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sábado, 24 de agosto de 2013

Proteína do soro do leite: Suplemento ajuda a musculatura e reduz lesões


Reforço alimentar é o mais consumindo entre os atletas e apresenta ótima composição para sumplemtação dos praticantes de atividades físicas




Por Rio de Janeiro
A proteína do soro do leite ou WHEY PROTEIN é um dos suplementos mais consumidos por praticantes de atividade física com objetivo de aumento de massa muscular, recuperação muscular e diminuir índice de lesões. As proteínas do soro de leite são altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo organismo. Apresentam excelentes quantidades de aminoácidos essenciais e elevadas concentrações dos aminoácidos triptofano, cisteína, leucina, isoleucina e lisina.
bebida proteina eu atleta (Foto: Agência Getty Images)(Foto: Agência Getty Images)
O soro do leite passa por diversos processos de filtração, nos quais as gorduras e outros componentes de menor interesse nutricional são removidos, resultando em um concentrado protéico de altíssimo valor biológico. A metodologia utilizada no processamento vai definir a qualidade do produto final obtido;

Micro filtração: o soro do leite sofre uma filtração que possibilita a obtenção de proteínas que formam um concentrado proteico com baixa porcentagem de lactose, gorduras e micronutrientes.

Ultra filtração: utiliza membranas menores com a finalidade de obter maior concentração das proteínas do soro do leite. O soro passa por um filtro que permite a passagem das moléculas menores como a lactose, gordura e resíduos, e concentra as maiores (proteínas). É através deste processo que se obtém a Whey Protein Concentrada (WPC).
As proteínas do soro do leite podem estar na forma:
CONCENTRADA
A forma concentrada da proteína do soro do leite contém em torno de 29 a 89% de proteína. Normalmente é obtida por processo de ultra filtração, ou seja, um filtro que permite a passagem das moléculas menores como lactose, gordura e resíduos, e concentra as maiores.
ISOLADA
É a forma mais pura da proteína do soro do leite, constituída em 90% ou mais por proteína pura.
Pode ser obtida através de 2 processos : microfiltração ou pela troca iônica (processo considerado o mais eficiente, atingindo 100% de pureza). Contém pouca ou nenhuma gordura ou lactose.
HIDROLISADA
As proteínas do soro do leite hidrolisadas estão na forma de dipeptídeo e tripepitideo, o que proporciona uma velocidade máxima de absorção.
Tanto a proteína concentrada quanto a isolada podem ser hidrolisadas. Este é a forma mais filtrada e altamente processada. É facilmente digerida e tem potencial reduzido para reações alérgicas.
PROTEÍNA ISOLADA E HIDROLISADA
Existem ainda produtos que possuem as duas propriedades. É a proteína pura ou quase pura que temos na proteína isolada tradicional com a absorção rápida e completa da proteína hidrolisada. Absorção de quase 100% de uma proteína de alta qualidade.

O consumo de proteínas ou aminoacidos é efetivo em estimular a síntese proteica, entretanto isto ocorre em níveis mais elevados quando a Proteína é combinada com carboidrato. A proteína é melhor absorvida na presença de carboidratos. Portanto nem sempre a forma isenta de carboidratos é a mais indicada.

A escolha do tipo de whey protein, quando e como usar vai depender da alimentação, objetivo e fase de treinamento. Deve ser prescrito pelo Nutricionista ou Médico.

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As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cris Perroni (Foto: GE)

Comum na lombar, escorregamento de vértebra exige reforço muscular


Espondilolistese pode ser congênita ou adquirida. Propriedades físicas da água ajudam na estabilização da coluna e redução das dores




