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terça-feira, 9 de julho de 2013

A polêmica do salmão, segunda parte


'Não proíbo o consumo deste peixe por meus pacientes, mas acho importante que conheçam a procedência', afirma a nutricionista, Natália de Oliveira




Por Rio de Janeiro
Depois de publicada a matéria comparativa entre o salmão natural e o salmão de cativeiro, recebemos várias as observações contra e a favor do texto da nutricionista Natália de Oliveira. Cumprindo nossa obrigação de mostrar todos os lados da questão, retomamos o assunto.
O principal ponto de discórdia é em relação a quantidade de Ômega 3 disponível no salmão de cativeiro. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agriculture) 100g de salmão de cultivo possuem  1,97g de Ômega 3 enquanto o salmão selvagem possui, nos mesmo 100g,  1,44g de Ômega 3. Outras boas fontes deÔmega 3 são peixes de águas frias, como atum, bacalhau, arenque, sardinha e truta.
Por outro lado, como a nutricionista Natália Oliveira afirmou no texto inicial, o salmão de cativeiro possui quase o dobro das gorduras totais daquele criado livremente no mar: 6,34g do salmão selvagem contra 13,42g do salmão de cultivo, segundo a mesma fonte. Ainda assim, a quantidade de gordura é 40% menor do que encontrada na carne vermelha (23,52g) segundo o United States Department of Agriculture.

- Como nutricionista, não proíbo em momento algum o consumo deste peixe para os meus pacientes, nem tenho dúvidas que seja mais saudável do que o consumo de carne bovina. No entanto, chamo atenção para o fato de que poderia trazer ainda mais benefícios se fosse criado naturalmente – afirma Natália de Oliveira.

Segundo um dos principais fornecedores de salmão do mercado brasileiro, o peixe recebe rações nutritivas e balanceadas, que usam os mesmos corantes carotenoides que o peixe consome em seu habitat natural. A diferença é que, no mar esse pigmento é proveniente de crustáceos, enquanto nas rações ele é proveniente de leveduras, e que tal pigmento não apresenta riscos à saúde humana.

Também alegam que as condições de higiene sofrem forte controle dos órgãos internacionais e que os medicamentos são usados para evitar doenças, em conformidade com as principais autoridades de regulação do mundo.

- Existem empresas que cultivam o salmão da forma permitida pela lei, e acho importante que tenham a preocupação de se comunicar com o consumidor. Mas também acho importante que o consumidor saiba o que está ingerindo e, como dito anteriormente, o salmão de cativeiro possui mais gorduras do que o salmão selvagem, além do acréscimo de corantes e antibióticos durante o processo de criação - concluiu.
salmão euatleta (Foto: Getty Images)Salmão de cativeiro tem o dobro da gordura total do salmão selvagem  (Foto: Getty Images)

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