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domingo, 2 de junho de 2013

Exercício físico auxilia tratamento dos portadores de fibrose cística




Doença é gerada por problema genético que compromete características 
da atividade secretora de células de glândulas produtoras de muco




Por São Paulo

A luta contra a fibrose cística que originou uma verdadeira corrente de solidariedade é digna de apoio de todos. Trata-se de uma doença grave, originada por um problema genético que vai comprometer as características da atividade secretora de algumas células de glândulas produtoras de muco. Devido ao problema de alteração das características da secreção destas células, alguns órgãos vão ser mais comprometidos, como os pulmões, o fígado e o pâncreas.
Os sintomas se tornam mais evidentes pelo comprometimento pulmonar, onde o acúmulo de uma secreção mais viscosa nas vias aéreas causa dificuldade da passagem do ar para os pulmões e predispõe à proliferação de bactérias causando infecções.
Os cuidados com os portadores da doença incluem adequação nutricional devido aos problemas do tubo digestivo, com reposição vitamínica, cuidados com reidratação e reposição de sódio, mas principalmente a atenção com o sistema respiratório. O exercício físico ajuda muito no tratamento, devido ao seu enorme benefício tanto no fortalecimento dos músculos respiratórios, como na remoção do muco das vias aéreas.
Corrida de rua fibrose cística (Foto: Arquivo Pessoal)Equipe de Fibra corre para divulgar a fibrose cística no Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)



















Os pacientes também devem recorrer à fisioterapia que será uma grande aliada na melhora da qualidade de vida. A fisioterapeuta com doutorado em fisiologia do exercício Dra. Gerseli Angeli recomenda além dos exercícios aeróbicos, os exercícios respiratórios visando especialmente à toalete brônquica e à reexpansão pulmonar, uma vez que o acúmulo de secreções pode causar o “fechamento” de alguns alvéolos (atelectasias).
Os exercícios podem ser realizados com o auxílio de equipamentos e técnicas que auxiliam a mobilização da secreção, como o flutter e a vibrocompressão no tórax; e a expansão pulmonar, como o CPAP. Na ausência desses recursos, pode-se simplesmente inspirar profundamente e soltar o ar bem lentamente pela boca, entre os dentes, até que o ar “acabe”.
Essa técnica estimula a mobilização da secreção e a tosse que é o meio de eliminação. A atividade física e a fisioterapia são procedimentos que devem fazer parte do dia a dia do paciente. Trata-se realmente de um desafio a ser vencido, e o apoio tanto ao paciente quanto à família justificam toda uma mobilização da comunidade para além da solidaridade, ajudar no esclarecimento a respeito desta doença.
As palavras de Cristiano Silveira, pai de uma criança portadora da doença e fundador da Equipe de Fibra que iniciou uma cruzada usando a atividade física como meio de divulgação, são o exemplo maior desta luta:
“Incentivo, saúde, vida!"

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / Euatleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)


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