Por Rio de Janeiro

hidroterapia Eu Atleta  (Foto: Divulgação)Hidroterapia fotalece musculatura (Foto:Divulgação)
A espondilolistese é um escorregamento de uma vértebra sobre a outra, mais comum na região lombar. Ela pode ser congênita, ou seja, a pessoa já nasceu com ela, ou adquirida por estresse ósseo, doença reumatológica, traumatismos, entre outras causas.
Quando sentimos dor continua, mesmo que não seja tão intensa, é necessário investigarmos. Existem diversos níveis de gravidade. Às vezes, o escorregamento é nível 1, mas podemos agravar a patologia se começamos a correr, causando impacto sobre a coluna. Cada caso é diferente. É necessário consultar um especialista. A resposta individual deve ser levada em conta.
É necessário trabalhar a musculatura envolvida, lembrando-se da casa de força que abriga a coluna lombar, sobre a qual comentamos dois artigos atrás. Quando diminuímos a intensidade dos exercícios, a musculatura fica fraca, aparece a barriguinha, aumenta a instabilidade da coluna, e as dores surgem. Por outro lado, se exigimos muito do nosso corpo, geramos muito impacto sobre a coluna, e podemos agravar uma listese já existente.
No caso da espondilolistese, dependendo dos sintomas, é necessário ter sessões de hidroterapia com tratamento específico, utilizando as propriedades físicas da água para estabilização lombar e diminuição do quadro álgico.
Na água, temos maior facilidade para realizar os exercícios devido à diminuição de carga sobre as articulações por causa do empuxo, força que vem de baixo para cima. Podemos correr, saltar e chutar, movimentos impossíveis de serem realizados fora da água por muitos alunos que sofrem de problemas como a espondilolistese. Em contrapartida, a água em movimento oferece uma resistência catorze vezes maior que o ar. Sendo necessário realizar bastante força para vencer a turbulência criada pelo movimento. Vamos experimentar a hidroterapia primeiro e, após a recuperação, passamos para natação, hidroginástica, hidropilates, hidrorunning, e outras atividades.
hidroterapia Eu Atleta  (Foto: Divulgação)No caso da espondilolistese, a hidroterapia pode ser necessária para a recuperação (Foto: Divulgação)
























Após um bom tratamento, com a aquisição da consciência corporal, com o domínio da respiração e o fortalecimento da musculatura, o atleta pode correr primeiro na água sem colocar os pés no chão e sem impacto. Depois com 10% do peso corporal, aumentando gradativamente até 50% do mesmo.
O atleta que gosta de correr no solo pode arriscar alguns trotes na areia, intervalando com a natação, dependendo da resposta do corpo. Devemos adaptar o nosso corpo à realidade existente, mantê-lo em bom estado e não piorá-lo. O maior objetivo é manter nossa qualidade de vida.
À medida que os anos passam, nossos ossos e músculos também se modificam. A lenda de que engordamos um quilo a cada dois anos não é verdadeira, mas é fato que o metabolismo fica mais lento. Por isso, a atividade física é importante para mantermos nosso arcabouço muscular protegendo ossos e articulações. Assim podemos manter a independência de ir e vir, subir e descer escadas, caminhar, dançar, praticar esportes, correr, nadar, fazer hidroginástica... Manter nossa vida ativa.
Sandra Wegner (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Segundo estudo, leite pode ajudar na recuperação após exercícios intensos


Pesquisadores avaliaram benefícios da ingestão do alimento, que contém carboidratos e proteínas na proporção adequada, depois de atividade física




Por São Paulo

A recuperação após a prática da atividade física é um dos grandes desafios para as ciências do esporte.  Este é um momento nobre, que nem sempre é devidamente valorizado. Durante a recuperação, nosso corpo adquire os benefícios do exercício que acabamos de fazer.
Existe um momento particularmente importante que corresponde aos primeiros trinta minutos imediatamente após o final da atividade. Durante este intervalo, as células musculares estão ávidas por nutrientes para repor os estoques de energia utilizados durante o exercício e também necessitam de proteína para reparar o chamado dano tecidual, provocado pelo esforço realizado.
A combinação de carboidratos e proteínas administrados no início da recuperação já é praticamente um consenso como estratégia nutricional. Com o propósito de confirmar este benefício, um grupo de pesquisadores da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, realizou um trabalho científico que foi publicado este mês no Medicine and Science in Sports and Exercise, uma das revistas científicas mais importantes da área.
Mulher bebendo leite euatleta (Foto: Getty Images)Leite contém quantidade exata de carboidratos e proteínas necessários após exercícios (Foto: Getty Images)
Os pesquisadores avaliaram os benefícios da ingestão de um alimento que contém carboidratos e proteínas na proporção adequada imediatamente após o exercício: o leite. Os voluntários do estudo foram avaliados durante a recuperação em duas situações: uma situação controle onde ingeriam 500ml de água e outra onde ingeriam 500ml de leite semidesnatado imediatamente após a prática de uma atividade física intensa.
Quando os testes que avaliavam a recuperação foram aplicados 24, 48 e 72 horas após a atividade, os pesquisadores constataram importantes benefícios obtidos quando os voluntários ingeriram o leite, comparado com a ingestão de água. A recuperação proporcionada pela ingestão do leite era muito mais rápida e eficaz, comprovada por testes físicos e dosagem de indicadores sanguíneos relacionados aos processos de reparação tecidual e reposição dos estoques de energia.
Trata-se de uma comprovação científica dos benefícios de um dos alimentos mais importantes da nossa dieta que, se utilizado de maneira estratégica, pode proporcionar resultados que devem ser muito valorizados, por contemplar um momento especial que é a recuperação pós-exercício.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Consumida moderadamente, cerveja é benéfica para coração de esportista


