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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Chocolate promove fluxo de sangue adequado e um coração saudável


Na Páscoa, a nutricionista alerta para não consumir o produto em excesso, e aconselha a preferência pelos chocolates com altas composições de cacau





Por Rio de Janeiro

O chocolate tem efeito atrativo pelo seu teor de gordura, açúcar, textura e aroma. É um produto altamente consumido no mundo, e está sendo retirado da lista de vilões quando usado com moderação. A gordura do chocolate, derivada do cacau, é constituída por dois ácidos graxos saturados, o ácido palmítico e o esteárico, o ácido oléico monoinsaturado (37%) e menos do que 5% de ácidos graxo poliinsaturados, como o ácido linoleico. Embora é sabido que o consumo de gorduras saturadas aumenta o nível plasmático de colesterol, o consumo regular de manteiga de cacau e chocolate vem negando este aumento.
Chocolate amargo Eu Atleta (Foto: Reprodução)Chocolate amargo é o mais indicado (Foto: Reprodução)
A maior parte das pesquisas vem demonstrando que isto se deve, provavelmente, às concentrações relativamente altas de ácido esteárico, que tem mostrado um efeito neutro sobre o metabolismo do colesterol, e ao ácido oléico, conhecido pelos seus efeitos na redução plasmática do colesterol médio. Além dos carboidratos simples e da gordura presentes no chocolate, o cacau é rico em inúmeros minerais essenciais, como magnésio, cobre, potássio e manganês.

O cacau também contém fitoquímicos, especialmente metilxantina e teobromina, substâncias com efeito estimulante semelhante ao da cafeína. Cada 100g de chocolate contém 5mg de metilxantina e 160mg de teobromina, além de 600mg de feniletilamina (PEA), um estimulante muito parecido com outros produzidos naturalmente pelo organismo, a dopamina e a epinefrina.

Os flavonóides presentes no chocolate e no cacau podem melhorar a saúde cardiovascular, reduzindo danos ao endotélio vascular promovidos pela oxidação do LDL colesterol, assim como a redução da tendência à agregação plaquetária, que leva à formação de placas de ateroma responsáveis por infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e gangrenas, embora os mecanismos de agregação plaquetária exerçam um papel importante na redução de hemorragias durante ferimentos. Além disso, certos flavonóides do chocolate podem atuar como agentes vasoativos, o que reforça o conceito de que os flavonóides presentes no chocolate poderiam promover um fluxo do sangue adequado e um coração saudável.

Tipos de chocolates e sua composição:

Chocolate Amargo: feito com grãos de cacau torrados, sem adição de leite, apenas adição de açúcar. Existem variações: Extra amargo (75 a 85% de cacau), amargo (50 a 75% de cacau) e meio amargo (35 a 50% de cacau);

Chocolate ao Leite: feito com 30 a 40% de cacau, leite em pó ou leite condensado e açúcar;

Chocolate Branco: feito com manteiga de cacau, açúcar, leite e lecitina, podendo conter  baunilha. Não leva cacau na sua formulação, apenas a gordura retirada da semente do cacau;

Chocolate diet: composto por massa e manteiga de cacau, leite em pó e adoçantes em substituição ao açúcar (sorbitol, sacarina, sucralose, aspartame).

Quanto maior a quantidade de cacau presente no chocolate, maiores são os benefícios, além do chocolate com percentual maior de cacau ter um sabor mais intenso, promovendo mais saciedade.

O importante é controlar a quantidade de chocolate ingerida diariamente, acrescentar 25g como uma sobremesa. Este valor, computado à dieta não traz prejuízos à saúde e ao controle do peso. Portanto, divida em pequenas porções e administre durante a semana os chocolates recebidos na Páscoa.

Feliz Páscoa, moderação na alimentação sem perder o prazer e muita atividade física!
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Cristiane Perroni (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

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