água e sal741mgMortadela1303mg
Bebidas lácteas93mgPão de queijo558mg
Batata frita624mgQueijo minas frescal505mg
Biscoito cream craker735mgQueijo mussarela577mg
Biscoito maisena 369mgQueijo parmesão1402mg
Biscoito recheado288mgParmesão ralado1981mg
Hambúrger bovino701mgRicota fresca191mg
Tablete de caldo de carne22180mgAzeitona em conserva1347mg
Shoyo5024mgMilho verde em conserva260mg














ATITUDES IMPORTANTES:
- O paladar se adapta à redução da quantidade de sal nos alimentos. Portanto, a diminuição gradativa do sal não afetará a percepção do sabor dos alimentos.
- Experimentar os alimentos antes de adicionar mais sal, pois geralmente já possuem sal adicionado na preparação.
- Utilizar temperos naturais como ervas aromáticas, alho, cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos, evitando o uso excessivo de sal.
- Alimentos frescos têm menos sal, equilibre suas refeições com saladas e frutas, aumentar a ingestão de hortaliças (verduras/legumes) cozidas, assadas, grelhadas, purê.
- Retirar o saleiro da mesa.
- Aumentar a ingestão de água, mínimo de 2 litros diários.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)
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