Segundo estudos, bebidas fermentadas apresentam substâncias protetoras da saúde e podem ajudar na redução dos níveis de colesterol ruim




Por São Paulo

Não tem polêmica, apenas uma surpresa para alguns desavisados. Há vinte anos, vários estudos sobre bebidas fermentadas - cerveja e vinho - surgiram entre as pesquisas sobre a famosa Dieta Mediterrânea. A presença de substâncias protetoras da saúde – polifenóis (flavonoides e isoflavona) e fitosteróis (resveratrol) - tanto no vinho como na cerveja explicam o paradoxo de consumidores de muita gordura animal que têm baixa incidência de aterosclerose no coração na população da região mediterrânea. O vinho se consolidou como bebida saudável, se não passar de uma ou duas taças por dia.
cerveja com álcool, uma das bebidas mais consumidas no mundo - o Brasil é o terceiro em produção e 17º em consumo per capita - agora teve também demonstrado que, se consumida moderadamente - 600 a 700ml/dia por homens e 350ml por mulheres-, produz benefíciossemelhantes aos do vinho. Ela ainda poderia ser reidratante na sua versão sem álcool, já que é composta de aproximadamente 95% de água.
Estas pesquisas científicas foram apresentadas em Congressos de Cardiologia dos EUA e da Europa, e publicadas em revistas científicas de grande impacto. Pesquisadores do Instituto de Saúde da Universidade de Griffith- Austrália criaram uma cerveja com teor alcoólico reduzido que diminui a desidratação através da adição de eletrólitos. Após um teste piloto, constataram que esta “nova versão” hidratou os indivíduos 1/3 a mais do que as outras cervejas testadas.
Corrida e cerveja (Foto: Divulgação)Segundo especialistas, consumo moderado de cerveja pode ser benéfico para corredores (Foto: Divulgação)
Citada no antigo testamento, a cerveja fez parte da dieta mediterrânea antiga e supõe-se que tenha surgido do líquido resultante do simples armazenamento da cevada em recipientes de barro expostos à chuva. Os estudos das bebidas fermentadas foram aprofundados em países como Alemanha, Grécia e Espanha. Recentes pesquisas feitas em Barcelona pela vice-presidente da Sociedade Espanhola de Cardiologia, a professora Lina Badimon, que também já atuou como pesquisadora no Mount Sinai Hospital de NY, analisaram porcos, que possuem características semelhantes aos humanos no que se refere à doença aterosclerótica.
Os animais foram divididos em três grupos, todos com dieta bem gordurosa: um grupo recebeu diariamente cerveja com teor alcoólico reduzido por 10 dias, outro grupo recebeu cerveja com teor alcoólico regular (3 a 8%) e o terceiro recebeu cerveja sem álcool. Os resultados mostraram que o grupo que mais se beneficiou da ação antioxidante no organismo foi o grupo que recebeu cerveja regular.
Nos humanos, o consumo moderado de cerveja pode trazer benefícios, principalmente para os níveis de colesterol - aumentando o HDL e diminuindo o LDL - e elevando a produção interna de óxido nítrico, o mais potente vaso dilatador e antioxidante biológico e em alguns dos fatores de coagulação sanguínea. Importante notar que, apesar de mais discretos, a cerveja sem álcool também apresentou efeitos cardioprotetores.
A cerveja nunca será um remédio, mas, sim, um hábito de vida. Para não correr o risco de alcoolismo, deve ser muito bem esclarecido que o consumo dela deve ser obrigatoriamente moderado. Crianças, gestantes, cardíacos, doentes do fígado ou que estejam usando medicações incompatíveis com o álcool não devem consumir bebidas alcoólicas.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Proteger a coluna é necessário para evitar doenças crônica e lesão grave



