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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Desenvolvimento da tecnologia tem influência no rendimento esportivo


Metabolismo entre atletas é impulsionado por crescimento da tecnologia 
das pistas, piscinas, vestimentas, dos tênis, equipamentos, entre outros



Por São Paulo
Atrás de todo esportista de sucesso há uma equipe de especialistas e isso se confirma a cada dia. Superar vários recordes mundiais parecia impossível, agora acontece seguidamente, as marcas registradas anteriormente, simplesmente viram “pó”. O que está acontecendo? Sem dúvida tudo mudou os novos materiais, os pisos das arenas, a vestimenta, o calçado esportivo, varas do salto, bolas de muitos esportes (futebol, basquete, vôlei, tênis), às novíssimas e incrementadas piscinas que absorvem as pequenas ondas que se formam na passagem dos nadadores... o esporte mudou!
Mas não foi só o esporte que mudou, a Medicina do Esporte foi decisiva nessas conquistas, o treinamento também ganhou novas características específicas para cada modalidade esportiva.
Atletismo Arthur Wint jamaica olimpíada eu atleta (Foto: Agência Getty Images)Tecnologia influencia treinos dos atletas. Mudanças facilitam performance (Foto: Agência Getty Images)












A ciência progrediu de modo muito interessante, vejam só: no futebol de 30 anos atrás, por exemplo, um jogador percorria cinco a seis quilômetros por partida, atualmente chega ao dobro! Quando um Rivelino ou Gerson lançavam uma bola, quem a recebia tinha tempo de “matar a bola” e sair jogando. Hoje após um lançamento onde a bola vai cair, chegam dois a três atletas para dividir a jogada com maior vigor possível. Raros são os atletas de esportes de contato ou não, que ainda não sofreram lesões nos tornozelos, joelhos, punhos, ombros.
Os conhecimentos médicos da “nova” fisiologia orientaram a mudança dos treinamentos radicalmente, o coração de um atleta dos anos 60 nem se compara com os desta época, pois ocorreu um incremento na intensidade e volume dos treinamentos. Muitos médicos não afeitos ao tema se surpreendem com esses corações que se parecem falsamente com os de doentes graves. Os batimentos mais lentos chegaram a ser considerados de um coração doente e curioso que há 20 anos quando descobríamos um atleta com batimentos cardíacos abaixo de 50/minuto, ele virava caso de pesquisas profundas sem entendermos bem o porquê disso. Hoje quem não tiver menos de 50/min precisa melhorar seu treinamento, procurar algum problema e assim por diante. O treinamento de força antes desconjurado, ficou tão importante quanto o aeróbico para quase todas as modalidades esportivas.
Nos anos 70 quando nosso grupo em São Paulo, pioneiramente, iniciou avaliações cardiovasculares de rotina para atletas (que, aliás, “morriam” de medo do médico), a medida do condicionamento físico era feito pelo famoso “Teste de Cooper” imaginem! Hoje o teste ergoespirométrico (cardiopulmonar) ou mesmo ergométrico simples é fartamente utilizado, e com ele diagnosticamos também a existência de cardiopatias e doenças pulmonares, por isso é obrigatória a presença do médico especializado durante o exame.

A nutrição esportiva que entrou de vez na vida dos esportistas e atletas foi totalmente reestruturada e agora dirigida para cada modalidade esportiva. Os lutadores e os atletas de força necessitam de massa e força muscular, porém sem usar os proibidos e arriscados para a saúde, anabolizantes e hormônios (GH e DHEA). Outros esportes recebem substratos de energia de longa duração e assim por diante
Hoje em dia o aparelho cardiovascular e respiratório é treinado para cada tipo de esporte: longa resistência, rápida explosão de velocidade, variações de distância e da força etc. A ciência do esporte mudou o mundo esportivo e com certeza ajudou muito na prevenção e tratamento das doenças, exatamente como as conquistas dos astronautas foram passadas para a população, como consistentes conquistas úteis para a humanidade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

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