Pequenos cuidados no dia a dia ajudam a evitar dores e doenças. Flexibilidade e alongamentos não são a solução dos problemas




Por Jundiaí, SP
Dor Eu atleta (Foto: Getty Images)Dores na lombar são comuns mas podem ser
evitadas com cuidados duran(Foto: Getty Images)
Dor nas costas, especificamente na lombar, é algo que a grande maioria das pessoas vai sentir uma vez ou outra em algum momento da vida. Alguns cuidados são importantes para prevenir que esta dor se torne uma condição crônica e que evolua para uma lesão mais séria. Ficar parado, sem atividade física e esforços, não vai poupar a coluna de lesões. Então corredor, você já está no caminho certo. A saúde da coluna depende de uma quantidade balanceada de exercícios físicos, nem pouco nem em exagero.

A lombar possui uma curvatura natural chamada de lordose. Essa curvatura é normal e importante para o segmento. Estudos científicos mostram que pessoas que possuem essa curvatura muito pequena, o que é chamado de retificação lombar, têm maiores chances de desenvolverem hérnia de disco do que pessoas com a curvatura normal ou maior (hiperlordose).

Evitar situações em que ocorre retificação lombar é um fator de proteção para coluna. Assim, quando estiver sentado, procure colocar um apoio na região lombar (uma pequena almofada, ou uma toalha enrolada) para manter o segmento com a sua curvatura normal. Essa dica vale também durante os exercícios na academia: quanto mais reta a lombar estiver maior será a sobrecarga sobre ela e os riscos de lesão, então sempre procure um bom apoio para o segmento.

Os músculos abdominais funcionam como uma cinta protetora para a lombar. Porém o mais conhecido e difundido exercício abdominal, no qual se levanta o tronco para frente, não é o exercício mais adequado quando se pensa em proteção da coluna. Ele inverte a curvatura natural da lombar em um momento de esforço, o que aumenta as chances de lesão. Os melhores exercícios abdominais são aqueles feitos com pequenos movimentos e mantendo a lombar em sua posição natural, como os exercícios suspensos do TRX, que estão começando a ganhar visibilidade nas academias.

Flexibilidade e alongamentos nem sempre são a solução dos problemas, como é indiscriminadamente difundido por ai. Pesquisas mostram que quanto mais flexível é a coluna maiores são as chances de lesão e alongar os músculos desse segmento antes de atividades físicas não é benéfico. Para a coluna, estabilidade é mais importante do que flexibilidade.

Cuide hoje para não ter problemas amanhã. Sua coluna agradece.
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* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

sábado, 17 de agosto de 2013

Músculo piriforme: o nome é difícil, mas a dor é famosa entre corredores


Que corre "sentado" tem mais chances de desenvolver problemas nessa região do glúteo, que incomoda mesmo depois de terminado o exercício


Por Jundiaí, SP
Carla Prata treinando euatleta (Foto: Patricia Palhares / EUATLETA.COM)Agachamento é mais indicado que quatro apoios
no tratamento (Foto: Patricia Palhares)
Dor na região do glúteo que não é superficial. Que incomoda mesmo depois da corrida e às vezes irradia para a porção posterior da coxa. Isso pode ser um problema no músculopiriforme, que poucos corredores conhecem, mas com certeza muitos já sentiram.
músculo piriforme é um importante estabilizador da articulação do quadril e fica abaixo do músculo glúteo máximo, em uma região mais profunda. Muito próximo a ele passa o nervo ciático, por isso problemas neste músculo também podem gerar ciatalgia, dor em formigamento ou choque na perna.
Na corrida, a dor no músculo piriforme pode acontecer em pessoas que correm com um padrão “sentado”, ou seja, a bacia se encontra rodada para a trás, como se a pessoa estivesse sentada - retroversão da pelve. Esse padrão está normalmente associado a pouca contração do músculo glúteo máximo, seja por fraqueza ou por desvantagem mecânica, devido ao posicionamento da bacia.
O alongamento do piriforme pode auxiliar o quadro no curto prazo, porém intervir no padrão “sentado” é mais importante para a resolução do problema. Para isso, procure manter uma postura “alta” durante a corrida, como se algo estivesse te puxando para cima, e mantenha o abdômen contraído.
O fortalecimento do músculo glúteo máximo também pode ser importante nos casos de dor no músculo piriforme. Estudos científicos vêm mostrando que o típico e popular exercício para glúteos, no qual se eleva a perna para trás e para cima com uma caneleira, não é a opção mais efetiva.  O agachamento com pesos é um exercício comprovadamente melhor.
Diagnóstico médico preciso e tratamento precoce são importantes em todos os casos, porém, nas dores no piriforme, essas medidas têm um peso maior para o sucesso do tratamento. Portanto, informe-se e busque auxílio profissional.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.Raquel Castanharo (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Cardiologista sugere 20 minutos de aeróbico intenso ou 30 moderado


Nabil Ghorayeb fala sobre a polêmica que existe entre a intensidade e o volume das atividades físicas para promover o bem estar sem sobrepeso




Por São Paulo

Muito se fala sobre as recomendações para atividades físicas ou esportes, onde a mais citada modalidade é, sem dúvida, a conhecida corrida, seja na rua seja numa pista de parque ou algo semelhante. A polêmica que existe é sobre a intensidade e o volume desses exercícios, porque muitos julgam que quanto mais intenso, melhor será para o aparelho circulatório e respiratório. Como um médico do esporte e cardiologista, a visão é outra, recomenda-se a adoção de uma atividade regular, para promover saúde e bem estar sem sobrepeso. Mas o problema é quanto?
Corrida maratona eu atleta (Foto: Agência Reuters)Atividade física como a corrida é recomendada para reduzir risco de doenças na idade adulta (Foto: Reuters)




















Para reduzir o risco de doenças crônicas na idade adulta os estudos científicos mostraram a necessidade de pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada (andar acelerado) na maioria dos dias da semana, consumindo umas 2000kcal/semana a mais do que se gasta numa semana, para se manter vivo.
Para muitas pessoas, maiores benefícios podem ser obtidos com uma atividade física mais intensa ou mesmo de maior duração.
1. Para promoção e manutenção de boa saúde, manter estilo de vida ativo.
2. Realizar exercícios aeróbicos de intensidade moderada com duração mínima de 30 minutos por cinco dias na semana ou atividades aeróbicas mais intensas, com duração de 20 minutos, três dias por semana.
3. Combinações de atividade física com exercícios moderados e intensos podem ser realizadas para atingir as recomendações oficiais, que são caminhar rapidamente por 30 minutos duas vezes por semana e correr 20 minutos em outros dois dias.
4. Os exercícios moderados e intensos somam-se às atividades diárias de leve intensidade como as tarefas do lar ou atividades de muito curta duração, como caminhar no estacionamento, subir em média três andares por dia, todos os dias .
5. Atividade física de moderada intensidade, que geralmente equivale a caminhar a passos rápidos, eleva a frequência cardíaca e pode atingir o objetivo de 30 minutos por dia ou dividir em pacotes ativos de duração maior ou igual a 10 minutos.
6. Atividade física intensa ou vigorosa pode ser exemplificada por corridas com respiração rápida e elevação significativa na pulsação cardíaca.
7. Além disso, recomendam-se exercícios que envolvam grandes grupos musculares, duas vezes por semana para manter ou melhorar a força muscular e a resistência.
8. Devido à relação dose-resposta entre atividade física e saúde, está se estudando a melhora da capacidade física, redução do risco para doenças crônicas e manutenção do peso, ao se ultrapassar a quantidade mínima recomendada de atividade física.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Arritmia cardíaca: irregularidade da pulsação também atinge os atletas


Palpitações, acelerações, taquicardias e falhas dos batimentos cardíacos devem ser diagnosticadas e tratadas por especialistas ou cardiologistas





Por São Paulo
Pulsação arritmia cardíaca euatleta (Foto: Getty Images)Controlar a pulsação é uma forma de perceber
alguma irregularidade (Foto: Getty Images)
O tema é recorrente, algum atleta, um artista, um amigo, um parente teve uma arritmia e pronto: um tufão de perguntas e preocupações afloram. Arritmia é uma irregularidade da pulsação (dos batimentos cardíacos), seja as falhas chamadas de extrassístoles, a diminuição da pulsação abaixo de 60 por minuto nomeada de bradicardia (alguns pesquisadores propõem que seja abaixo de 50/min) e aceleração dos batimentos, acima de 100/min que chamamos de taquicardia.
A arritmia, seja qualquer das citadas, pode ser benigna ou não, depende de uma análise cardiológica criteriosa, onde exames devem ser realizados para quantifica-la e qualificá-la. Nesse nosso artigo, interessam as que têm algo a ver com exercícios e esportes.
O que sabemos, por nossas pesquisas feitas em milhares de esportistas e atletas no Instituto Dante Pazzanese de SP e no HCor – Hospital do Coração de SP, é que 15% deles apresentaram arritmias nos eletrocardiogramas (ECG) iniciais de avaliação, mas que foram consideradas benignas sem preocuparem.
Na população em geral essa porcentagem não passa de 10% dos que fazem o ECG. Essa constatação tem aumentado pois quanto mais intensa é a atividade física ou esportiva, mais arritmias temos detectado.
Para podermos caracterizar esse achado, se perigoso ou não, na consulta precisamos descobrir se temos uma doença genética, adquirida por alguma infecção por vírus, por excesso de exercícios físicos geralmente sem orientação profissional ou então o mais tétrico... pelo uso de anabolizantes, energéticos, estimulantes fato esse cada vez mais frequente.

Cuidado com os estimulantes
Até mortes por arritmias desencadeadas pelos estimulantes, por lesão direta dos anabolizantes no músculo cardíaco (miocárdio), entre esportistas que os usaram mesmo em pequenos ciclos, foram encontradas lamentavelmente. Podem reparar: os vendedores pela internet prometem milagres e nenhum risco, o que na vida real é totalmente falso.
Uma arritmia cardíaca pode também ser provocada por desidratação aguda numa corrida, seja por hipertermia (elevação extrema da temperatura corporal) ou mesmo pela perda de sódio do corpo ou pelo desbalanço do sódio pela ingestão de apenas água ao invés de isotônico, em dias muito quentes com grande perda de peso (mais de 1,5 kg) ou longa duração do exercício físico.
Uma arritmia tristemente famosa é a fibrilação ventricular súbita, que é sinônimo de parada cardíaca. Ela é uma total desregulação dos batimentos cardíacos por várias causas, que faz com que suas contrações sejam ineficientes para bombear o sangue do coração. Por isso, se não for tratada imediatamente com massagens cardíacas e choque elétrico de um desfibrilador, dificilmente se conseguirá revertê-la, configurando então parada cardíaca não recuperada, a morte súbita.
Os tratamentos atuais são muito eficientes no tratamento das mais diversas arritmias, vale dizer que o melhor medicamento num atleta é o que corrige a arritmia, não lhe tira o poder físico da explosão esportiva, não causa doping, diminuindo o risco de uma parada cardíaca. Dispositivos implantáveis debaixo da pele e músculos no tórax são fartamente usados, como os Marca Passos e os Desfibriladores Automáticos Internos (CDI), que salvam vidas e podem permitir, caso a caso, uma vida esportiva ou ativa fisicamente.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

Dieta detox ajuda a eliminar toxinas, recupera a energia e ainda emagrece


Utilizada após períodos nos quais excessos são cometidos - com gorduras ruins, alimentos calóricos e bebidas alcoólicas - ela busca "zerar" organismo




Por Rio de Janeiro
dieta desintoxicante, também conhecida como detox, se popularizou e tem feito muito sucesso entre adeptos de hábitos de vida saudáveis. Utilizada para eliminar as toxinas adquiridas em períodos nos quais excessos são cometidos - com maior consumo de gorduras ruins, alimentos calóricos e bebidas alcoólicas -, ela busca "zerar" organismo, deixando o corpo novamente limpo por dentro. 
O organismo por si só é capaz de eliminar as toxinas que estão presentes em alimentos com alto teor de gordura, sal, açúcar, corantes, conservantes e agrotóxicos, assim como em bebidas alcoólicas, noites mal dormidas, stress, cigarro, poluição e excesso de sol. Mas todas essas substâncias inimigas sobrecarregam o fígado, principal órgão responsável pela eliminação das toxinas, o "faxineiro" do organismo.
Frutas e copos com sucos das frutas (Foto: Getty Images)Frutas e sucos das frutas fazem parte do cardápio de uma alimentação desintoxicante (Foto: Getty Images)
Neste momento, uma dieta desintoxicante, passa a ser bem-vinda. Quando o organismo elimina o excesso dessas toxinas, ele recupera energia e o emagrecimento acontece sem sacrifício. O programa de desintoxicação deve levar, em média, sete dias, nos quais já se notam mudanças significativas.
Nos dois primeiros dias, consome-se apenas líquidos, com o objetivo de poupar o desgaste do organismo através de um processo de digestão mais prolongada. A alimentação acontece de duas em duas horas, eliminando bastante líquidos.
Na segunda etapa, o processo de desintoxicação acontece durante cinco dias, onde se incluem alimentos sólidos ricos em fibras, água e antioxidantes. Alimentos antiinflamatórios também são introduzidos nesta fase, tornando o organismo menos resistente à perda de peso.
Estando disposto a eliminar mais alguns quilinhos, pode-se fazer a detoxificação por um período maior de tempo, sempre com a orientação de um profissional, para evitar a carência de macro e micronutrientes.

Controle de peso: equilíbrio entre os alimentos ingeridos e gasto calórico



Crescimento de doenças como diabetes, obesidade e hipertensão nos últimos anos ocorreu pela maior ingestão de alimentos industrializados




Por Rio de Janeiro
Garoto acima do peso com fita métrica (Foto: Getty Images)Obesidade é fruto do aumento do consumo de
alimentos industrializados (Foto: Getty Images)
O aumento progressivo das doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes, hipertensão) nos últimos anos ocorreu devido a mudança no estilo de vida com maior ingestão de alimentos industrializados e de alta densidade calórica, diminuição das atividades do dia a dia (avanço tecnológico, melhoria nos transportes) e diminuição da prática esportiva.
Para manter um balanço energético equilibrado ou neutro precisa haver um equilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético, mantendo o peso. No Rio de Janeiro 49,6% da população apresenta sobrepeso e 16,5% obesidade segundo o VIGITEL 2011 (Vigilância  de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
A ingestão diária é definida pelo valor energético total (VET), expresso em Kcal, energia consumida em forma de alimento ou bebida e que pode ser metabolizada pelo corpo. A gordura produz mais energia por grama de peso (9kcal/g) do que os carboidratos (4kcal/g), as proteínas (4kcal/g) e o álcool (7kcal/g).
O gasto energético (GET) corresponde a energia gasta por um indivíduo em 24 horas. Resulta do somatório do gasto energético de repouso (GER :calorias necessárias para manter os orgãos vitais), termogênese adaptativa (TA efeito térmico dos alimentos e a temperatura) e o efeito térmico da atividade física diária e do exercício físico.
GET =  GER + TA + ATIVIDADE FÍSICA
O efeito térmico dos alimentos é o gasto energético para metabolizar e armazenar os alimentos e equivale a aproximadamente 10% do valor energético das refeições ou 10% do GET.
Nutricionistas recomendam de 5 a 6 refeições diariamente para acelerar o metabolismo (necessita de hormônios e enzimas para digerir/absorver), proteger a parte gástrica, reduzir a sensação de fome e com isso conseguir ser mais seletivo na escolha dos alimentos.
Para calcular o gasto energético gasto na atividade física utiliza-se a tabela de equivalentes metabólico (MET) para cada modalidade esportiva, dependendo da velocidade e intensidade do exercício.
Gasto energético do exercício =  MET x peso (kg) x tempo (minutos)
Exemplo : Indivíduo 70kg pratica corrida por 1 hora a10,5km/h = 11MET
Gasto energético= 11 x 70  x 60/60  = 770 kcal/ 1hora
Mudanças no comportamento para controle do peso corporal:
- reduzir o consumo de alimentos de alta densidade calórica (frituras, gratinados, cremosos, fast food)
- aumento regular das atividade diárias (ser mais ativo) e praticar regularmente exercício físico. Sair do sedentarismo.
- ingerir 5 porções, diariamente, de frutas, verduras e legumes. Estes alimentos apresentam menor densidade energética e aumenta a quantidade de alimento que pode ser consumida para um determinado nível de calorias. Por serem ricos em fibras aumentam a saciedade.
- evitar a ingestão de bebidas açucaradas
- dar preferência a alimentos integrais por serem ricos em fibras promovem mais saciedade e melhoram o funcionamento intestinal
As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cris Perroni (Foto: GE)
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